No Voto, a Última e Única Chance

INTRODUÇÃO

Para reduzir a impunidade do núcleo político com Foro Privilegiado, a proposta de ação, posteriormente apresentada, tem os argumentos e justificativa nos três artigos anteriores: “Impeachment da Presidente Dilma”; “Corrupção Sistêmica Brasil”; e “Eleição para Senador 2018 por Minas Gerais”.

A motivação dessa proposta foi à percepção de que o privilégio com a instituição do Foro Privilegiado, associado à estrutura inadequada do STF – Supremo Tribunal Federal, como corte criminal, bem como às características procrastinatórias e de lentidão do processo judiciário brasileiro resultam na impunidade do núcleo político, grande partícipe e responsável pela corrupção sistêmica Brasil.

Além disso, no artigo “Corrupção Sistêmica Brasil” constatou-se que, das estimativas apresentadas pelos meios de comunicação, os níveis expressivos de desvios nos ralos da corrupção atingiram, na média das estimativas, volumes em torno de 130 bilhões/ano.

AUSÊNCIA DE PERSPECTIVAS

O percentual de políticos sabidamente envolvidos é expressivo, enquanto os recursos devolvidos aos cofres públicos por ação do STF são insignificantes, em relação ao assaltado.

Esperar ações dos parlamentares para endurecer a legislação, visando dificultar e reduzir a impunidade do núcleo político, ou seja, da própria corporação, seria gesto exageradamente otimista, no limite do passional, sem qualquer racionalidade.

Outra possível saída, seriam imensas e gigantescas mobilizações, semelhantes às da torcida rubro-negra na celebração da conquista da Libertadores da América 2019. Mas, isso somente acontece, no caso de mobilização cidadã, com grande apelo da mídia e sob interesse político partidário.

CONSIDERAÇÕES

Se não são, praticamente, as conclusões dos artigos anteriores, estão intimamente relacionadas às mesmas.

A condução do julgamento do “impeachment” da, então, presidente Dilma e a proclamação de resultado do mesmo, apesar de realizadas, como previstas na legislação, além de separarem a perda de mandato de direitos políticos, numa acrobacia jurídica, fizeram vistas grossas aos limites constitucionais e, de forma inconstitucional, garantiu a continuidade dos direitos políticos da presidente, julgada culpada de crime de responsabilidade.

A corrupção sistêmica Brasil alcançou níveis tão elevados e se tornou tão violenta, que precisa de ação permanente para sua redução.

Dos núcleos identificados como realizadores dessa aterrorizante corrupção sistêmica Brasil, o praticamente inalcançado pela aplicação da lei é o núcleo político com Foro Privilegiado, ou seja, no exercício de mandato.

Das siglas partidárias, as três mais atuantes na corrupção sistêmica Brasil, são: MDB; PT; e PP, às quais, estima-se que, aproximadamente, 80% dos volumes desviados, 56 bilhões de reais/ano, têm sua participação.

EXEMPLO AO ELEITORADO BRASILEIRO

A eleição para duas vagas para representar o estado de Minas Gerais no Senado em 2018 apresentava como líder nas pesquisas Dilma Roussef, durante todo período anterior à eleição.

Entretanto, devido intensa mobilização espontânea do eleitorado mineiro, motivado por: impedir o exercício da atividade política daquela que desempenhara mal seu mandato de presidente da república; desejo de fazer justiça, corrigindo o desvio em seu julgamento de “impeachment”, livrando-a da perda por oito anos dos direitos políticos, transformou liderança nas pesquisas de intenção de voto em impedimento, pelo voto, para representar Minas Gerais no Senado.

Dos quatro únicos candidatos com votos acima de 10%, o terceiro foi Diniz Pinheiro com 18,42% e em último, Dilma Roussef com 15,35%. Os dois mais votados foram os eleitos para representar Minas Gerias no Senado.

ARGUMENTAÇÃO CONTRÁRIA

Durante a elaboração deste artigo, cujo objeto é propor o voto como a única forma que nos restou, entre outros, ao combate á corrupção, no que diz respeito ao núcleo político com Foro Privilegiado, entendemos que existem muitos outros partidos envolvidos.

Basta dizer que uma das mídias pesquisadas citava partido nanico com um único parlamentar exercendo mandato e envolvido em corrupção. Ou seja, cem por cento de seu quadro no parlamento brasileiro envolvido em corrupção, quanto o total de parlamentares envolvidos, segundo o mesmo “Congresso em Foco”, era em torno de trinta e sete por cento.

O entendimento é que para ter algum político envolvido nessa hedionda prática, basta uma condição: ter sido ou participado do governo e ter recebido um “lote” da administração direta, indireta ou com influência fortíssima para escolha de seus gestores, como os casos dos Fundos de Pensão.

Assim, aparecem praticamente todas as siglas que asseguraram a tal governabilidade desse presidencialismo de cooptação. Entretanto, as responsáveis pelo grosso dos desvios foram aquelas que tiveram maior número de “lotes” e no poder por mais tempo, o que teve reflexo nas estimativas de responsabilidade por aproximadamente 80% dos desvios.

NO VOTO A ÚLTIMA E ÚNICA CHANCE

É nosso entendimento que, dos núcleos envolvidos na corrupção sistêmica Brasil, somente para o núcleo político com Foro Privilegiado, não existem quaisquer perspectivas de a justiça ter êxito.

Dessa forma, no voto temos a última E única chance de, seguindo o exemplo do eleitorado mineiro, não votar nos partidos mais envolvidos e responsáveis pela corrupção sistêmica Brasil: MDB; PT; e PP.

Evidentemente, que para as próximas eleições municipais, devemos além de levar em consideração esse cenário de âmbito nacional, levar em consideração a situação de cada município.

Aliás, o eleitor mineiro foi exemplar nesse sentido, pois para o caso de Minas Gerais, além das siglas do cenário nacional, existia o PSDB no cenário estadual. Foi eleito para governador de Minas o candidato do Partido Novo.

CONCLUSÃO

Se reduzirmos à expressão mais simples e levando-se em consideração que Congresso e Executivo repetem o mesmo desempenho pífio, nos mantendo nessa condição de subdesenvolvido, revelada pelos indicadores de desenvolvimento humano, social e econômico, temos: se votarmos nos mesmos (a não ser em casos pontuais exceção dessa mesmice) estamos fazendo aquilo que nosso sistema judiciário faz com os de Foro Privilegiado, implantando espécie de Impunidade à Gestão Ineficaz.

Nas próximas eleições municipais rejeite as siglas MDB; PT; PP e as envolvidas em corrupção no seu estado e, ou município, caso esteja o combate á corrupção na sua lista de prioridades.

Aja de mesma forma para com relação aos fatores que julgue mais importantes. Por exemplo, se considerar como mais importante a defesa do meio ambiente, rejeite as siglas que dão governabilidade a governos que minimizam o problema e que conseguem como resultados maior degradação do meio ambiente.

Se tiver como entendimento que liberar as armas para a população irá aumentar a violência e o número de vítimas, rejeite as legendas que constituem a bancada da bala.

Se valorizar a democracia então rejeite as legendas que apoiem governos que demonstrem, por atos e comportamentos, admiração a, ou saudosismos de regimes e governos autoritários.

Somente reeleja seu prefeito se fez, no mínimo, governo de manutenção da situação recebida: conservou, ou melhorou os serviços públicos – educação, saúde, transporte; melhorou ou conservou fornecimento de água, tratamento de lixo; esgotos; conservou ou melhorou a situação financeira ...

Não esqueça prefeitos, vereadores são servidores do público. Faça como os empresários bem sucedidos, escolha seus empregados com base em “curriculum profissional” e em “histórico social”.

Utilize seu voto como instrumento de desenvolvimento humano, social, político ou econômico de sua cidade e como a última e única chance para reduzir a impunidade á corrupção e à gestão ineficaz.

ENDEREÇOS RELACIONADOS

O “IMPEACHMENT” DA PRESIDENTE DILMA

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/7088001

CORRUPÇÃO SISTÊMICA BRASIL

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/7091674

ELEIÇÃO DE 2018 PARA SENADOR POR MINAS GERAIS

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/7097299

J Coelho
Enviado por J Coelho em 03/11/2020
Reeditado em 03/11/2020
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