INTERVENÇÃO MILITAR.

"Se é a vontade do povo brasileiro, eu promoverei a abertura política no Brasil. Mas chegará um tempo que o povo sentirá saudade do Regime Militar. Pois muitos desses que lideram o fim do Regime não estão visando o bem do povo, mas sim seus próprios interesses."

- Jamais imaginei que um dia eu fosse concordar com esta frase do General Ernesto Geisel. Triste admitir.

Estamos vivendo tempos de trevas. Tempo da criminalidade, da mentira, da corrupção, da canalhice, de falências das instituições, sobretudo, de inversão de valores: Os criminosos querendo processar Juízes, bandidos querendo prender polícia e o Congresso Nacional funcionando como cortina de fumaça para encobrir os crimes dos seus membros!.

Nesse apocalipse moral, ponho-me a indagar: Não seria o caso de a gente pedir desculpas pra Forças Amadas e suplicar uma intervenção militar?

A liberdade que conquistamos com as eleições diretas nos trouxe outro tipo de ditadura. Uma ditadura travestida de democracia, com plenos direitos de poder roubar, matar, corromper, mentir, enganar e traficar influência.

No governo militar bandidos não usavam armas pesadas, não comandavam os crimes de dentro das prisões, tampouco tomavam os presídios de assalto para cometerem atrocidades e degolas. Tampouco fazendas produtivas eram invadidas, lavouras destruídas e o gado saqueados por um grupo terrorista chamado MST.

"A Impunidade e a hipocrisia, dançam de mãos dadas, o hino nacional de uma nação derrotada". - A corrupção nasceu no governo, alcançou o Congresso e ninguém acredita mais nas instituições nem nas autoridades; somos obrigados a engolir os descalabros em todos os poderes, em todos os partidos, em todas as instâncias, em todos os sentidos. O cinismo é geral.

O que pressinto hoje é murmúrio; lâmpada escurecida ao fundo da sala onde esconde o homem de nove dedos, algoz do povo, que se prepara para voltar, institucionalizar o crime, fomentar a impunidade e dar uma "cusparada" na cara do povo.

Manoel Lobo