O bolsonarista no altar do anti-bolsonarismo

Muitas pessoas que, em 2018, após anunciarem voto no Jair Messias Bolsonaro, perderam as amizades de anti-Bolsonaros, e por iniciativa destes, vivem, desde então, num mundo fantasioso, certas de que um dia irão recuperar tais amizades perdidas. Tais bolsonaristas ainda não entenderam que nenhuma amizade perderam. Fechadas as urnas, e eleito Jair Messias Bolsonaro presidente do Brasil, acreditaram os bolsonaristas que, esfriando-se os ânimos, recuperariam as amizades perdidas – e não foi isso o que aconteceu. Jair Messias Bolsonaro assume a presidência, e os ânimos seguem exaltados. E os anti-bolsonaristas que tinham rompido a amizade com os bolsonaristas nenhum passo deram para renovar as amizades rompidas. É compreensível. E desde então seguiram-se muitos episódios que ilustram uma realidade, que ensina a quem quer aprender, que jamais haverá a renovação de tais amizades perdidas, que estão perdidas para sempre: A ministra Damares fala em menino veste azul, menina veste rosa, e os anti-bolsonaristas disparam ofensas contra a ministra, o Bolsonaro e os bolsonaristas: são todos fanáticos, incivis, preconceituosos, donos de mentalidade religiosa radical da idade média, da idade das trevas; e o ministro da educação, Weintraub fala em contingenciar verbas, e os anti-bolsonaristas dizem que ele quer cortar verbas das faculdades de humanas, e o ofendem, e ofendem Bolsonaro e os bolsonaristas: são todos pessoas autoritárias, ditatórias, que querem que todo mundo viva nas trevas; e dá-se as queimadas na Amazônia, e os anti-bolsonaristas declaram, de viva voz e em cores, que o Bolsonaro provocou a extinção das girafas da Amazônia, e insultam os bolsonaristas. E chegamos ao ano 2020, e torturam-nos os meios de comunicação ao vaticinar milhões de mortos pelo vírus chinês. E dá-se a demissão do Mandetta, e a do Moro. E no capítulo da pandemia – um pandemônio, na verdade, provocado por governadores, prefeitos, e pela OMS -, que já dura dois meses, os anti-bolsonaristas apontam as palavras do Bolsonaro e as dos bolsonaristas como de cunho fascista e nazista, palavras de pessoas irresponsáveis que só pensam no emprego e não na vida, de pessoas que querem espalhar o vírus chinês e matar milhões de pessoas. Durante todo o período que começa com o rompimento das amizades os anti-bolsonaristas não revelaram nenhuma boa-vontade, nenhum desejo de renovar as amizades perdidas. Mas há bolsonaristas que, inocentes e ingênuos, acreditam que um dia as terão de volta. Não as terão jamais. As amizades não mais existem, não mais existirão, e, digo mais, nunca existiram. Os bolsonaristas que vivem tal ilusão têm de entender que para os anti-bolsonaristas amizade quer dizer submissão total, completa, irrestrita aos anti-bolsonaristas; se os bolsonaristas não se submetem aos anti-bolsonaristas, estes sempre os verão como inimigos a serem eliminados. Os bolsonaristas carentes de afeto que procurem os anti-bolsonaristas, façam-lhes juras de amor, humilhem-se, curvados, diante deles, beijem-lhes os pés, e se lhes entreguem de corpo e alma, e saibam que, neste dia, deixarão de ser seres humanos para se tornarem vermes.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 01/06/2020
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