AS RAPOSINHAS

"Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor" (Cantares 2:15).

O que representam essas raposinhas que devastam as vinhas em flor? Não são a imagem dos ''pequenos pecados que corroem a vida cristã, essas centenas de coisinhas que, contudo, turbam a nossa comunhão com Deus?

Por que há tanta fraqueza entre os crentes? Porque nem todos julgam esses pecados, minimizados sem razão: pequenas mentiras,

maledicências, ligeirasfraudes, expressões de mau humor e muitas outras reações que, ao se repetirem, tiram a sensibilidade da consciência. Consideramo-os pequenos, mas por sua freqüência e seu número, devastam nossas vidas: "Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?" (I Coríntios 5:6). Não nos desculpemos alegando que todos os cometem. Exatamente nos detalhes da vida

cotidiana o crente tem a oportunidade de agir de outra maneira que "todo o mundo".

Na realidade, todas essas pequenas negligências a que nos permitimos farão com que "o ramo" não tenha fruto (João 15:1-2). A vinha estava em flor, prometia muito, e agora está devastada. Não há fruto!

Nossa comunhão com Deus está turbada. A leitura da Bíblia não tem mais o mesmo sabor que em outro tempo. Não achamos mais na oração a feliz liberdade que tínhamos conhecido. As reuniões cristãs, que eram para nós como oásis refrescantes, não nos reconfortam mais. Se tais sinais estão aparecendo, atentemos: Já é hora de afugentar as raposinhas!