O PERIGO DA GENERALIZAÇÃO
A generalização é um filtro linguístico que o nosso cérebro usa para arquivar experiências, que grosso modo, parecem ser semelhantes. Através dele nós tomamos a parte pelo todo, e não raras vezes, o conteúdo pela forma. A partir do resultado de uma experiência em particular, nossa mente assume que toda experiência semelhante poderá apresentar o mesmo resultado. E com base nessa conclusão ela classifica a informação recebida num grupo já conhecido e emite a resposta que aprendeu a dar nesses casos. A generalização é útil como forma de aprendizado. Se colocarmos a mão no fogo e conseguirmos como resultado uma dolorida queimadura, saberemos que algo semelhante ocorrerá toda vez que essa experiência se repetir. Nesse caso, generalizar nos ajuda a evitar respostas equivocadas e prejudiciais à nossa saúde.
Todavia, é preciso levar em conta que nem todos os objetos que emitem calor provocam queimaduras. Assim, classificar toda informação que apresenta semelhanças numa gaveta de generalidades pode contribuir para instalar em nosso cérebro um “programa” de ação limitante que diminui a nossa capacidade de resposta a esse tipo de estímulo.
Todas as generalizações são verdadeiras para quem as faz e podem ser falsas para alguém mais, porque as crenças e os valores das pessoas são diferentes. Depois, o contexto e as condições em que a experiência ocorre também exercem um importante papel nesse processo.
O perigo da generalização está no estabelecimento de um padrão definitivo para orientar nossas respostas futuras. No tempo da ditadura militar, por exemplo, não era conveniente expressar sentimentos a respeito dos nossos governantes. Fazê-los podia representar a diferença entre prisão e liberdade e, à vezes, até entre a vida e a morte. Tomar cuidado com as palavras, naqueles tempos, era uma boa regra. Hoje ela não tem mais utilidade. Na verdade, é até nociva, pois pode nos levar à uma perigosa indiferença para com os rumos que o país está tomando. Deixar a condução do país nas mãos de um ditador é a mais insana das opções políticas que um povo pode fazer. Como dizia Cicero, senador romano e grande orador dos tempos de Júlio César, a democracia mais corrupta é preferível à ditadura mais virtuosa. Mas parece que há muita gente que prefere essa opção.
Isso acontece porque classificamos nossas opções de desenvolvimento econômico nos títulos esquerda e direita, como se elas pudessem ser colocadas num escaninho onde um mero carimbo define o que é bom ou ruim para atingirmos esse resultado. Mas esquerda ou direita são apenas substantivações de um processo. Nenhum dos dois mapeia um caminho seguro para nos levar ao paraíso. E a verdadeira ignorância não está com quem não aprendeu a ler, mas sim com quem, na vida, só lê um único livro. A melhor definição de verdade ainda é aquela que diz que certo é o que dá bom resultado. O resto é mera opinião.
A generalização é um filtro linguístico que o nosso cérebro usa para arquivar experiências, que grosso modo, parecem ser semelhantes. Através dele nós tomamos a parte pelo todo, e não raras vezes, o conteúdo pela forma. A partir do resultado de uma experiência em particular, nossa mente assume que toda experiência semelhante poderá apresentar o mesmo resultado. E com base nessa conclusão ela classifica a informação recebida num grupo já conhecido e emite a resposta que aprendeu a dar nesses casos. A generalização é útil como forma de aprendizado. Se colocarmos a mão no fogo e conseguirmos como resultado uma dolorida queimadura, saberemos que algo semelhante ocorrerá toda vez que essa experiência se repetir. Nesse caso, generalizar nos ajuda a evitar respostas equivocadas e prejudiciais à nossa saúde.
Todavia, é preciso levar em conta que nem todos os objetos que emitem calor provocam queimaduras. Assim, classificar toda informação que apresenta semelhanças numa gaveta de generalidades pode contribuir para instalar em nosso cérebro um “programa” de ação limitante que diminui a nossa capacidade de resposta a esse tipo de estímulo.
Todas as generalizações são verdadeiras para quem as faz e podem ser falsas para alguém mais, porque as crenças e os valores das pessoas são diferentes. Depois, o contexto e as condições em que a experiência ocorre também exercem um importante papel nesse processo.
O perigo da generalização está no estabelecimento de um padrão definitivo para orientar nossas respostas futuras. No tempo da ditadura militar, por exemplo, não era conveniente expressar sentimentos a respeito dos nossos governantes. Fazê-los podia representar a diferença entre prisão e liberdade e, à vezes, até entre a vida e a morte. Tomar cuidado com as palavras, naqueles tempos, era uma boa regra. Hoje ela não tem mais utilidade. Na verdade, é até nociva, pois pode nos levar à uma perigosa indiferença para com os rumos que o país está tomando. Deixar a condução do país nas mãos de um ditador é a mais insana das opções políticas que um povo pode fazer. Como dizia Cicero, senador romano e grande orador dos tempos de Júlio César, a democracia mais corrupta é preferível à ditadura mais virtuosa. Mas parece que há muita gente que prefere essa opção.
Isso acontece porque classificamos nossas opções de desenvolvimento econômico nos títulos esquerda e direita, como se elas pudessem ser colocadas num escaninho onde um mero carimbo define o que é bom ou ruim para atingirmos esse resultado. Mas esquerda ou direita são apenas substantivações de um processo. Nenhum dos dois mapeia um caminho seguro para nos levar ao paraíso. E a verdadeira ignorância não está com quem não aprendeu a ler, mas sim com quem, na vida, só lê um único livro. A melhor definição de verdade ainda é aquela que diz que certo é o que dá bom resultado. O resto é mera opinião.