Diabos e santos na dança das cadeiras
Antes de começar é bom alertar que, como sempre disse, para mim, nenhum político presta.
Assim, não sei por que se faz tanta balburdia em torno das entradas e saídas de ministros no governo atual. Digo da minha estranheza, porque em todos os tempos e países sempre houveram trocas sucessivas de auxiliares de governo, que é coisa corriqueira na política.
No Brasil, a dança das cadeiras de ministros é endêmica e, independente dos partidos que estejam no poder, ninguém nunca se preocupou com isso.
O curioso é que, atualmente, para a oposição, quando um cidadão assume um ministério, ele é um diabo com chifres, rabo, tridente e tudo mais, mas assim que sai, "milagrosamente" se torna um santo, capaz de até ser elogiado pelos adversários.
Quando o Moro assumiu o ministério ele era, para a oposição, um juizeco de merda, que botou o Lula na cadeia para beneficiar o então candidato Bolsonaro, mas quando ele saiu se tornou um santo homem que descobriu as falcatruas do governo. O mesmo aconteceu com o Sr. Teich que quando assumiu o ministério foi taxado pelo Lula e outros, como um incompetente que não sabia nem aplicar uma injeção. Mas foi só ele deixar o governo e imediatamente, se tornou, para a esquerda, um herói nacional.
Dá, para se dormir com um barulho desse?