UM HOMEM QUASE PERFEITO: FALTAVA-LHE O PRINCIPAL!
A certa altura de seu ministério, Jesus foi procurado por um jovem rico de bens materiais, o qual o interrogou objetivamente. Como alguém que realmente tinha interesse naquilo que perguntara. O jovem ajoelhou-se por fora, no corpo, local para ser visto pelos homens, porém na alma ainda estava de pé. “E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna”?
E Jesus que sempre lê as entrelinhas do coração e intenções da mente humana perguntou-lhe: “E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus. 19 Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.
O rapaz por sua vez, tinha resposta na ponta da língua como diriam alguns professores. Queria mostrar-se praticante da fé:
20 Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.
Jesus, queria levá-lo a refletir, não apenas buscar uma resposta pronta. Queria fazê-lo avaliar tudo o que preenchia sua mente e intenções. Também neste versículo se encontra o coração deste texto, que é a expressão: “O AMOU”. Sendo esta a característica fundamental de Jesus como pessoa, pregador e salvador. Ele amava sempre ao pecador, e jamais ao pecado praticado pelo pecador. Jesus leva-lhe a refletir sobre algo novo.
21 E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me”.
Muitas lições podem ser extraídas deste trecho. Entre elas:
1- Jesus ouve e espera que seus interlocutores lhe digam o que pensam. Ele não os sufoca com a sua verdade. Muito embora ele, Jesus seja, a única verdade que liberta. No entanto Jesus não empurra o evangelho garganta abaixo, como muitas vezes o faz o homem secular. Jesus deulhe tempo para refletir e tomar decisões, muito embora seja perigoso ficar esperando e refletindo vida toda. É sábio refletir e tomar uma boa decisão com certa rapidez, antes que seja tarde.
2- O amou. Jesus sempre ama o pecador. Mas nunca ama o pecado que a pessoa pratique. Jesus, não privilegiava ninguém por pertencer a qualquer ordem ultra-secreta, ou por ser rico, de casta elevada na sociedade. Logo, Jesus não era e nunca seria maçon. Nunca deu “jeitinho” para facilitar nada para alguém por rico ou pertencer a uma empresa X que contribua para sua causa, ou por dar um dízimo maior que a maioria.
3- O moço julgava-se quase perfeito ao dizer: “Tudo isto tenho feito desde a minha meninice ou mocidade”. Como se Jesus não o soubesse disso e muito mais de tudo aquilo que havia nas entrelinhas do seu pensamento e coração.
4- Quando Jesus tocou no ponto delicado que se relacionava à suas posses pessoais, o seu tendão de “Aquiles”, chegou no ponto crucial do diálogo, ou seja: mexeu nas suas posses, o moço saiu triste. O ser humano sempre fica triste quando Deus quer mexer em suas posses. Mesmo que elas não sejam dinheiro. Tais posses pode ser a um temperamento difícil, de uma boa posição na sociedade, a posse de um relacionamento ilícito, secreto, o qual a sociedade não sabe e não vê, mas Jesus, o Espírito Santo de nada se oculta e tudo conhece. Tal pessoa nada disso quer deixar, nem abandonar tais posses ou tal relacionamento por amor a Jesus.
Ao transcorrer do diálogo algo se evidenciou: tristeza, pesar. Por quê? “Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades. 23 Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas”!
Duas ou mais interpretações podem caber aqui:
a)- Este jovem – como a maioria dos seres humanos -, não estava disposto a renunciar sua riqueza material para seguir a Jesus. Colocar Jesus em peimeiro lugar acima de suas posses pessoais. O dinheiro não é mal do século, nem o maior problema da humanidade. O dinheiro é parte das soluções. Sem dinheiro, muitas coisas tornam-se difíceis. Inclusive pregar o evangelho via TV. Os donos das emissoras querem receber dinheiro, fé não entra em sua conta bancária. No entanto o amor ao dinheiro é o problema central. O povo deve ser esclarecido: é bom ter dinheiro. Danoso, prejudicial, desastroso é ter amor e apego ao dinheiro.
b)- Caberia outra interpretação: a realidade de que muitos homens sejam jovens ou velhos não estão dispostos a deixarem seus apegos particulares para dedicarem-se a Jesus com exclusividade. Vejamos por mero exemplo um maçon: dificilmente tal homem deixaria os “privilégios” de pertencer a uma sociedade “ultra secreta” para viver às custas da fé exclusiva no poder do Jesus e jamais depender dos poderes secretos advindos desta sociedade – secreta aos olhos do mundo - , não dos olhos do Espírito Santo. Secreta para as mulheres - já que mulher não pode ser maçon -, mulheres são discriminadas ao serem proibidas em participarem desta sociedade. E discriminação é crime. Ninguém fala sobre isto. Parece que também é proibido pensar.
Homens querem continuar a pertencer à sociedade que dá apoio internacional e esporadicamente falam sobre alguma interferência extraordinária sem muitas explicações a qual atribuem a Jesus para não perder a aparência de Evangelho de Jesus. Algo assim: Fomos a um país fechado ao evangelho e milagrosamente alguém nos abriu as portas. Alguém cujo nome nunca pode ser revelado, alguém, nunca o próprio Jesus. Tais pessoas não conseguem confiar só em Jesus para providenciar solução às suas necessidades, ou às necessidades da causa do Mestre. Quando a Bíblia deixa claro que Deus supre todas as nossas necessidades, quanto mais as necessidades relacionadas ao seu reino.
Outros não estão dispostos a declararem o imposto de renda verdadeiro, preferem usar o caixa dois. Jesus, não faria tal coisa. Como afirma o titulo de um livro muito antigo, porém real: “Em seus passo o que faria Jesus? Ele declararia o seu imposto de renda ou se coaduna com algum estes “jeitinhos” que sequer podem ser chamados de “brasileiros”, seriem melhor se chamados de “jeitinhos diabólicos”.
Jesus, numa rápida contemplação ao jovem, tirou-lhe como que um Raio X do coração daquele moço que partiu pesaroso, por possuir coisas em seu coração as quais não pretendia renunciar por amor a Jesus. Queria herdar a vida eterna sem renuncias pessoais. Como muitos no mundo da pós modernidade.
Querem os benefícios do evangelho, menos as renuncias e o tomar a cruz para seguir a Jesus. Seguir o Cristo das bênçãos, dos milagres, da cura, da prosperidade financeira. Menos o Cristo da renúncia, menos refletir sobre o quê está lhe faltando para ser um seguidor de Jesus de verdade e de perto, não apenas um seguidor de longe.
Se eu e você procurássemos a Jesus hoje. Como faríamos?
De joelhos por fora, mas de pé por dentro numa forma arrogante de quem se acha mais sábio que Jesus?
Dando um “jeitinho diabólico” com nome de brasileiro, para resolver no nosso Jeito?
Falta-lhe uma coisa: de o primeiro lugar para Jesus!