O ERRO DE REGINA: Sobre a gestão da Cultura no governo Bolsonaro
O discurso de Regina Duarte, focado em "aproximação" e "pacificação", lembra a estratégia que, sobretudo a partir do governo Geisel, foi usada pelo Regime Militar para lidar com os comunistas, e que consistia basicamente em oferecer-lhes "válvulas de escape" no campo da cultura. Tal estratégia havia sido aconselhada aos militares brasileiros pelo cientista político norte-americano Samuel P. Huntington, e ficou conhecida como "panela de pressão". Em suma, pensava-se que deixar os comunistas ocuparem espaços na área cultural iria, de alguma forma, apaziguar-lhes os ânimos, evitando assim que continuassem tentando tomar o poder (o que, até então, tentavam fazer à força, por meio da luta armada).
Qual foi o resultado? A Esquerda conquistou, justamente naquela época - em pleno Regime Militar! -, a total hegemonia no campo da cultura, passando a dominar por completo os ambientes acadêmicos, artísticos e midiáticos do país. Como se sabe, quem domina culturalmente uma sociedade está a um passo de dominá-la politicamente - e foi exatamente o que aconteceu no nosso caso: logo após o fim do período militar, a Esquerda conquistou a hegemonia também no campo da política, onde manteve-se hegemônica e dominante por longas três décadas. Até que apareceu um certo Capitão, apelidado de Mito, para - contra todas as probabilidades - estragar a festa esquerdista...
Tudo isso para a Dona Regina Duarte, ao assumir a Pasta da Cultura no ano de 2020, vir novamente falar em "aproximação" e "pacificação" com os esquerdistas.
Quais são as chances de essa estratégia dar certo? Eu conto ou vocês contam?