JESUS CRISTO

JESUS CRISTO

- Quem foi Jesus Cristo?

Mateus inicia o seu Evangelho, traçando-nos a genealogia de Jesus. É uma genealogia e pouca significação e que nada acrescenta à glória de Jesus. O certo é que um homem vale por si mesmo e pelas realizações e não pelo que foram ou pelo que fizeram seus ascendentes.

Jesus conviveu com os pequeninos das margens do lago e com os Pobres do Subúrbio de Jerusalém; ensinava nas vilas e andava a pé pelas estradas. A vida humilde que vive demonstra-nos que nunca se importou com as grandezas do mundo nem com os poderosos de seu tempo; por conseguinte, muito menos se preocuparia por seus antepassados.

Quanto à sua obra, não precisamos voltar a encarecer a importância dela; a influencia que não cessa de exercer, o influxo que continuamente transmite às realizações nobres da humanidade, o abrandamento do caráter e a moralidade dos costumes de todos os que a estudam de coração e o sentimento da fraternidade que há dois milênios desenvolver na terra, lhe conferem excepcional valor.

Jesus foi um médium de Deus. Diretamente inspirado pelo Altíssimo, tornou conhecido dos homens o código divino, pelo qual a terra se ilumina espiritualmente cada dia mais. (A)

- Podemos considerar Jesus o próprio Deus?

Em todas as suas referencias, Jesus sempre esclareceu que não é Deus.

Que não é Onipotente.

Que a Sua vontade está condicionada à do Pai.

Em comovedora, constante e sublime demonstração de obediência e compreensão filiais, põe sempre acima do Seu o Poder de Deus.

Embaixador Celeste, nada fez em discordância com a vontade do Pai, que o enviou, em missão apostolar, ao globo terrestre.

A sabedoria e o Amor do Pai, que o fez descer das infinitas regiões de luz para as sombras do mundo, estiveram sempre com o Filho.

Nos pensamentos, nas palavras, nas atitudes.

Eram e são, por conseguinte, um pelo pensamento, um pelo coração um pela inteligência. (B)

- Onde se encontram no Evangelho os ensinamentos de Jesus sobre a sua missão como emissário do Pai?

Eis algumas passagens:

“A palavra que ouvistes não é minha, mais do Pai que me enviou”. – João, 14:24.

“Porque me chamais bom? Não há bom senão um só, que é Deus”. – Mateus, 19:17, Marcos, 10:18, Lucas, 18:19.

“.... eu desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas faça como o Pai me ordenou”. – João, 6:38.

“Quem quer que me recebe, recebe aquele que me enviou”. – Lucas, 9:48.

“.... agora procurais dar-me a morte , a mim que vos tenha dito a verdade que aprendi de Deus.” – João, 8:40.

“Ainda estou convosco por um pouco de tempo e vou em seguida para aquele que me enviou”. – João, 7:33.

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador a fim de que esteja para sempre convosco”. – João, 14:16.

“Se me amásseis, alegrar-vos-eis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu”. – João 14:28.

“Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice”. – Mateus, 26:39.

Mais adiante, no versículo 42, continua a sublime e incompreendida conversação com Deus. “Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice, sem que eu beba, faça-se a tua vontade".

Mais adiante, ainda, o incisivo, admirável, incontrovertido apontamento de Lucas (23:46): - “Meu Pai, nas tuas mãos entrego a minha alma”. (B)

- Qual o verdadeiro Papel de Jesus?

O papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista sem outra autoridade além da palavra. Veio cumprir as profecias que haviam anunciado a sua vinda, e a sua autoridade provinha da natureza excepcional do seu espírito e da sua missão divina. Veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na terra, mas no reino dos céus, explicando-lhes também o cainho que para lá conduz, os meios de se reconciliarem com Deus e de sondarem a marcha das coisas que hão de vir para o cumprimento dos destinos humanos. Todavia, Jesus não disse tudo, e sobra muitos pontos limitou-se a lançar o germe de verdades, que ele próprio declarou não poderem ainda ser compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos explícitos. Para penetrar o sentido oculto de certas palavras, era mister que novas ideias e conhecimentos viessem trazer a solução. Essas ideias não podiam surgir antes de um certo grau de madureza no espírito humano. A ciência devia contribuir poderosamente para a nascença e desenvolvimento dessas ideias, e assim, era forçoso dar tempo à ciência para progredir. (C)

- Que grandes exemplos e ensinamentos deixou Jesus?

Ensinou que nosso principal objetivo deve ser trabalhar para a conquista do reino de Deus e que a humanidade e a caridade são as virtudes que nos conduzirão a esse reino.

Combateu os preconceitos, as rivalidades de raças, os hipócritas, os vaidosos, os orgulhosos, os avarentos, os malvados e os egoístas.

Amou os bons, animou os fracos, amparou os pobres, consolou os aflitos e ensinou os pecadores a se regenerarem.

Afirmou que se não perdoamos não poderemos ser perdoados.

Disse-nos que só seremos completamente felizes quando soubermos perdoar e amar o nosso próximo.

Resumiu sua doutrina nos mandamentos: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei e não façais nos outros o que não quereis que os outros vos façam”.

Como todos os grandes e generosos espíritos que vierem a este mundo esclarecer a humanidade. Jesus também teve os seus inimigos.

Foi cruelmente perseguido e condenado à morte. Antes de desencarnar, o último exemplo que nos deu foi pedir ao Pai misericordioso que perdoasse os seus perseguidores como ele os perdoava”. (D).

- Que lição prática podemos tirar da assertiva de Jesus: “Porque qualquer que pede, recebe; e quem busca, acha; e a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Lucas , 11:10)?

Asseverou Jesus: “Quem busca, acha”.

Quem procura o mal encontra-se com o mal igualmente.

Existe perfeita correspondência entre nossa alma e a alma das coisas. Não expendemos uma hipótese, examinamos uma lei.....

É indispensável, pois, muita vigilância na decisão de buscarmos alguma coisa, porquanto o Mestre afirmou “quem busca acha”, e acharemos sempre o que procuramos. (E)

- Que ensina Jesus quando afirma: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á”? (João, 10:9)

Não nos esqueçamos de que Jesus é a única porta de verdadeira libertação.

Através de muitas estações no campo da Humanidade, é provável que recebamos proveitosas experiências, amealhando-se à custa de desenganos terríveis, mas só em Cristo, no clima sagrado de aplicação dos seus princípios, é possível encontrar a passagem abençoada de definitiva salvação. (E).

FONTES DE ESTUDO: (A) ELISEU RIGONATTI – O EVANGELHO DOS HUMILDES ,

(B) MARTINS PERALVA – ESTUDANDO O EVANGELHO, (C) ALLAN KARDEC – O EVANELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, (D) ELISIEU RIGONATTI – 52 LIÇÕES DE CATECISMO ESPÍRITA, (E) EMMANUEL – CAMINHO, VERDADE E VIDA.

(F) EMMANUEL – PALAVRAS DE VIDA ETERNA

Pedro Prudêncio de Morais
Enviado por Pedro Prudêncio de Morais em 21/03/2012
Código do texto: T3567019
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