“CURA GAY” NO CONGRESSO:SERIA O NOVO FESTIVAL DE BESTEIRAS?
 
Entendo que a antiga Câmara Federal, ao tempo dos ex- Dilma e Temer  era um escândalo a céu aberto, um escárnio. E, cá entre nós, admite-se, a priori  até que houve agora um avanço quando o povo elegeu –nas ultimas eleições- uma Câmara  com novos dos seus ilustres representantes. O que virá dessa leva nada se sabe ainda...por enquanto.
Entretanto, logo na abertura dos trabalhos, um deputado Pastor Sargento Isidoro, de um partido desconhecido pelo grande público, ou seja o AVANTE, do Estado da Bahia, foi o primeiro parlamentar a protocolar um projeto de lei que tornaria a “Bíblia sagrada como patrimônio nacional, cultural e imaterial do Brasil”.
Disse enfaticamente que: “a palavra de Deus  ajudou-me a deixar de ser homossexual e que como ex-gay passo dizer que sou curado”...
Não entrando no mérito de o ex-sargento de ter sido “gay” sua obra prima de apresentar um estranho projeto, espanta os eruditos do Direito, ou minimamente os mais sensatos,eis que o Estado nacional brasileiro é genuinamente laico e tal projeto não vai além da Comissão de Justiça.Com certeza. Embora no prefácio ou seja, na introdução a Constituição Federal de 1988 há menção a Deus, porém de forma genérica sem comprometimento com os escaninhos das religiões e quejandos. Foram inúmeros os pronunciamentos em favor e contra essa iniciativa.
Forçoso é lembrar que na época da promulgação da Constituição de 1988 já se discutia em plenário se caberia a palavra DEUS como introito no prefácio e naquela época o “incidente” preambular promoveu grandes debates. Eis que, cada parlamentar na época apresentava suas razões e tendências religiosas para constar ou não a palavra sagrada. Isso tudo informo a título de ilustração.
DEUS prevaleceu, na Constituição, em preambular, eis que o Grande Arquiteto do Universo não é interpretado só por uma única corrente religiosa e sim TODAS.O sargento deputado é fanaticamente um divulgador da Bíblia e nada mais.
Bom que se diga que o deputado evangélico vem da carreira da Polícia Militar do Estado da Bahia e não das Forças Armadas. De qualquer forma, sabe-se por intuição o grau de escolaridade desse ex gay e ora deputado soropolitano da vida que chegou até sargento, sabe-se lá como. Não sei pormenores como esse pastor “cabra da peste”, ex-gay “curado” chegou a Brasília, via Bahia. Infere-se que na Bahia há mais evangélicos que gays “curados”, pela ascensão do nobre deputado.
Ao que se deduz não haveria necessidade de apresentar tal projeto de lei –eis que a Bíblia já vem de mais de 2 mil anos e sempre foi um caminho para seguidores de amplo espectro, sendo o livro que mais vendagem na praça. Sem contudo, e, entretanto, ser ela o caminho real de muitos fiéis da ordem católica, evangélica, cristão e quejandos. Mera ficção.
Por outro lado, a nação brasileira adota tantas crenças de origem asiática, do Oriente Médio e mesmo da África (sincretismo afro) que nada tem a  ver com a proposta do neófito parlamentar...eis já demonstra a que veio ao Congresso para pregar suas crenças quando o lugar exato seria minimamente  de um púlpito na Bahia, sabe lá se da Capital e ou do agreste sertão.
Esse projeto –entenda-se-smj já fez água e não vai adiante, pelo que o bom senso nos induz.
Mera catilinária evangélica e distante da realidade fática, onde a religião serve de pretexto para conseguir alguma projeção .
 Isto smj. Por outro uma sugestão, segundo a plebe ignara o encontro do FLA-FLU.
Preferia--dada a sugestão--  o matinal pão francês que de longa data seria imprescindível nas manhãs dos brasileiros como patrimônio cultural, isso se o também IPHAN aceitar, sandices, como essa tresloucada proposta. Minimamente.