A Igreja na era do conhecimento
O homem pós-moderno tem acesso a um volume enorme de informações tecnológicas, científicas e religiosas, principalmente com o advento da Internet, tornando-se um viciado em notícias. Essa necessidade de atualização, num mundo onde que detem informação detem poder, gerou um homem apático e sem interesse pelas tradições ou por qualquer valor antigo. Estar em dia com o mundo pode ser mais importante do que os livros de história, ou mesmo um passado bem recente, pois eles parecem sem utilidade, ou muito distantes de sua nova realidade.
É difícil para o pastor manter a visão da sua igreja à fiel doutrina dos apóstolos, pois a procura acelerada por novidades gerar sobre ele grande pressão, forjando cristãos sem profundidade e viciados em um conhecimento sensorial.
Trabalhar somente com a religião, como é o caso do pastor, tornou-se algo difícil neste mundo pós-moderno. Certa antipatia faz parte de toda uma visão pós-moderna. Por isso os pastores muitas vezes sentem-se inferiorizados, não realizados, ou insatisfeitos em seus chamados ministeriais. Alguns pastores desenvolvem “esquemas” que lhes darão, mesmo que enganosamente, um sentimento de controle e importância.
A situação é tão séria e está mexendo tanto com a cabeça dos líderes eclesiásticos, que a espiritualidade e o relacionamento com Deus estão sendo substituídos por uma busca exacerbada de profissionalização. Vemos o profeta saindo de cena e entrando a figura do “executivo”, onde suas “mega-igrejas” são mais semelhantes a empresas prestadoras de serviços, nem de longe lembrando a Igreja Apostólica, a Assembléia do Santos. Estes pastores têm sido seduzidos pelo mundo e suas riquezas, se levantando altivos e orgulhosos, para sua fama transitória, dando logo lugar a outro que ofereça novidades mais atrativas.
Muitos pastores buscam nos títulos sua afirmação ministerial. Isso pode ser desastroso. A valorização ministerial não pode depender do desempenho, e sim de um relacionamento com o Pai. Jesus era acessível a todos e Ele mesmo buscava o pecador. Ele tinha compaixão, por isso ia de encontro com o necessitado. Jesus não se preocupava em provar-se através de ações espetaculares, mas em agradar o Pai. A paixão que movia o ministério de Jesus era a glória de Deus, não a dos homens. O Senhor Jesus não quer somente quantidade, mas fidelidade daqueles que são seus.