Coragem!
Moral forte perante o perigo e os riscos; bravura, intrepidez, firmeza de espírito para enfrentar situação emocional ou moralmente difícil. Coragem, abrange vários valores que qualquer governante deveria possuir, no entanto não vejo ninguém com essa qualidade. Pelo contrário, o que vejo é covardia.
A política do “Fique em casa” é medrosa e cômoda. Por não considerar nossas idiossincrasias, e não haver nenhum estudo, a medida mais fácil é trancar todos em casa. Doria e o menino prodígio, o prefeito de São Paulo, por medo de arriscar, estão errando em todas as tentativas.
Recentemente, o prefeito recebeu o espírito do Papa Gregório XIII e reformou nosso calendário. Conclusão: quando não se sabe para onde ir, qualquer caminho serve. João Doria, o “Exterminador dos Futuros”, chegou ao paroxismo da covardia ao anunciar, desesperado, voz embargada, em entrevista coletiva, se referindo ao estrago causado pelo novo coronavírus: “A situação é desoladora”. Com os sucessivos fracassos, restou a velha tática: estão terceirizando para o povo o insucesso da quarentena.
Arthur Virgílio Neto, prefeito de Manaus, sem vergonha de demonstrar sua covardia -e, talvez, até achando isso um valor, se orgulhando disso- pediu socorro a Greta Thunberg. Até a garota, do alto de seus 17 anos, deve ter constatado que o prefeito foi longe demais em sua anomia.
Winston Churchill, primeiro-ministro do Reino Unido, durante a Segunda Guerra Mundial, levantou o moral do povo com seus discursos históricos. De personalidade forte, destemido e, também, controverso, Churchill conduziu os britânicos, junto aos aliados, à vitória da Segunda Guerra Mundial.
Ronald Reagan, que prezava a coragem e a liberdade, acharia muito estranho estes tempos onde estão em falta ambos. Foi na queda de braço que o presidente norte-americano levou a União Soviética à bancarrota.
A primeira-ministra britânica Margaret Thatcher ficou conhecida como “Dama de Ferro”. Este cognome já a descreve. Ela foi o que se chamaria de “empoderada”, mesmo não rezando a cartilha de quem gosta desse termo.
Copa do Mundo de 2014, Brasil contra Chile. Assim que soube que a partida seria decidida por pênaltis Thiago Silva (capitão da equipe) sentou-se na bola, abaixou a cabeça e chorou. Não creio que o zagueiro seja medroso. Jogos difíceis, em estádios lotados, ele deve ter encarado desde criança. Ele deve ter agido assim porque a covardia, o medo ou a pusilanimidade é, hoje, um valor. Hoje, não há vergonha em ser covarde, pelo contrário. Por isso, Thiago Silva fez o que fez para todo mundo ver, fotografar e filmar.
No filme A Vida é Bela, Guido (pai) e Giosué (filho), judeus, são mandados para um campo de concentração, durante a Guerra. Enredo: o pai finge, o tempo todo, tudo aquilo tratar-se de uma brincadeira. Para isso, ele teve que enfrentar seu próprio medo.
Quantas vezes, quando eu era era muito novo, meus pais devem ter me “blindado” da real situação. Eu estou falando da hiperinflação dos anos 80, não devia ser fácil.
Os coletivos são o subterfúgio para fugir da responsabilidade, misturando-se à multidão. A coragem é individual (pessoal e intransferível), não dá para se esconder atrás de grupos organizados, ou coletivos, como feminismo (e outros “ismos”), partidos, ongs etc.
Sem tutela do Estado, sem welfare State (Estado de bem-estar social), presidente “pai ou mãe”. Sem o, suposto, status do coitadismo do oprimido. Diz a História, ou lenda: os vikings, quando chegavam para pilhar ou conquistar uma ilha, queimavam seus próprios barcos, para aumentar a bravura, já que não havia a opção do retorno. Este exemplo, que mais parece uma série da Netflix, retrata o destemor (coisa de filme).
“Entre a desonra e a guerra, escolheram a desonra e terão a guerra”
Winston Churchill
“Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado”
Ruy Barbosa