Gosto muito dos filmes de faroeste. Acho que é porque na minha infância e adolescência eram os únicos que minha condição econômica permitiam assistir. Todos os fins de semana eu ia ao cinema ver velhos bang-bangs com John Wayne, James Stewart, Kirk Douglas e outros astros do gênero. Meu preferido era o clássico de George Stevens “Os Brutos Também Amam”, estrelado por Alan Ladd. Vi esse filme dezenas de vezes no cinema e continuo vendo sempre que passa na TV. A história do filme gira em torno do conflito entre grandes e pequenos fazendeiros, em fins do século XIX, nos Estados Unidos. Coisa que está acontecendo justamente agora no interior do Brasil, onde pecuaristas e supostos sem-terras se matam uns aos outros sem que o governo mexa uma única palha para acabar com essa guerra.
O filme foca também o uso de armas de fogo na resolução dos conflitos sociais. Tema recorrente no Brasil de hoje, onde o atual governo prega a ideia de armar o povo para que este possa defender a si mesmo da criminalidade impune que tomou conta das nossas cidades.
Depois de tentar viver pacificamente, o herói do filme, um hábil pistoleiro, decide recorrer às armas para enfrentaros fazendeiros maus que viviam infernizando a vida dos pobres colonos que só queriam sobreviver em seus sitiozinhos. Esses sitiantes, diga-se,eram diferentes dos nossos sem-terra, que recebem terras do INCRA, financiamento do governo e não plantam uma única semente. Depois vendem as glebas, até mesmo sem saber onde elas ficam.
No filme, o mocinho, que tinha resolvido abandonar as armas, ao ver que as pessoas que ele amava poderiam ser mortas, volta a usá-las. A mocinha tenta impedi-lo, mas ele insiste. Ela achava que seria melhor se não houvesse armas no vale, inclusive as dele, com isso querendo dizer que problemas resolvidos na base da violência deixam fraturas que nunca se curam. Mas ele não a escuta, e depois de liquidar os pecuaristas malvados, vai embora, deixando uma criança em prantos (o filho dela), em um dos mais emocionantes finais produzidos por Hollywood. “Diga á sua mãe que tudo está bem agora. E não há mais armas no vale.”, diz ele ao garoto, antes de desaparecer no crepúsculo.
Lembro-me desse filme sempre que ouço o Bolsonaro dizer que “povo armado jamais será escravizado”. Parece que o nosso Presidente quer ver o Velho Oeste implantado aqui e que nossos problemas sejam resolvidos à bala. Pensa que o passado trazido para o presente pode garantir o nosso futuro e com isso transfere para o povo uma responsabilidade que cabe ao Estado.
Talvez os brutos também amem. Isso pode ser até romântico. Mas eu prefiro deixar essa época no passado e vivê-la só nos filmes de Hollywood. Nas telas é legal ver tudo isso. Nas nossas ruas não. Concordo com a mocinha dos “Brutos Também Amam”. Também acho bem melhor que não haja nenhuma arma no nosso vale.
O filme foca também o uso de armas de fogo na resolução dos conflitos sociais. Tema recorrente no Brasil de hoje, onde o atual governo prega a ideia de armar o povo para que este possa defender a si mesmo da criminalidade impune que tomou conta das nossas cidades.
Depois de tentar viver pacificamente, o herói do filme, um hábil pistoleiro, decide recorrer às armas para enfrentaros fazendeiros maus que viviam infernizando a vida dos pobres colonos que só queriam sobreviver em seus sitiozinhos. Esses sitiantes, diga-se,eram diferentes dos nossos sem-terra, que recebem terras do INCRA, financiamento do governo e não plantam uma única semente. Depois vendem as glebas, até mesmo sem saber onde elas ficam.
No filme, o mocinho, que tinha resolvido abandonar as armas, ao ver que as pessoas que ele amava poderiam ser mortas, volta a usá-las. A mocinha tenta impedi-lo, mas ele insiste. Ela achava que seria melhor se não houvesse armas no vale, inclusive as dele, com isso querendo dizer que problemas resolvidos na base da violência deixam fraturas que nunca se curam. Mas ele não a escuta, e depois de liquidar os pecuaristas malvados, vai embora, deixando uma criança em prantos (o filho dela), em um dos mais emocionantes finais produzidos por Hollywood. “Diga á sua mãe que tudo está bem agora. E não há mais armas no vale.”, diz ele ao garoto, antes de desaparecer no crepúsculo.
Lembro-me desse filme sempre que ouço o Bolsonaro dizer que “povo armado jamais será escravizado”. Parece que o nosso Presidente quer ver o Velho Oeste implantado aqui e que nossos problemas sejam resolvidos à bala. Pensa que o passado trazido para o presente pode garantir o nosso futuro e com isso transfere para o povo uma responsabilidade que cabe ao Estado.
Talvez os brutos também amem. Isso pode ser até romântico. Mas eu prefiro deixar essa época no passado e vivê-la só nos filmes de Hollywood. Nas telas é legal ver tudo isso. Nas nossas ruas não. Concordo com a mocinha dos “Brutos Também Amam”. Também acho bem melhor que não haja nenhuma arma no nosso vale.