A CAUSA DO PECADO E DO MAL PELA LIBERDADE HUMANA NA VISÂO DE SANTO AGOSTINHO
VALTÍVIO VIEIRA
Formação do Autor: Curso Superior em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba – PR; Licenciado em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano – Curitiba – PR, Licenciado em Ciências Sociais, pela UCB – Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ, Pós-Graduado em Ciências Humanas e suas Tecnologias; Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal; Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância, e Pós-Graduando em Metodologia do Ensino Religioso, ambos pela FACINTER – Curitiba – PR.
SÃO BENTO DO SUL - SC
2012
A CAUSA DO PECADO E DO MAL PELA LIBERDADE HUMANA NA VISÂO DE SANTO AGOSTINHO
A realidade do pecado esta fortemente presente na vida das pessoas. O pecado como aversão a Deus e conversão as criaturas, isto é, o homem deixa de ter Deus como fim último da vida, desprezando o amor universal e absoluto de Deus, pelo bem limitado de uma criatura. Nenhum homem deve ser colocado como fim último. Só Deus faz o homem perfeito. O problema do pecado não é problema de religião, mas é um problema ligado à liberdade do homem, que não sabe fazer dela bom uso de sua vontade.
O termo pecado expressa, dar um passo em falso, cometer uma falta “pecado é uma palavra, um ato ou um desejo contra a lei eterna” (AGOSTINHO, in Contra Faustum, p.22). Entendia por “lei eterna” o próprio Deus, como regra suprema de todos os seres, e de todos os atos. O pecado é ofensa grave a Deus e que tudo o que contraria a razão, regra dos nossos atos, dada por Deus, regra suprema, é pecado. O pecado opõe-se à retidão.
A gravidade do pecado é por causa da má intenção. Na ação pecaminosa do homem também perturba e distorce toda a sua opinião interior. O pecado significa ofensa a Deus e decisão desordenadas às realidades criadas. A realidade do pecado, só é entendida à luz da revelação divina. Sem o conhecimento de Deus não se dá pra conhecer com clareza o pecado, e somos tentados a explicá-lo unicamente como uma fraqueza psicológica, um erro. Somente à luz de Deus sobre o homem compreende-se que o pecado é um abuso da sua vontade livre, ou melhor, dizendo da liberdade do homem.
Os pecados são atos humanos. A raiz do pecado esta no coração do homem, em sua livre vontade. O pecado torna as pessoas escravas de suas paixões prazerosas e mundanas “nenhuma outra realidade torna a mente escrava das paixões, senão a própria vontade e a liberdade” (AGOSTINHO, 1986, p.250).
REFERENCIA
AGOSTINHO, Santo. O Livre-Arbítrio. Trad. Antonio Soares pinheiro. Braga: Faculdade de Filosofia, 1986.