A INTOLERÂNCIA DOS BRASILEIROS REVELADA NO #ELENÃO / #ELESIM
As eleições se aproximam e já sabemos em quem boa parte dos brasileiros irá votar. O que deveria ser a solução por causa da democracia se tornou um problema, pois muitos brasileiros descobriram, que seus amigos não irão votar em seu candidato. Isto causou certa estranheza em alguns, que não aceitaram e começaram as suas agressões nas redes sociais. O que revela, que eles não estão preocupados com a violência, o desemprego, a saúde, a educação e outros. Mas, em dizer #Elenão, #Elesim. Se há crise financeira, se a política está critica, ou se até mesmo há corrupção, nada disso PARECE interessá-los. Então, o que importa?
#Elenão, porque ele é feminista, machista, homofóbico, racista, xenófobo e não entende de economia.
#Elesim, porque é o único candidato que resumidamente tem tais propostas emergenciais em que se vê sinceridade e um histórico de honestidade e integridade.
Diante destas declarações percebemos que o povo brasileiro, não está preocupado com o plano de governo de seus candidatos. Mas com as bandeiras que foram levantadas em nosso País. O momento é delicado, porém eles possuem o poder na mão de dizer: #Elenão, porque ele não vai dar jeito a violência; #Elesim, porque ele tem um plano para a violência; #Elenão, porque ele não vai dar jeito no desemprego; #Elesim, porque ele vai dar jeito no desemprego; #Elenão, porque ele não vai dar jeito na saúde; #Elesim, porque ele tem um plano para a saúde... No entanto, parece que estão mais preocupados em se agredir, e não em passar informações sobre os candidatos que tanto defendem.
Há muito tempo viramos uma sociedade melindrada, cheia de toques, onde ninguém pode falar nada, tudo gera briga, processo e discussão nas redes sociais e nos tribunais. É verdade que muitos destes têm se utilizado das redes para falar o que não tem coragem de dizer olhando no olho do outro. Todavia, nem tudo o que falam nas redes é com o intuito de agredir – “Palavras não levam sentimento” – Pr. Neil Barreto. Entretanto, o povo parece estar vivendo em uma sociedade agressiva, cheia de mágoas, dores e rancores. Enquanto os Bairros, as Cidades, os Estados e o Brasil agonizam, sua população procura palavras para ofender o outro. Sem darem a mínima para o que está acontecendo, ofendem sem se preocupar com o que irão pensar.
Sempre que posso gosto de me lembrar deste fato: “Jesus certa vez se vira para os seus discípulos e pergunta: “Quem dizem os homens que eu sou?” (Mc 8,27-30). Ali o mestre nos dá exemplo de que Ele estava preocupado com o que as pessoas estavam falando dEle”. Ou seja, será que o povo brasileiro não deveria estar também preocupado com o que estão falando deles, é certo que todos causarão escândalos em alguns, mas no que pudermos evitar, deveríamos, não?
Quando olhamos para o Brasil, percebemos que o seu povo deveria estar fazendo o que os telejornais desistiram de fazer, ou seja, perguntar e estudar quais são os planos de governo, e o que os candidatos estão oferecendo para os próximos 04 anos. Tudo porque ninguém aguenta mais lidar com a violência de nossos Bairros, Cidades e Estados; com o desemprego; com a negligência na saúde; com os alunos agredindo nossos mestres; e com a corrupção de homens e mulheres descompromissados no senado e na câmara dos deputados.
Sinceramente, o povo deveria começar a querer entender o porquê, e em que momento eles começaram a se preocupar com a ideologia de gênero, com o feminismo, com o machismo, e com o racismo. Por que a imprensa deixou de lado os principais pontos que colocam este País pra frente para colocar estes assuntos em pauta? Onde nos perdemos? Não que estes assuntos não sejam importantes, mas eles são mesmos necessários em época de eleições?
Então, com isso percebemos que o povo foi induzido e conduzido a intolerância, pois as famílias sempre souberam lidar com as escolhas de seus filhos, e quando não, os mesmos aprendiam a lidar com os fatos sem perder seus pais, que para eles deveriam ser poupados. Hoje, não estão preocupados com eles, falam abruptamente dizendo: Eles têm que me aceitar do jeito que eu sou. Sim, é verdade, e alguns aceitaram, porque os amam, outros tiveram que digerir a novidade, e outros foram totalmente deserdados e escorraçados. Tudo dependia de como falavam, pois muitas vezes não é o que você fala, mas como você fala.
A agressividade e intolerância de hoje estão destruindo muitas famílias, e tem levado muitos brasileiros a viver isoladamente. Elas chegaram em todos os níveis da sociedade, por isso é preciso rever conceitos e valores. Pois, não adianta colocar bem grande - #Elenão, #Elesim -, quando não há mudança no interior do ser humano brasileiro.
Virou uma febre a reprodução de imagens e frases, que agridem, levando muitos a aderiram a uma briga desnecessária nas redes sociais. Não existe causa e nem propósito nesta batalha, o que existe é um povo agressivo, que se revoltou não contra as injustiças, mas contra o seu amigo, vizinho, e parente. No entanto, o povo precisa entender e saber que eles são melhores do que o produto que estão apresentando. O povo brasileiro deveria estar aproveitando o momento para crescer no âmbito da política, mas ele não consegue, pois lhe falta paz, diálogo, alegria, compromisso e exemplos.
O País que conta com um povo furioso, colocando toda a sua esperança em apenas um homem. Um País dividido, que discute entre si desfazendo amizades de anos, um nação agressiva e destemperada. Um povo que não sabe discutir ideias, e que está o tempo inteiro tentando impor seus pensamentos. Ou seja, precisamos urgentemente de uma metamorfose, mas - Quem deve mudar? O que deve ser transformado? Como realizar esta transmutação?
A intolerância demonstrada nas redes só revela que poucos estão preocupados com o Brasil, e que todos estamos preocupados conosco mesmo – “Comendo eu e meu cavalo alazão, pouco me importa que os outros morram”. Forte? Sim. Mas, “os nossos partidos jamais tiveram princípios bem pronunciados” - José de Alencar. E, neste momento tudo o que a nossa intolerância está fazendo é ajudando-os. A manifestação de nossos votos é válida, é bacana e deveria gerar discussões saudáveis que levasse um ou outro a reflexão, e quem sabe a mudança de um pensamento. Mas, quem disse que uma andorinha não faz verão se enganou. Pois, alguém um dia agrediu o outro por ter ido contra a sua escolha, ou opinião, a partir daí esquerdas, direitas e meio começaram a se agredir. Com isso, fecharam-se para o diálogo saudável, aonde encontrariam paz, não para as suas próprias ideias e pensamentos, mas para o Brasil.
Deus vos abençoe!
“Minhas Palavras, meu Púlpito”