Uma fala do general Antonio Hamilton Mourão está provocando urticárias nos meios políticos e não poucas preocupações nas hostes castrenses. O referido general aventou para a possibilidade de uma intervenção militar no país, caso o Judiciário não consiga resolver o “problema político” gerado pela corrupção endêmica e institucional que tomou conta da máquina pública.
Em 1964, quando ocorreu o golpe militar que instituiu a ditadura no país, os motivos eram outros. A oligarquia que governava o Brasil desde os tempos da Proclamação da República, temendo que o presidente Jango implantasse um governo esquerdista no Brasil apelaram para os quartéis. Os generais, que também eram oriundos de famílias oligárquicas não viram nenhum problema em colocar os tanques nas ruas e apear o governo constituído.
Mais de trinta anos se passaram e muitas coisas mudaram desde então. As esquerdas até já conseguiram ganhar eleições e governar o país durante treze anos (oito do Lula e cinco da Dilma). Os militares voltaram aos quartéis e, aparentemente, se concentraram em sua missão constitucional.
Mas, eis que mais uma vez, os nossos políticos, com a sua incompetência em administrar, e com a volúpia que eles têm para usar o poder em benefício próprio, voltam a dar motivo para que os militares comecem a pensar que eles podem ser os salvadores da pátria, como aconteceu em 1964.
Que não se pense que essa diatribe do general Mourão (esse nome deveria dizer alguma coisa aos nossos políticos de hoje) é uma manifestação solitária e intempestiva de um cidadão descontente e indignado ̶ como de resto está a maioria dos cidadãos brasileiros ̶ com o que está acontecendo. Na verdade, há um largo segmento da sociedade brasileira que está seriamente pensando que uma intervenção militar seria uma opção bastante aceitável, neste momento em que parece que os freios e contra-pesos postos pela Constituição em vigor parecem insuficientes para debelar a corrupção institucionalizada que está solapando a nossa economia e destruindo a moral social. Pois ela está presente nos três poderes da República, e hoje, nenhuma instituição, com poderes suficientes para tomar uma atitude saneadora, tem a confiança do povo. Por isso não são poucos os que estão á procura de um general.
Como disse o presidente Temer, as acusações que são feitas contra ele e sua equipe são coisas do realismo fantástico. Nesse sentido é bom lembrar que um dos ensinamentos da Cabala diz que as nações, como os indivíduos, estão sujeitos á lei do Carma. Quer dizer, todas, indistintamente, têm suas histórias determinadas pelas ações que praticam.
Talvez seja prematuro e inoportuno dizer que a deterioração progressiva do nosso meio político venha a ensejar, em futuro próximo, uma nova intervenção militar, como sugeriu o general Mourão. Mas, falando em realismo fantástico, não é demais lembrar que essa manifestação ocorreu justamente dentro de uma loja maçônica. Para quem conhece a história da maçonaria no Brasil e sabe da sua influência nos principais acontecimentos que marcaram a vida política da nossa pátria, isso deveria, pelo menos, servir como placa de aviso para refrear o apetite doentio que os nossos políticos têm pelo conteúdo dos cofres públicos. A política é uma estrada perigosa e traiçoeira. Quem despreza a sinalização está pedindo por um acidente.
Em 1964, quando ocorreu o golpe militar que instituiu a ditadura no país, os motivos eram outros. A oligarquia que governava o Brasil desde os tempos da Proclamação da República, temendo que o presidente Jango implantasse um governo esquerdista no Brasil apelaram para os quartéis. Os generais, que também eram oriundos de famílias oligárquicas não viram nenhum problema em colocar os tanques nas ruas e apear o governo constituído.
Mais de trinta anos se passaram e muitas coisas mudaram desde então. As esquerdas até já conseguiram ganhar eleições e governar o país durante treze anos (oito do Lula e cinco da Dilma). Os militares voltaram aos quartéis e, aparentemente, se concentraram em sua missão constitucional.
Mas, eis que mais uma vez, os nossos políticos, com a sua incompetência em administrar, e com a volúpia que eles têm para usar o poder em benefício próprio, voltam a dar motivo para que os militares comecem a pensar que eles podem ser os salvadores da pátria, como aconteceu em 1964.
Que não se pense que essa diatribe do general Mourão (esse nome deveria dizer alguma coisa aos nossos políticos de hoje) é uma manifestação solitária e intempestiva de um cidadão descontente e indignado ̶ como de resto está a maioria dos cidadãos brasileiros ̶ com o que está acontecendo. Na verdade, há um largo segmento da sociedade brasileira que está seriamente pensando que uma intervenção militar seria uma opção bastante aceitável, neste momento em que parece que os freios e contra-pesos postos pela Constituição em vigor parecem insuficientes para debelar a corrupção institucionalizada que está solapando a nossa economia e destruindo a moral social. Pois ela está presente nos três poderes da República, e hoje, nenhuma instituição, com poderes suficientes para tomar uma atitude saneadora, tem a confiança do povo. Por isso não são poucos os que estão á procura de um general.
Como disse o presidente Temer, as acusações que são feitas contra ele e sua equipe são coisas do realismo fantástico. Nesse sentido é bom lembrar que um dos ensinamentos da Cabala diz que as nações, como os indivíduos, estão sujeitos á lei do Carma. Quer dizer, todas, indistintamente, têm suas histórias determinadas pelas ações que praticam.
Talvez seja prematuro e inoportuno dizer que a deterioração progressiva do nosso meio político venha a ensejar, em futuro próximo, uma nova intervenção militar, como sugeriu o general Mourão. Mas, falando em realismo fantástico, não é demais lembrar que essa manifestação ocorreu justamente dentro de uma loja maçônica. Para quem conhece a história da maçonaria no Brasil e sabe da sua influência nos principais acontecimentos que marcaram a vida política da nossa pátria, isso deveria, pelo menos, servir como placa de aviso para refrear o apetite doentio que os nossos políticos têm pelo conteúdo dos cofres públicos. A política é uma estrada perigosa e traiçoeira. Quem despreza a sinalização está pedindo por um acidente.