Breve Relato dos Crimes e Mentiras da Igreja Católica Romana e Outras...

Breve Relato dos Crimes e Mentiras da Igreja Católica Romana e outras Denominações Globais(as figuras não puderam ser postadas)

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Neste breve relato estão os crimes passados e presentes da Igreja Católica Romana(não é apostólica como querem os padres dessa igreja). Em princípio não há evidência histórica sobre a primazia do papado no início da era cristã. Não se tem notícia também que o apóstolo Pedro tenha sido o primeiro papa. Também é duvidoso que seu túmulo esteja na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Isto porque a primazia papal só começa a ser efetiva a partir do terceiro século da E.C.

O nascimento da Igreja Católica data da era do imperador Constantino, com o Edito de Milão, em 323 d.C. Mais tarde durante o concílio de Nicéia ele deu liberdade aos cristãos para expressarem sua fé numa tentativa de unificar o cristianismo; isto porque o imperador era um político hábil e queria com a expansão visível do cristianismo sustentar o que restara do referido império. Essa adesão dos cristãos teve como conseqüência a paganização da doutrina cristã visto que o imperador era mitraísta do Mitraísmo romano cujo deus era Mitra, uma religião pagã que viera do credo Persa mesmo antes do cristianismo. O culto da deusa Isis, deusa-mãe do Egito, foi absorvido pelo cristianismo, e depois substituído pelo culto à Maria, mãe de Jesus.

Uma das principais características do Mitraísmo era a refeição sacrificial, que consistia em beber e comer o sangue de um touro. Mitras, o deu do Mitraísmo, estava ´presente´ na carne e no sangue do touro, e quando consumido concedia salvação àqueles que tomavam parte da refeição sacrificial(teofagia, que significa comer o próprio deus). O Mitraísmo também possui sete ´sacramentos´, o que lhe dá semelhança com o Catolicismo Romano. Assim, Constantino e seus sucessores encontraram um substituo legítimo para a refeição sacrificial do Mitraísmo, ou seja, a Ceia do Senhor/Comunhão Cristã. Isto significa uma transição para a consumação sacrificial de Jesus Cristo, que é a Missa Católica/Eucaristia.

Estas intromissões do paganismo no cristianismo dos primeiros séculos da E.C. está bem caracterizado em 2 Timóteo 4:3-4: ´Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências ; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.´

Assim a Igreja Católica Romana não teve sua origem na doutrina pregada por Cristo e seus apóstolos. No Novo Testamento não há referências a respeito do papado, adoração à Maria, a imaculada concepção de Maria, a virgindade perpétua de Maria, a ascensão de Maria ao Céu, ou Maria como co-redentora ou medianeira entre os homens e Deus, a petição por parte de supostos santos no Céu em favor das orações feitas por homens e mulheres, a sucessão apostólica, as ordenações da igreja funcionando como sacramentos, o batismo de bebês, a confissão de pecados a um sacerdote, o purgatório, as indulgências, ou a autoridade sobre a tradição da igreja e da Escritura.

A igreja cristã recebeu o nome de Católica no Concílio de Constantinopla, presidido pelo imperador romano Teodósio com o decreto ´Cunctos Popule´, no ano de 381 da E.C.

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A contaminação do cristianismo primitivo começou com a instituição do papado. O papa João XXII se ombreava ao próprio Deus que declarava Dominum Deum Nostrum Papam - Nosso Senhor Deus o Papa- (Estravagantes do Papa João XXII, tit. 14, cap. 4, Declaramus).

O papado mudou o verdadeiro dia do Senhor(quarto mandamento), o sábado, para o primeiro dia da semana, o domingo mitraísta, o falso sábado. Isto foi feito por um Edito do imperador Constantino, em 07/03/321, que reza:

´Que todos os juízes, e todos os habitantes da Cidade e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos, visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu.´(in: Codex Justinianus, lib. 13 it. 12 par 2).

Esse texto teria influenciado a primitiva igreja cristã ao ratificar o domingo como dia de guarda.

A Infalibilidade em: The Creeds of Christendiem, vol. II, Dogmatic Decrees of the Vatican Council, pags 234-271.

O culto das imagens está referido em: The Seventh General Council, the Second o Nicaea, Introdução, pags. III-VI, ano 787d.C.; A select Library of Nicene and post-Nicene Fathers, segunda série, vol. XIV, pags. 521-587, Nova York, 1900.

O Purgatório: Catholic Belief, pag 196, edição de 1884; The Catholic Encyclopedia, vol. XII, art. ´Purgatory´ imprimatur do bispo de Nova York. O dr. Joseph Faa Di Bruno define assim o Purgatório: ´O purgatório é um estado de sofrimento depois desta vida, no qual são detidos por algum tempo as almas que partem desta vida depois que seus pecados mortais foram perdoados quanto à mancha e culpa, e quanto à pena eterna que lhes era devida, mas que têm por causa daqueles pecados ainda alguma dívida de castigo temporal a pagar; assim também as almas que deixam este mundo culpadas apenas de pecados veniais.´

As Indulgências em : The Catholic Encyclopedia, art. ´Indulgências´, vol VII.

A Inquisição em: Catholic Encyclopedia, vol. VIII, art. ´Inquisition´; Philip van Lienbach, History of the Inquisition in the Middle Ages, 3 vols.

O dominicano João Tetzel criou fama vendendo um documento oficial que dava ´o direito antecipado de pecar´. O papa Leão X, em 1518, necessitando reformar a igreja de São Pedro que começava a rachar, usou cofres com dizeres absurdos, tais como: ´Ao som de cada moeda que cai neste cofre uma alma desprega do purgatório e voa para o paraíso.´

Os erros da Igreja Católica Romana ao longo dos séculos invalidam a natureza divina dos ensinamentos de Jesus Cristo. Entre esses erros e sacrilégios contra a natureza humana criada por Deus foi o período negro da Inquisição na Idade Média. As torturas praticadas pelos inquisidores dessa Igreja fariam inveja aos carrascos de Hitler. Os pesquisadores atuais vasculharam os subterrâneos dos instrumentos de tortura e encontraram vários deles.

O pesquisador italiano Franco Gentili dirige um grupo com o nome de Associazione Ricercatori Storici (Associação de Pesquisadores Históricos), com sede em Verona, na Itália. Gentili é um dos maiores colecionadores de máquinas de tortura. Ele esteve no Brasil em 1996 com aquele grupo e trouxe consigo 52 instrumentos de tortura usados entre os séculos 12 e 18, entre os quais estão aqueles usados pela Inquisição.

O primeiro desses instrumentos é a Cadeira Inquisitória. Ela tem 1.606 pontas de madeira e 23 de ferro espalhadas pelo assento, braços e encosto sobre os quais o réu era forçado a se sentar.. Qualquer pequeno movimento de seu corpo fazia com que elas penetrassem em seu corpo, a fim de obrigar o réu a confessar um suposto delito. Ela foi usada pelo célebre inquisidor Tomás Torquemada (1420-1498) sobre a qual foram supliciados 40 mil condenados. Foi fabricada na Alemanha provavelmente no século 14 – um triste augúrio para o que iria acontecer no século 20, durante o regime nazista (fig.1)

Figura 1

Outro cruel instrumento de tortura é a Virgem de Nuremberg mandado construir pelo bispo de Nuremberg. Esse instrumento era uma espécie de sarcófago recheado de lâminas, e que foi usado pela primeira vez em 1515. O sofrimento da vítima é assim descrito pelo curador Gentili: “O condenado era fechado dentro do sarcófago, as lâminas perfuravam seu corpo aos poucos, de forma que não o matavam imediatamente. Ele ia se esvaindo em sangue lentamente e às vezes só morria depois de dois, três dias.” (fig.2).

Figura 2

Na Roda de Despedaçamento “o réu era amarrado à roda enquanto o carrasco, devagar e continuamente, girava-o sobre os aguilhões, esfolando o corpo até despedaçá-lo.” Foi utilizada de 1100 a 1700 na Inglaterra, Holanda e Alemanha. (fig.3).

Figura 3

Mesa de Evisceração: O condenado era amarrado, deitado, ao aparelho. Com uma lâmina, o carrasco abria seu abdome, prendendo as vísceras com pequenos ganchos. Girando a roda, suspendiam-se os ganchos, eviscerando o condenado com vida. (fig.4).

Figura 4.

Balcão de Estiramento: Com os pés fixados de um lado e os braços presos e puxados para trás, a vítima era esticada até ter as articulações deslocadas. A coluna também se despedaçava, assim como os músculos do abdome. O corpo de condenado chegava a ser alongado em até 30 centímetros. Era uma das torturas mais usadas na Inquisição. (fig.5)

Figura 5.

Esmaga cabeças: despedaçamento de mandíbulas e cérebro. (fig.6).

Berlinda: Era aplicada em mentirosos, alcoólatras, mulheres briguentas e ladrões. A punição era considerada “leve” mas se tornava um instrumento de tortura cruel quando o réu era preso pelos braços e pescoço, e ficava à mercê do povo que lhe aplicava pauladas e cusparadas. (fig.7).

Ainda havia o Esmaga Seios. Evidentemente era aplicado às mulheres. Era uma espécie de alicate com pontas aquecidas que estraçalhavam e carbonizavam os seios da acusada. [1].

Outros instrumentos de tortura podem ser vistos no museu da Inquisição, em Lima, Peru.

Referências

1. A Arrepiante Tecnologia da Tortura: Globo Ciência, ano 6, dezembro de 1996, no 65.

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Os Papas da Tortura e da Promiscuidade.

No início a tortura na Europa Medieval era apenas aplicada aos escravos, estrangeiros e cristãos. Foi só a partir do século 12 que ela se estendeu em grande escala aos hereges e às doutrinas contrárias ao cristianismo. Judeus, protestantes, blasfemos, feiticeiros e bígamos também não escaparam. Estima-se que, só na Europa setentrional, cerca de 3 milhões de pessoas morreram sob cruel tortura, entre os séculos XV e XVIII. Para isso bastava alguém ter uma mancha no corpo para ser considerado um bruxo ou mago. De um modo geral, estes eram queimados ou decapitados. Havia também especialistas da Igreja Católica para julgar se um determinado sinal era de uma bruxa ou não. Para isso o suspeito era submetido aos testes mais absurdos, entre os quais o da água: ele era mergulhado em uma tina; se ele afundasse, seria culpado; se flutuasse, seria inocente.

Essa oficialização da tortura começou sob os auspícios do Concílio de Verona, em 1184, no qual foi criada a figura do bispo chamado de inquisidor ordinário. Eles faziam visitas de surpresa aos lugares suspeitos de heresia nos quais a tortura se tornara rotineira. Porém foi o papa Gregório IX (1227-1241) que ampliou essa ação ao criar a chamada Inquisição Delegada, cujo objetivo era enviar eclesiásticos (dominicanos e franciscanos) àqueles lugares. Continuado essa ação, o para Inocêncio IV (1243-1254), em 1252, levou o tribunal permanente da Inquisição para o reinado espanhol e, em seguida, o Santo Ofício estendeu seu braço também para a França e a Alemanha. Foi assim que a tortura se tornou oficializada. Segundo Gentili, “O herege passou então a ser considerado tão ou mais perigoso que o ladrão comum. Para a Igreja Católica ele era um ladrão de almas.”

Durante esse período negro da história da Igreja Católica é que aparece a figura do papa Alexandre VI (1492-1503): Pai de oito filhos ilegítimos antes de se tornar papa, só foi eleito depois de subornar os outros cardeais e usou o dinheiro do Vaticano para enriquecer a própria família. Ostentava uma amante jovem e belíssima mesmo depois de ser eleito pontífice. Um de seus filhos, Rodrigo Bórgia, inspirou o livro O Príncipe, de Maquiavel.

Ainda hoje em dia os cardeais fazem crer ao mundo que a escolha do papa é com inspiração no Divino Espírito Santo. O suborno de cardeais no caso em tela parece que desfez esse mito.

E não é a primeira vez que o dinheiro do Estado do Vaticano é supostamente desviado para outros fins. Já no século XX, no fim dos anos 1970, no pontificado de João Paulo I, surgiu o problema no IOR (Instituto para as Obras de Religião), banco que administra as doações feitas ao papa. Este banco, sob a presidência do arcebispo Paul Marcinkus, tinha se tornado o principal acionista do Banco Ambrosiano, uma organização italiana. Descobriu-se que este banco esteve envolvido com lavagem de dinheiro e também empréstimos para compra de armas. As atividades bancárias de Marcinkus com o Banco Ambrosiano continuaram até a falência deste em 1982. Numa operação para salvar o Banco o Vaticano teve de gastar 328 bilhões de dólares. O que diria o apóstolo Pedro, um pobre pescador, se algum dia a singela mensagem de Cristo fosse servir de suporte para um império monetárrio de tamanha proporção e majestade? Está muito longe da humildade dos primeiros cristãos e da essência da doutrina do Salvador.

O livro “O Papa de Hitler”, de John Cornwell, relata a atividade do papa Pio XII (1939-1958) como pontífice da igreja Católica Romana. Antes de assumir o papado, ele, o cardeal Eugenio Pacelli, era o secretário de Estado do Vaticano e fora embaixador na Alemanha por muitos anos. Foi ele que conseguiu o apoio do padre Ludwig Kaas, líder da legenda católica “Partido do Centro” – principal opositora do Partido Nazista – para que ela votasse a favor de uma resolução que dava poderes de ditador a Hitler. Com isso os católicos ficaram relativamente seguros das atrocidades do regime nazista dentro da Alemanha, mas também porque Pio XII não fizera esforços suficientes para denunciar o genocídio dos judeus praticado com inominável crueldade. Contudo, permitiu que as instalações da Igreja católica, em Roma, desse abrigo àqueles que conseguiam fugir do inferno nazista. Havia precedentes para esse tratado com Hitler. O papa Pio XI, seu antecessor, já saudava o ditador fascista, Benito Mussolini, como “enviado pela Providência Divina.” [1].

O papado pode ser identificado na profecia do apóstolo Paulo: “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado; o filho da perdição; o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” Tessalonicenses 2: 34.

Ora o papa Inocêncio III declarou que o pontífice romano é “o representante sobre a Terra, não de um mero homem, mas do próprio Deus.” [2];

Deus não deixou na Terra nenhum Seu representante, como quer o papado. Também não nomeou nenhuma religião como a “única verdadeira” como recentemente declarou aos jornais o papa Bento XVI sucessor de João Paulo II. Jesus deixou um Evangelho que foi seguido por seus legítimos apóstolos que vivam humildemente, sem riquezas e ostentação. Ao contrário, o papa e os altos dignitários da Igreja Católica vivem no luxo e na lubricidade. Os recentes escândalos de pedofilia no mundo e, especialmente, nos Estados Unidos, levou a Justiça desse país a condenar o clero católico – que se envolveu no passado com menores de idade –, a uma multa indenizatória de seiscentos milhões de dólares. Até o desfecho do julgamento, as altas autoridades eclesiásticas ocultaram essa ignomínia à sociedade americana e ao mundo.

Essa falsa religião incorpora o “homem do pecado”, o “filho da perdição” e é a obra prima de Satanás para governar a Terra de seu trono, revestido de púrpura e riquezas. Para completar sua obra se declara infalível o que é demais para um homem de carne e osso. Mas não se deve subestimar essa aparência de homem, pois o mal é dissimulado, e está escrito que Satanás pode se manifestar como um anjo de luz (II Coríntios 11: 14).

Referências

1. Religiões, Edição 17, janeiro de 2005. Partilha: Santos e Pecadores – História dos Papas, de Eamon Duffy. Cosac & Naify, 1998; A Igreja Católica ,de Hans Küng. Objetiva,2002; O Papa de Hitler, de John Cornwell. Imago, 2000; História Secreta da Diplomacia Vaticana, de Éric Lebec. Vozes, 1999

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Idolatria

Em 787 d.C. foi convocado o Segundo Concílio de Nicéia para estabelecer o culto às imagens. Institui-se assim a idolatria. Vejam o que relata J. Mendham [1]: “O culto de imagens...foi uma das corrupções do cristianismo que se insinuaram na igreja furtivamente e quase sem ser notadas nem observadas...Uma prática após a outra foi introduzida tão gradualmente que a igreja se tornou profundamente embebida no costume da idolatria...quase sem qualquer decidida admoestação; e, quando finalmente fez um esforço para desarraigá-la, o mal estava enraizado demais para admitir a sua remoção.”

A Igreja Católica Romana institui essa prática já numa época bem longe dos ensinamentos de Jesus Cristo e seus apóstolos e contraria a Bíblia em toda a sua extensão desde o Velho até o Novo Testamento. A fim de não deixar o leitor em dúvida transcrevo a seguir alguns versículos do livro sagrado.

“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo da terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.” Êxodo 20:4,5.

“Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagens de escultura nem estátua, nem poreis figura de pedra na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o Senhor vosso Deus.” Levítico 26:1.

“Porque qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel, que se alienar de mim e levantar os seus ídolos no seu coração, e puser o tropeço de sua maldade diante do seu rosto, e vier ao profeta, para me consultar por meio dele, a esse, eu o Senhor, responderei por mim mesmo.” Ezequiel 14:7.

“Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei, se prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” Mateus 4: 8,9,10

“E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.” Romanos 1: 23.

“Portanto, meus amados, fugi da idolatria. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.” I Coríntios 10: 14,21

Referências

1. The Seventh General Council, the Second o Nicaea, Introdução, págs. III-VI.

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O Reinado das Bestas

A besta que subiu do mar

“E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão, e o dragão deu-lhe o poder, o seu trono, e grande poderio. E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a Terra se maravilhou após a besta. E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?

E foi-lhe dado uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses. E abriu sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do Seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no Céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a Terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça.. Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé os santos.” Apocalipse 13: 1-10.

Aqui, a besta que se parece com o leopardo é o papado e o dragão é Satanás. Os quarenta e dois meses (equivalentes a três anos e meio, ou 1.260 dias, ou 1260 anos de Daniel 7) é o período que vai de 538 a 1798 durante o qual o papado iria oprimir os verdadeiros cristãos, os que adoram somente a Deus, e aceitam o Senhor Jesus Cristo como seu único mediador aqui na Terra.

A besta que subiu da Terra

“E vi subir da Terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do Céu à Terra, à vista dos homens. E enganam os que habitam na Terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E faz que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas; para ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome...” Apocalipse 13: 11-17.

A besta de dois chifres semelhantes aos de um cordeiro seria os Estados Unidos; mas “falava como o dragão.” Sob a pele de um cordeiro Satanás impõe seu poder, dizendo “aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia”. A besta referida é a primeira besta “semelhante ao leopardo”, isto é, o papado. Já a “imagem da besta” representa atualmente a representação política do protestantismo apóstata e do catolicismo que buscam no Estado e no Legislativo impor a estes os seus dogmas. Já temos exemplos atuais em vários governos ocidentais; e a “ marca da besta” representa a autoridade da igreja que mudou o sétimo dia da semana (o quarto mandamento) o sábado, para o domingo – “o falso sábado” – que é o primeiro dia da semana.

Essa mudança representa a maior violação dos mandamentos de Deus, por parte do papado – a besta “semelhante ao leopardo”. “E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor vosso Deus.” Ezequiel 20: 20.

A mais recente investida do papado com a pretensiosa alegação de que o papa é o representante de Deus na Terra se refere ao adágio popular de que “Deus é brasileiro” pelo fato de o país não ser acometido de calamidades naturais como furacões, terremotos etc. Dissera o papa João Paulo II, em tom jocoso, em sua visita ao Brasil: “Se Deus for brasileiro, então o papa é carioca.” Dito de outra maneira, talvez tenha o sentido: “Se Deus for brasileiro, então o papa é carioca e também é Deus .” Cabe aqui relembrar mais uma vez o que o apóstolo Paulo advertira: “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado; o filho da predição; o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” II Tessalonicenses 2: 3,4.

O papado se manifesta mais uma vez agora na voz do papa Bento XVI, sucessor de João Paulo II, após sua recente visita ao Brasil: “Igreja Católica se declara a ‘única verdadeira’ e que os protestantes não são ‘igreja de verdade.´

O Vaticano divulgou um documento datado de 29 de junho de 2007 que aponta a Igreja Católica como a única a reunir todos os requisitos da comunidade fundada originalmente por Cristo e seus apóstolos...O documento, na forma de perguntas e respostas, é assinado pelo atual prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal americano William Levada, e por seu secretário, monsenhor Ângelo Amato, mas chega com a aprovação oficial de Bento XVI (1).

Segundo a doutrina católica, outras comunidades (que se dizem cristãs) não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja, diz o documento.

O novo texto tem dois significados: Em primeiro lugar, que a guerra de Bento XVI contra o relativismo continue firme. A divulgação do documento revela uma estratégia coerente do Papa para fazer da Igreja a portadora de uma referência religiosa e moral única, como guardiã da herança cristã. De acordo com esse ponto de vista, não se pode igualar todas as religiões cristãs e colocá-las no mesmo saco, sob pena de tirar dos fiéis (em especial os católicos, claro) uma noção clara e sem ambigüidades de qual é o caminho correto a seguir.

Em segundo lugar, reafirma-se a idéia de que o catolicismo é o meio único pelo qual se pode alcançar a salvação espiritual com a ajuda da fé em Jesus Cristo. Teologicamente, porém, isso não significa que os outros cristãos, ou mesmo os seguidores de religiões não-cristãs, estão automaticamente excluídos dessa salvação, mesmo que não se convertam ao catolicismo.

A explicação vem da idéia de ‘deficiência’ ou ‘defeito’ expressa pelo documento ‘Dominus Iesus.’ A doutrina defendida por Bento XVI considera que os não-católicos teriam mais dificuldade (uma ‘deficiência’ mais branda no caso dos cristãos, mais pesada no dos não-cristãos) para a busca do bem e da verdade que leva à salvação do homem. No entanto, se eles seguirem o caminho correto apesar disso, eles seriam, na prática, ‘adotados’ por Cristo e pela Igreja...

“Como deve entender-se a afirmação de que a Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica?”

“Cristo ‘constituiu sobre a terra’ uma única Igreja e instituiu-a como ‘grupo visível e comunidade espiritual’, que desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá, e na qual só permaneceram e permanecerão todos os elementos por Ele instituídos. ‘Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos como sendo una, santa, católica e apostólica [...] . Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele.

Na constituição dogmática ‘Lumem Gentium’ 8, subsistência é esta perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo na Igreja Católica, na qual concretamente se encontra a Igreja de Cristo sobre esta terra.

Enquanto, segundo a doutrina católica, é correcto (sic) afirmar que, nas Igrejas e nas comunidades eclesiais ainda não em plena comunhão com a Igreja Católica, a Igreja de Cristo é presente e operante através dos elementos de santificação e de verdade nelas existentes, já a palavra ‘subsiste’ só pode ser atribuída exclusivamente à única Igreja Católica , uma vez que precisamente se refere à nota da unidade professada nos símbolos da fé (Creio...na Igreja ‘una’), subsistindo esta Igreja ‘una’ na Igreja Católica.”

“Porque se usa a expressão ‘subsiste na’ e não simplesmente a forma verbal ‘é’? “

“O uso desta expressão, que indica a plena identidade da Igreja de Cristo com a Igreja Católica, não altera a doutrina sobre Igreja; encontra, todavia, a sua razão de verdade no fato de exprimir mais claramente como, fora do seu corpo, se encontram ‘diversos elementos de santificação e de verdade’, ‘que, sendo dons próprios da Igreja de Cristo impelem para a unidade católica.’

Por isso, as próprias Igrejas e Comunidades separadas, embora pensemos que têm faltas, não se pode dizer que não tenham peso ou sejam vazias de significado no mistério da salvação, já que o Espírito se não recusa a servir-se delas como de instrumentos de salvação, cujo valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja católica.”

“Porque é que o Concílio Ecumênico Vaticano II dá o nome de ‘Igrejas’ às Igrejas orientais separadas da plena comunhão com a Igreja Católica?”

“O Concílio quis aceitar o uso tradicional do nome. Como estas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos e sobretudo, em virtude da sucessão apostólica, o Sacerdócio e a Eucaristia, por meio dos quais continuam ainda unidas a nós por estreitíssimos vínculos, merecem o título de ‘Igrejas particulares ou locais’, e são chamadas Igrejas irmãs das Igrejas particulares católicas.

Por isso, pela celebração da Eucaristia do Senhor em cada uma destas Igrejas, a Igreja de Deus é edificada e cresce. Como porém a comunhão com a Igreja Católica, cuja Cabeça visível é o Bispo de Roma e Sucessor de Pedro, não é um complemento extrínseco qualquer da Igreja particular, nem um dos seus princípios constitutivos internos, a condição de Igreja particular, de que gozam essas venerandas Comunidades cristãs, é de certo modo lacunosa. Por outro lado, a plenitude da catolicidade própria da Igreja, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, encontra na divisão dos cristãos um obstáculo à sua realização plena na história.”

“Por que razão os textos do Concílio e do subseqüente Magistério não atribuem o título de ‘Igreja” às comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI?”

“Porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico, não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas ‘Igrejas’ em sentido próprio.

“O Santo Padre Bento XVI, na audiência concedida ao abaixo-assinado Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou e confirmou estas Respostas, decididas na Sessão ordinária desta Congregação, mandando que sejam publicadas.”

Segundo o texto, o papa é o “Sucessor de Pedro”.... “subsistência é esta perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo na Igreja Católica, na qual concretamente se encontra a Igreja de Cristo sobre esta terra.”

O humilde pescador profissional e “pescador de almas” não suportaria ver que a Igreja que o Senhor Jesus lhe entregara para fundamento seria transformada num império econômico de luxo e ostentação como o é a atual Igreja Católica. Segundo a própria história citada no documento em questão, o papa não tem legitimidade para ser o “sucessor” do apóstolo Pedro, pois este não instituíra nenhuma eclesiologia católica ou se apoiado em teólogos inexistentes. O papa é o chefe da Igreja Católica e somente isso; O Novo Testamento, na palavra de seus evangelistas, nunca se referiu a tal hierarquia; antes, difundiram o evangelho de Cristo e pregaram o amor em toda a sua plenitude, isto é, “ama ao teu próximo como a ti mesmo”, pregava Jesus Cristo a todos que O ouviam. É difícil imaginar o Senhor Jesus Cristo como sendo o fundador de um estado laico e religioso ao mesmo tempo no qual Mamom é o próprio gerente da fé; e mais ainda difícil seria vê-Lo como um chefe guerreiro ou vendedor de indulgências para pecadores de todas as matizes; e impossível vê-Lo fechar os olhos para padres pedófilos, ou tolerar a luxúria de seus súditos nos palácios episcopais ao longo de toda a história; ou permitir a tortura desumana, a fogueira e a morte de milhões de seres humanos com instrumentos que só Satanás poderia imaginar; e, ainda servir aos interesses dos colonizadores europeus para torturar e matar impiedosamente nações inteiras de silvícolas na América Central e na América do Sul; o jesuitismo é um exemplo de caráter hipócrita.

Não se tem conhecimento que a “subsistência” referida no documento do papado fora instituída especialmente na Igreja Católica pelo Senhor Jesus. Tal nome de igreja só foi conhecida por volta do quarto século d.C.

Já os textos do Concílio Vaticano II não consideram ‘Igreja’ as comunidades cristãs nascidas com a Reforma do século XVI, “porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico, não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas ‘Igrejas’ em sentido próprio.”

Ora, essa “sucessão apostólica” foi introduzida pela própria Igreja Católica seguindo os cânones de sua doutrina que estabelece esse “elemento constitutivo essencial da Igreja “ Ainda, esse sacerdócio sacramental nada tem a ver com o evangelho de Cristo e muito menos esse “Mistério eucarístico” que, provavelmente, nunca foi celebrado pelos apóstolos na sua humilde simplicidade de homens do povo. Portanto esses argumentos não são necessários para se estabelecer uma´Igreja única.´

Não é demais dizer aqui que esse documento da Congregação para a Doutrina da Fé não traz nenhuma mensagem de amor e esperança para os cristãos de um modo geral e, também, por sua natureza discriminatória às igrejas protestantes, excluindo assim pessoas que não fazem parte da doutrina da Igreja Católica. “Deus não faz acepção de pessoas.”

Esse documento talvez seja a senha simbólica para se imprimir o “sinal” ou a “marca da besta” – aquela que é “semelhante ao leopardo” –, em todos aqueles que não seguem os cânones da igreja de Roma que tem por cabeça o papa. Isto faz sentido com a declaração emblemática de que a Igreja Católica é a “única verdadeira”; isto significa que o domingo seja essa “marca” já que os católicos consideram esse dia como o “dia do Senhor” e não o último dia da semana, o sábado, como o dia santificado pelo Senhor no quarto mandamento. Ë neste mandamento que está explicita a comunhão de Deus com o homem, para que este sempre se lembre de que Ele é o Criador de tudo que existe no Universo, e, portanto é o Senhor do todos os segredos da Natureza.

A mudança do sábado para o domingo pode ser vista como a “marca da besta”. Provavelmente não se tinha um documento formal da Igreja Católica como esse que foi publicado recentemente e cujo texto foi fielmente reproduzido neste livro. O que dá maior força a esse documento é a separação clara que se faz entre uma só igreja e todas as outras, cristãs ou não. É como um divisor de águas; uma tatuagem simbólica; uma cruz nazista; uma estrela de David dos judeus. Mas a “marca da besta” vem da ordem da besta que “tinha dois chifres de cordeiro; e falava como dragão,” e também manda fazer uma imagem da “besta semelhante ao leopardo.” “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome” Apocalipse 13:17.

Esse documento do papado pode trazer a conseqüência mediata da profecia do Apocalipse 13:17: “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.” Para isso é preciso que o estado laico seja envolvido e absorvido pela influência da Igreja Católica em todo o Estado, isto é, nas assembléias legislativas, no poder executivo e no poder judiciário. Outras igrejas podem ser também cooptadas, sobretudo aquelas que têm um ponto em comum entre si: a observância do domingo, como o sétimo dia da semana. Daí podem surgir normas, decretos, leis, portarias, etc. para que se cumpra a proibição expressa na profecia. Algo semelhante aconteceu no regime nazista em relação aos judeus. Porém agora no mundo globalizado pelos meios de transporte rápido e comunicação imediata, principalmente a internet, essa execrável discriminação seria também imediata, o que faz prever que isso venha a acontecer num futuro já bem próximo.

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Referências

1- O Liberal, 11 de julho de 2007.

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Denominações Globais

Após a Reforma protestante no século XVI feita por Lutero e seus seguidores surgiram denominações várias em diversos países, sobretudo na Europa ocidental. Com o descobrimento da América por Colombo os pilgrims aportaram na Nova Inglaterra devido a problemas políticos e religiosos em seus países de origem. Esses peregrinos formavam comunidades que seguiam à risca a nova orientação dada por Lutero, e, por isso apresentavam características próprias com um ar de pureza em seus cultos religiosos e também na vida comum entre seus concidadãos. Isso se refletiu muito na nova nação que se formava cuja Constituição é emblemática entre as nações que foram formadas com o esbulho dos Astecas na América Central e os Incas na América do Sul capitaneadas por aventureiros inescrupulosos e cruéis como Fernão Cortez e Francisco Pizarro respectivamente. Ao mesmo tempo a região oriental da America do Sul, incluindo o Brasil e os países platinos, sofreram a ação insidiosa dos conquistadores portugueses que impuseram às tribos indígenas o culto católico por meio dos jesuítas. Daí a predomínio da Religião Católica na América do Sul a qual também foi atingida pela Inquisição que se irradiava da Espanha e Portugal.

Foi só a partir do século XIX que as igrejas evangélicas conseguiram se estabelecer nessa região quase com a mesma feição que norteava suas práticas nos países de origem até atingir o segundo quarto do século XX. Mas a partir daqui houve a pulverização dessas igrejas, dando origem a um número relativamente grande de denominações protestantes, entre as quais estão certas denominações globais que avultam em riqueza e bens materiais. Surgiram os ´bispos´, os ´missionários´, os ´apóstolos´, e outras espertalhões que se atribuem poderes miraculosos para a cura de doenças.

Diariamente a mídia mostra como são os atuais cultos. Os ´milagres´ são feitos diariamente à vista de uma multidão de fiéis. Alguns ´pastores´ choram quando um deles larga sua muleta e se abraça ao seu bem-feitor. Outros fazem esses milagres à distância por meio dos canais de televisão. Outros só fazem curas superficiais que a nossa medicina imediatamente os livraria com uma simples cirurgia ou algum anestésico. Mas no final de toda essa pantomina não faltam as solicitações de chequinhos, e dinheiro em espécie; alguns até estabelecem um mínimo de contribuição. Mas enquanto a maioria dos fiéis se acotovela em ônibus, trens, e outros meios de locomoção de massas, aqueles milagreiros modernos voam em seus jatinhos, às vezes com milhões de reais, doados por seus fiéis mantenedores. Estes ainda justificam essa excelsa benesse, alegando que eles precisam viajar rapidamente para atender os fiéis que estão espalhados pelo mundo inteiro dentro do seu império de comunicação, e empresas de todas as matizes.

O nosso suposto governo laico vê todas essas trapalhadas, faz um teatrinho para o povo ver, já tendo flagrado alguns pastores com milhões de reais nos aeroportos; mas aí surgem os advogados chicaneiros que logo desenrolam um cipoal de leis feitas a propósito, e logo mais estão todos soltos. Enquanto isso a maioria dos fiéis continua pingando o seu minguado dinheirinho para a burra desses potentados mercadores da fé.

Finalmente se você quer ter sua própria igreja e tem boa lábia só precisa de um espaço e registrá-lo no cartório. Assim você se livrará da feroz mordida do Leão que vai ser seu gatinho de estimação.

Criacionismo x Evolucionismo

Essa dicotomia entre o evolucionismo e o criacionismo já se mostra quase irreversível devido à obsessão dos dois lados como se estivessem numa guerra. Vou ressaltar quão é irreal a posição dos evolucionistas que tratam o início da vida como um acaso. Por este mesmo lado já se têm cálculos probabilísticos para essa hipótese, no caso de um virus: é da ordem 10-2000.000 (Chaos and Harmony, Trinh Xuan Thuan,, professor de astronomia da University of Virginia). Para você ter uma idéia desse número inimaginavelmente tão pequeno é como se você jogasse uma moeda para cima e caísse sempre cara ou coroa seguidamente seis milhões de vezes; ou como provocar um violento torvelinho numa sucataria e esperar que dela saia um boeing 747 em vôo. O grande astrônomo britânico Fred Hoyle teve seu ateísmo abalado com a descoberta das notáveis ressonâncias do oxigênio e do carbono, conforme escreve o famoso historiador da ciência Owen Gingerich da Harvard University(Let There Be Light: Modern Cosmogony and Biblical Creation): “Disseram-me que Fred Hoyle, que junto com William Fowler foram os primeiros a notar o arranjo notável das ressonâncias no carbono e no oxigênio, que nada abalou tanto o seu ateísmo como esta descoberta. Na edição de Dezembro de 1981 de Engineering and Science , a revista dos alunos do Cal Tech, Hoyle escreve:

´Não diria você a si mesmo, ´Algum intelecto supercalculista deve ter projetado as propriedades do átomo de carbono, de outro modo a chance de eu encontrar tal átomo devido as forças cegas da natureza seria extremamente minúscula "? Naturalmente que você poderia... A interpretação do fato sugere que um superintelecto pregou uma peça na física, como também na química e na biologia, e que não há forças cegas na natureza dignas de se falar. Os números que saem dos fatos parecem a mim tão preponderantes para por esta conclusão quase fora de questão.”

O mesmo historiador diz que o Senhor deixou pistas maravilhosas sobre a criação do mundo há 13bi de anos passados; isso não impede que os cientistas deixem de investigar essas pistas só porque alguém diz que o mundo foi criado há 6mil anos passados. É possível que também isto tenha acontecido, diz ele. Afinal aquela história do Big Bang talvez seja apenas uma grande hipótese.

Agora, eu, do meu lado, vou parafrasear a personagem de Conan Doyle, Sherlock Holmes(este dissera ao seu amigo Watson que para ele tanto importava que a Terra girasse em torno do Sol, ou este em redor daquela): para mim tanto faz o mundo ter sido criado há 6.000 anos ou há 13 a 15 bilhões de anos passados, pois me parece que O Senhor Jesus nunca pôs isto como artigo de fé e salvação. Só Ele é a verdade. Talvez Ele nos tenha deixado toda essa discussão (que eu acho interessante) apenas como um exercício de retórica para nós nos divertirmos.

LSFerreira
Enviado por LSFerreira em 02/04/2012
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