Pós-Verdade: o relativismo tosco da direita
Basicamente consiste no pressuposto de que se a verdade é inalcançável, é relativa, então eu posso tomar como verdade o que eu quiser. A crença ingênua e tola passa a ter o mesmo peso que os fatos e teorias, por estas não serem absolutas. É como acreditar que o fato da ciência não ser absoluta e minhas crenças também não, então eu prefiro as minhas crenças.
É como se um médico lhe convencesse e demonstrasse que certo tratamento será bom para sua saúde, mas como a ciência é falha e as verdades relativas, prefiro continuar com os benzimentos de minha vó.
Embora com nome pomposo, como se inaugurasse uma nova forma de pensar, trata-se do velho relativismo cínico. Esconde desonestidade, preguiça de pensar ou mesmo dificuldade em analisar a realidade de forma lógica e coerente.
É o pensamento típico daqueles que tiveram suas fés abaladas na teologia e perguntaram a ciência: pode me dar as mesmas verdades absolutas? Não? Então me deixe com minha teologia, mas quero tenho fé em seus avanços, tecnologias, remédios e outras coisas que facilitam a vida prática.
O cínico quer usufruir do bem estar que a ciência proporciona, mas não quer de forma alguma submeter à lógica e à análise dos fatos seus pensamentos tolos.
O que você tem na sua mente, que você chama de crença e as vezes de bom senso, se não tiver fundamento na lógica e nos fatos não passa de lixo. A Idade Média acabou já tem alguns anos, se conforme com isto ou volte para o mosteiro.