Aqueles que se devotarem à escrita da história dos batistas regulares e dos grupos independentes que atuavam associados no Paraná, estão obrigados a recorrerem nas pesquisas dos primeiros missionários do grupo, em Ponta Grossa, Chauncy Daniel e Lauretta Holden. Pastor Daniel e Lauretta moravam no Edifício Princesa, Praça Barão de Guarauna, em Ponta Grossa. Dirigiam os cultos num pequeno salão na Rua Coronel Bittencourt, 46-A, esquina com o Hospital Santa Casa. Nesta época a congregação era frequentada, especialmente, por professores de inglês, que deviam ter feito algum contato com o missionário por causa da língua. Participavam ali, Lia Flora Mesche Logullo, Flávius Mesche, Jeanine Degraf (mais tarde, numa história comovente, Jeanine Degraf Enei). Lia Flora ensinava no Colégio Estadual Presidente Kennedy e Jeanine, no Colégio Estadual Senador Correia. Jeanine, posteriormente, deixa de ser professora e funda uma empresa de turismo aéreo, com muito sucesso. Com a mudança dos trabalho dos missionários para o Núcleo Santa Paula nos anos de 1980, Jeanine deixa a Igreja Batista Regular de Ponta Grossa.
Quando foi criado o Núcleo de Santa Paula, Daniel alugou uma casa antiga, na Rua Cerejeira, 40, de propriedade dos Gnatta, estando em frente a avenida Nicolau Kruppell Netol, avenida principal, e finalmente, comprou o terreno e construiu um templo enorme e corajoso para os fiéis. Pouco tempo depois, retornou aos Estados Unidos.
Frequentaram essa congregação, Horlei Justus e sua família, que depois foi para o Seminário Batista Regular do Sul em Curitiba, Josias Billeck, hoje corretor de imóveis, também com sua família. Minha família também teve rápida passagem nela.
A sucessão do missionário foi desastrosa. Por ela passaram os pastores Humberto Longo e um ex-diácono batista regular de São Paulo, Sr. Manoel. O relacionamento entre os membros sempre foi marcado pela discórdia, ausência de convicção batista e pela imaturidade emocional.
Daniel Holden era um homem de grande empreendimento, sonhador, graduado em Matemática, nos Estados Unidos, planejou como seria o templo em seu aspecto físico. Devotado a formação de pastores. Aos trancos e barrancos, o trabalho missionário plantado pelos Holdens, rendeu dois seminaristas. Infelizmente a comunhão eclesiástica com as igrejas de Curitiba não prosperou. Daniel Holden era um homem circunspecto, tímido e pouco sociável, embora rigoroso estudante das Escrituras, o que se pode perceber nas notas e rascunhos de mensagens que o autor dispõem em arquivos.