No filme “Os Imperdoáveis” um pistoleiro aposentado resolve voltar á profissão de matador para ganhar dinheiro e sair da vida miserável que estava vivendo. Sua missão era matar dois vaqueiros que haviam retalhado á faca o rosto de uma prostituta. As putas, em um ato de corporativismo e defesa da nobreza da profissão haviam botado um prêmio sobre a cabeça dos dois vaqueiros que ousaram desrespeitar a mais antiga profissão do mundo. 
Nesse filme não há mocinhos, somente bandidos. E a gente não sabe para quem deve torcer no final. Se para os pistoleiros que querem matar os vaqueiros, se para o xerife valentão que desce o pau em todo mundo, se para as prostitutas que querem a sua vingança, ou para os vaqueiros com a cabeça a prêmio, que no fundo só reagiram a um bullyiing que as putas fizeram com um deles, debochando do tamanho do seu bilau.
É mais ou menos a mesma coisa que está acontecendo em Brasília. Ninguém sabe quem é mocinho e quem é bandido nesse tiroteio que está pipocando lá. Só se sabe que são todos imperdoáveis. Tem vilão de todos os tipos e para todos os gostos. Vigaristas como o Cunha, mentirosos como o Temer, embusteiros como o Lula, pilantras como o Renan, fariseus como o Aécio, além de quadrilheiros de todos os tipos, como Paulinho da Força, Edison Lobão, Eliseu Padilha e que tais. Nem o Quentin Tarantino seria capaz de colocar tantos bandidos juntos num mesmo filme. 
De quebra só temos um xerife para dar conta de tanta bandidagem. É o  Janot, fazendo esse papel. E ele só tem o Sérgio Moro para ajudá-lo. Os demais juízes parecem ser do tipo que só manda enforcar ladrão de cavalo.
No filme “Os Imperdoáveis” não haviam mocinhas. No de Brasília também não. As que podiam ser são senadoras baderneiras que usam suas prerrogativas de mulher para obstruir pautas de votação no Senado. Nos velhos faroestes de Hollywood quando tudo parecia estar perdido, a cavalaria aparecia para salvar os mocinhos. Aquele clarim era inconfundível.  Mas nos quartéis brasileiros parece que tudo está calmo. Não se ouve nem ensaios daquele clarim. E, pelo menos aparentemente, também não há perigo de algum velho pistoleiro (fardado ou não) voltar á ativa para fazer justiça pelas próprias mãos. No Velho Oeste essa era uma solução. Quando o exército não vinha contratava-se um pistoleiro dos bons para limpar a cidade. Wiatt Earps, Bat Mastersons, Pat Garrets e outros limpadores de cidades não existem por aqui. Temos que confiar em Janot e Sérgio Moro e torcer para que os demais membros do Judiciário não tenham contraído a doença do Lewandowski e do Gilmar. E no ano que vem, fazer como o povo do vilarejo do filme “Sete Homens e Um Destino” fez: pegar nossas armas (o voto) e liquidar de vez esses bandidos. Senão, nesse tiroteio morreremos todos.