A MORTE DE CRISTO E A NOSSA MORTE SEM PAIXÃO.
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
A morte de Cristo bem que poderia servir para que as pessoas refletissem sobre a vida em seu GRAN FINALE. Uma vez nascidos, certamente morreremos. Essa é a lei da vida que os séculos de civilização não conseguiram modificar. O homem evoluiu em tecnologia e a ciência hoje toma conta do conhecimento, mas mesmo assim a vida continua como sempre foi e nós, humanos, continuamos morrendo a despeito de buscarmos a vida eterna sem morrer. Dá-nos a impressão de que nossa civilização que tinha tudo para ser mais real com o assunto MORTE, permanece ignorando, “tapando o sol com a peneira”. Mas não tem jeito: nasceu tem que morrer e quem de moço não morrem de velho não escapa.
Nua e crua é essa a realidade da vida. Neste contexto de morte de Cristo, o que menos se vê é a reflexão do final da vida em função de todos nós. Contraditoriamente, se discute a vida em função da morte e não ela em função da vida. Há pessoas que diante da palavra morte batem logo na madeira. Talvez até chegue um dia em que nós não precisemos mais morrer – exercício de ficção que ainda não se aventa essa possibilidade. Sendo prático: se Jesus que era Jesus – filho de Deus pai, Deus filho e Deus espirito Santo teve que morrer, que diremos nós?
Certo é que a nossa cultura não cuida disto. Discute-se tudo, inclusive o sexo dos anjos, menos o fim da nossa vida na terra enquanto indivíduos, excluindo aqui o fim da vida na terra via catástrofe. Por isto a gente fica sem entender que, em plena paixão de Cristo se celebre a morte enquanto morte. Os padres ficam fazendo homilias sem fazer essa ponte com a vida de cada um, posto que mais cedo ou mais tarde todos terão sua vez de ir pra debaixo da terra.
Perder um ente querido não é fácil. Mas a morte independe de nossas vontades: leva preto, branco, rico pobre, jovem, velho, etc., há quase três milênios depois de Cristo e, mesmo assim, continuamos sem querer ver a cara da morte de frente. Patuás, escapulários, amuletos, aguas bentas, figas, etc., tudo serve para muitos se enganarem e, com isto, disfarçarem a morte... Nosso sincretismo religioso talvez represente uma alternativa para que algumas pessoas tenham várias alternativas de defesa para que a morte demore muito a lhes levar pro outro lado da vida. Porém, mesmo diante de tatas alternativas de religião e crenças, a cultura nossa é quem peca profundamente por não instigar discussões acerca da morte como a única certeza que temos na vida. Os próprios hospitais, diante de pacientes terminais, não dispõem de alternativas que levem os familiares ao entendimento de que aquelas vidas chegaram ao término. Entender isto é compreender a vida em seu conjunto de início, meio e fim, como o próprio Jesus em sua trajetória aqui conosco na terra. Quem sabe um dia a gente não esteja escrevendo isto de outra forma?
Nua e crua é essa a realidade da vida. Neste contexto de morte de Cristo, o que menos se vê é a reflexão do final da vida em função de todos nós. Contraditoriamente, se discute a vida em função da morte e não ela em função da vida. Há pessoas que diante da palavra morte batem logo na madeira. Talvez até chegue um dia em que nós não precisemos mais morrer – exercício de ficção que ainda não se aventa essa possibilidade. Sendo prático: se Jesus que era Jesus – filho de Deus pai, Deus filho e Deus espirito Santo teve que morrer, que diremos nós?
Certo é que a nossa cultura não cuida disto. Discute-se tudo, inclusive o sexo dos anjos, menos o fim da nossa vida na terra enquanto indivíduos, excluindo aqui o fim da vida na terra via catástrofe. Por isto a gente fica sem entender que, em plena paixão de Cristo se celebre a morte enquanto morte. Os padres ficam fazendo homilias sem fazer essa ponte com a vida de cada um, posto que mais cedo ou mais tarde todos terão sua vez de ir pra debaixo da terra.
Perder um ente querido não é fácil. Mas a morte independe de nossas vontades: leva preto, branco, rico pobre, jovem, velho, etc., há quase três milênios depois de Cristo e, mesmo assim, continuamos sem querer ver a cara da morte de frente. Patuás, escapulários, amuletos, aguas bentas, figas, etc., tudo serve para muitos se enganarem e, com isto, disfarçarem a morte... Nosso sincretismo religioso talvez represente uma alternativa para que algumas pessoas tenham várias alternativas de defesa para que a morte demore muito a lhes levar pro outro lado da vida. Porém, mesmo diante de tatas alternativas de religião e crenças, a cultura nossa é quem peca profundamente por não instigar discussões acerca da morte como a única certeza que temos na vida. Os próprios hospitais, diante de pacientes terminais, não dispõem de alternativas que levem os familiares ao entendimento de que aquelas vidas chegaram ao término. Entender isto é compreender a vida em seu conjunto de início, meio e fim, como o próprio Jesus em sua trajetória aqui conosco na terra. Quem sabe um dia a gente não esteja escrevendo isto de outra forma?