JOSÉ DE MARIA

Há um versículo bíblico que expressa em toda a sua plenitude quem era esse homem escolhido por Deus, para ser o pai adotivo do seu filho Jesus. Encontra-se no Evangelho escrito por Mateus, capítulo 1, versículo 19: “José, seu esposo, que era homem justo...”

Na Bíblia, a palavra justo adquire um significado todo especial. Quer dizer ajustado à vontade de Deus. Ele renuncia a si mesmo a fim de que Deus aja em sua vida. Assim era José.

Estava noivo com uma menina entre doze e quinze anos, filha de Joaquim e Ana. Jovem e trabalhador, José trabalhava de pedreiro, carpinteiro, fazia pequenos “bicos” para angariar o dinheiro necessário que seria aplicado na construção de sua casa simples. Entre o noivado e o casamento o prazo fixado era de um ano. Por isso trabalhava com afinco e dedicação.

Sonhos e projetos para o futuro passavam pelas suas cabeças e seus corações. Os filhos que Deus haveria de lhes dar. A casinha simples e bela com o toque feminino de sua noiva bela... A espera na hora da volta do trabalho, o beijo, o abraço acolhedor. Como seria maravilhoso!

Um dia, repentinamente, o plano de Deus prevaleceu sobre os seus projetos. Gabriel avisa que ela será mãe do filho de Deus e conceberá pelo poder do Espírito Santo. E acrescenta que para Deus nada é impossível, pois Isabel sua parenta – que era estéril – estava grávida de seis meses. É como s tudo ruísse. É como se tudo tivesse ido de água abaixo. Diz apenas uma palavra: “Faça-se!”

Não pede permissão a José nem aos pais – segue para Ain Karin na Judéia – distante aproximadamente 150 Km de Nazaré. Acompanha uma caravana. Está grávida de poucos dias. Segue apressadamente. Para servir a Deus não se pode perder tempo. A disponibilidade e o serviço a quam precisa está acima de qualquer permissão.

Três meses depois encontra-se de volta. José esperava ansioso a sua volta. O retorno tão aguardado de sua amada. Mas não acreditou no que estava vendo. A sua noiva em que ele depositara toda a confiança o havia traído. A barriguinha estava ali como o sinal. E nesse estado ela seria apedrejada em praça pública, até a morte – segundo a Lei judaica. E aí o amor daquele homem falou mais alto do que aquela possível traição que ele não acreditaria jamais. Havia somente uma maneira de livrar a sua amada do suplício, humilhação e vergonha do apedrejamento. Deixa-la secretamente. Esta sua atitude faria com que a responsabilidade recaísse totalmente sobre ele. Deixá-la-ia pela madrugada. A decisão estava tomada.

Deus se manifesta da maneira que Ele quer, quando quer, e com quem quer. Com José Ele utilizou os sonhos. E nesta noite foi revelado a José o que havia acontecido. “Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa.” (Mateus 1,20.24)

No Novo Testamento não há uma só palavra pronunciada por José. Era um homem de ação e não de palavras. Silencioso, contemplativo, fazia da sua vida uma verdadeira entrega e contínua oração.

Exemplo pra os namorados, para os noivos e para os homens casados. José, um homem justo, casto e fiel. Que aprendamos com ele o real sentido do amor.

São José, rogai por nós

ALMacêdo

Antonio Luiz Macêdo
Enviado por Antonio Luiz Macêdo em 19/03/2012
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