A PESTE NEGRA DO BRASIL
No século XIV, uma pandemia devastou a Europa, matando mais de 75 milhões de pessoas. Foi a peste negra, doença contagiosa transmitida por pulgas e ratos, agravada pela ausência de saneamento básico nas cidades medievais e pelos péssimos hábitos de higiene das pessoas daquela época.
Em uma cidadezinha do norte da França, próxima á fronteira com a Alemanha, surgiu um médico-alquimista de origem alemã, que começou a tratar as pessoas com métodos diferentes dos usuais, que usavam principalmente sangrias e cataplasmas feitos á base de vinagre e ervas com propriedades curativas. Ao invés desses tratamentos, o médico-alquimista aplicava nos doentes uma rigorosa higiene corporal, além de promover o saneamento básico na aldeia, eliminando os ratos e as pulgas.
Em menos de seis meses, a aldeia ficou livre da peste. Mas o bispo da localidade, pesquisando a causa do sucesso do alquimista, descobriu que ele mandava as pessoas tomar banhos diários usando um produto chamado sabão, que ele confeccionava em seu laboratório. Ele também mandava incinerar os corpos das pessoas que morriam com a peste ao invés de enterrá-las. O bispo, então, denunciou o médico á Santa Inquisição, acusando-o de heresia. Segundo ele, o corpo humano era sagrado e não devia ser exposto. Ficar nu para tomar banho, naquela época, era considerado um pecado mortal. Queimar um corpo era pior ainda, pois segundo a crença da época, defuntos não enterrados em terra sagrada (os cemitérios controlados pela Igreja), não ressuscitariam no dia do julgamento. O alquimista foi queimado numa fogueira e a peste negra levou mais de vinte anos para ser debelada.
Nossos políticos agem exatamente como esse bispo medieval: pouco importa o que acontece com o povo e com o país, desde que suas cabeças sejam preservadas e seu poder não seja contestado. Ao dirigirem suas baterias contra a Lava a Jato e contra o juiz Sérgio Moro e o procurador Janot , atacam quem está procurando debelar a peste que eles provocaram no país com a sua falta de caráter. A profilaxia do ambiente político e administrativo, da mesma forma que o saneamento básico das cidades e a higiene pessoal, são essenciais para uma vida sadia. Da mesma forma, eliminar os ratos que infestam a política e corroem a máquina pública é fundamental para a recuperação da nossa saúde econômica, social e moral. A Lava a Jato está tentando fazer isso, e nós poderemos completar esse processo no ano que vem com voto consciente e bem informado.
O bispo medieval justificou a acusação feita ao médico-alquimista dizendo que as guerras, as epidemias, as grandes calamidades, ocorrem pela vontade de Deus. Não cabe ao homem tentar mudar esse destino adotando práticas que contrariam a fé e os preceitos da Santa Madre Igreja. Mais ou menos o que dizem os nossos políticos.
Resta dizer a essa gente que aposta na nossa eterna ignorância, para continuar roubando o país, que tudo tem limite. E já faz tempo que eles já o excederam.
No século XIV, uma pandemia devastou a Europa, matando mais de 75 milhões de pessoas. Foi a peste negra, doença contagiosa transmitida por pulgas e ratos, agravada pela ausência de saneamento básico nas cidades medievais e pelos péssimos hábitos de higiene das pessoas daquela época.
Em uma cidadezinha do norte da França, próxima á fronteira com a Alemanha, surgiu um médico-alquimista de origem alemã, que começou a tratar as pessoas com métodos diferentes dos usuais, que usavam principalmente sangrias e cataplasmas feitos á base de vinagre e ervas com propriedades curativas. Ao invés desses tratamentos, o médico-alquimista aplicava nos doentes uma rigorosa higiene corporal, além de promover o saneamento básico na aldeia, eliminando os ratos e as pulgas.
Em menos de seis meses, a aldeia ficou livre da peste. Mas o bispo da localidade, pesquisando a causa do sucesso do alquimista, descobriu que ele mandava as pessoas tomar banhos diários usando um produto chamado sabão, que ele confeccionava em seu laboratório. Ele também mandava incinerar os corpos das pessoas que morriam com a peste ao invés de enterrá-las. O bispo, então, denunciou o médico á Santa Inquisição, acusando-o de heresia. Segundo ele, o corpo humano era sagrado e não devia ser exposto. Ficar nu para tomar banho, naquela época, era considerado um pecado mortal. Queimar um corpo era pior ainda, pois segundo a crença da época, defuntos não enterrados em terra sagrada (os cemitérios controlados pela Igreja), não ressuscitariam no dia do julgamento. O alquimista foi queimado numa fogueira e a peste negra levou mais de vinte anos para ser debelada.
Nossos políticos agem exatamente como esse bispo medieval: pouco importa o que acontece com o povo e com o país, desde que suas cabeças sejam preservadas e seu poder não seja contestado. Ao dirigirem suas baterias contra a Lava a Jato e contra o juiz Sérgio Moro e o procurador Janot , atacam quem está procurando debelar a peste que eles provocaram no país com a sua falta de caráter. A profilaxia do ambiente político e administrativo, da mesma forma que o saneamento básico das cidades e a higiene pessoal, são essenciais para uma vida sadia. Da mesma forma, eliminar os ratos que infestam a política e corroem a máquina pública é fundamental para a recuperação da nossa saúde econômica, social e moral. A Lava a Jato está tentando fazer isso, e nós poderemos completar esse processo no ano que vem com voto consciente e bem informado.
O bispo medieval justificou a acusação feita ao médico-alquimista dizendo que as guerras, as epidemias, as grandes calamidades, ocorrem pela vontade de Deus. Não cabe ao homem tentar mudar esse destino adotando práticas que contrariam a fé e os preceitos da Santa Madre Igreja. Mais ou menos o que dizem os nossos políticos.
Resta dizer a essa gente que aposta na nossa eterna ignorância, para continuar roubando o país, que tudo tem limite. E já faz tempo que eles já o excederam.