Segundo pesquisa do Data Folha, Lula e Bolsonaro lideram as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2018. Claro que até lá o quadro pode mudar, mas o fato de serem justamente esses dois largando na frente, nos mostra o quanto é preocupante o quadro político brasileiro, que passa ano, entra ano, apresenta sempre o mesmo retrospecto.
De um lado temos um representante da esquerda jurássica, que já teve a sua chance de mostrar serviço e o que fez foi conduzir a nação à uma monumental crise econômica e política, que vai deixar marcas dolorosas no país, que dificilmente serão apagadas, pelos menos, nos próximos anos. E de quebra, é um sujeito investigado por corrupção e outros crimes, em alguns deles já condenado em primeira instância.
De outro lado temos o representante de uma direita retrógrada e chauvinista que ainda não se deu conta que estamos vivendo no terceiro milênio do calendário cristão e que o velho caudilhismo coronelista da república pecuarista do café com leite, que nos legou quase meio século de ditaduras (com Vargas e os militares) já está morto e sepultado.
Os que querem a volta do Lula e do PT no governo são os órfãos das “manhãs que cantam”, velho lema socialista que inspirou as grandes revoluções populares do início do século passado, realizadas por idealistas que sonhavam com um regime capaz de prover tudo para a felicidade geral da nação, mas que só produziu um bando de vagabundos que se acostumou a viver à custa do estado.
O segundo, ao inverso, representa o ideal de uma casta que ainda vê a melhor forma de governo centrada na autoridade truculenta e elitista de um grupo de “notáveis”, como se o estado fosse uma espécie de Confraria, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo.
Órfãos de Lenin ou viúvas de Pinochet, essas são as opções que, a primeira vista, parecem estar sendo oferecidas ao perplexo povo brasileiro, que mal conseguiu, ainda, levantar o nariz acima do mar de lama em que o conluio entre a esquerda jurássica e direita retrógrada o atirou.
Desde os tempos do império nós temos tentado imitar os americanos, construindo uma república semelhante à deles. E nessa labuta já elaboramos seis constituições republicanas, repetindo, em cada uma delas, sempre os mesmos vícios. O principal deles é acreditar que se pode construir uma nação fazendo leis ao invés de consolidar princípios. A nossa última Carta Magna é um claro exemplo dessa distorção. Foi promulgada originalmente com 245 artigos regulando praticamente tudo. E até 2016 já tinha 250 artigos, sofrendo nada menos do que 79 emendas. A Constituição Americana, uma só até agora, foi promulgada há 226 anos com sete artigos e em mais de dois séculos recebeu vinte e sete emendas.
Por outro lado, nenhum presidente americano até hoje, por mais competente e querido que tenha sido, jamais tentou voltar ao poder depois de cumprido os períodos para os quais foi eleito. Aqui, o culto à personalidade revela a pobreza de espírito de um povo que ancora a sua esperança em falsos “messias”, e com isso se mantém sempre refém de velhas soluções que já comprovaram a sua ineficiência. Com tudo isso, só resta mesmo concordar com Gabriel Garcia Marques e acreditar que o Brasil também parece uma Macondo (a fictícia comunidade de Cem Anos de Solidão), que entra ano, sai ano, patina na sua solidão e vive se alimentando da sua própria ignorância, como se fosse um cachorro correndo atrás do próprio rabo. Se Deus for mesmo brasileiro, com certeza, se isso acontecer, desta vez Ele vai imigrar.
De um lado temos um representante da esquerda jurássica, que já teve a sua chance de mostrar serviço e o que fez foi conduzir a nação à uma monumental crise econômica e política, que vai deixar marcas dolorosas no país, que dificilmente serão apagadas, pelos menos, nos próximos anos. E de quebra, é um sujeito investigado por corrupção e outros crimes, em alguns deles já condenado em primeira instância.
De outro lado temos o representante de uma direita retrógrada e chauvinista que ainda não se deu conta que estamos vivendo no terceiro milênio do calendário cristão e que o velho caudilhismo coronelista da república pecuarista do café com leite, que nos legou quase meio século de ditaduras (com Vargas e os militares) já está morto e sepultado.
Os que querem a volta do Lula e do PT no governo são os órfãos das “manhãs que cantam”, velho lema socialista que inspirou as grandes revoluções populares do início do século passado, realizadas por idealistas que sonhavam com um regime capaz de prover tudo para a felicidade geral da nação, mas que só produziu um bando de vagabundos que se acostumou a viver à custa do estado.
O segundo, ao inverso, representa o ideal de uma casta que ainda vê a melhor forma de governo centrada na autoridade truculenta e elitista de um grupo de “notáveis”, como se o estado fosse uma espécie de Confraria, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo.
Órfãos de Lenin ou viúvas de Pinochet, essas são as opções que, a primeira vista, parecem estar sendo oferecidas ao perplexo povo brasileiro, que mal conseguiu, ainda, levantar o nariz acima do mar de lama em que o conluio entre a esquerda jurássica e direita retrógrada o atirou.
Desde os tempos do império nós temos tentado imitar os americanos, construindo uma república semelhante à deles. E nessa labuta já elaboramos seis constituições republicanas, repetindo, em cada uma delas, sempre os mesmos vícios. O principal deles é acreditar que se pode construir uma nação fazendo leis ao invés de consolidar princípios. A nossa última Carta Magna é um claro exemplo dessa distorção. Foi promulgada originalmente com 245 artigos regulando praticamente tudo. E até 2016 já tinha 250 artigos, sofrendo nada menos do que 79 emendas. A Constituição Americana, uma só até agora, foi promulgada há 226 anos com sete artigos e em mais de dois séculos recebeu vinte e sete emendas.
Por outro lado, nenhum presidente americano até hoje, por mais competente e querido que tenha sido, jamais tentou voltar ao poder depois de cumprido os períodos para os quais foi eleito. Aqui, o culto à personalidade revela a pobreza de espírito de um povo que ancora a sua esperança em falsos “messias”, e com isso se mantém sempre refém de velhas soluções que já comprovaram a sua ineficiência. Com tudo isso, só resta mesmo concordar com Gabriel Garcia Marques e acreditar que o Brasil também parece uma Macondo (a fictícia comunidade de Cem Anos de Solidão), que entra ano, sai ano, patina na sua solidão e vive se alimentando da sua própria ignorância, como se fosse um cachorro correndo atrás do próprio rabo. Se Deus for mesmo brasileiro, com certeza, se isso acontecer, desta vez Ele vai imigrar.