Codinome
        
     Buscando apoio nos dicionários encontrei como definição o seguinte:

s.m.[Neologismo] Palavra que serve para designar com disfarce uma ou mais palavras, como, por exemplo, nomes de subversivos ou itens concernentes à subversão. (https://www.dicio.com.br/codinome/)
       Substantivo masculino designação que serve para ocultar a identidade de alguém ou para nomear de maneira secreta um plano de ação, uma organização etc. (https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=o+que+significa+codinome)
     “Caranguejo”, “índio”, “boca mole”, “diplomata”, “justiça”, “caju”, “jovem”, “italiano”,“MT”; MT? Seria Ministério dos Transportes? De há muito não escutara tantas vezes a palavra “codinome” numa única edição de um jornal televisivo, como a de hoje, 10 Dez 16, lembrei-me de: “Carlos”, “Vicente”, “Stela”, “Geraldo”, e tantos outros codinomes que se referiam a subversivos atuantes nas guerrilhas urbana e rural nas décadas de 60 e 70.
    Hoje, quais seriam os codinomes que poderíamos atribuir ao nosso Brasil? “desordem”, “bandalheira”, “fuleiro”, “corja”, “valhacouto”, “horda”, “trupe”, cabe mais não é?
       Somos batizados nas diversas igrejas e crenças, também registrados em cartórios de registro civil por nomes: Maria, José, Raimundo, Sebastião, Clara, Francisco e tantos outros, certamente neste Brasil desarranjado, usando de muito eufemismo, esses nomes identificam brasileiros e brasileiras de bem, trabalhadores e trabalhadoras que suam desde a madrugada e varam certamente boa parte da noite de forma honesta, tudo isso para garantir o mínimo de sustento e dignidade, onde certamente fazem questão de ser chamados por seus nomes de batismo.
         Dos significados da palavra “codinome”, listados neste artigo, depreendemos ideias do tipo: subversivo, disfarce, ocultar a identidade de alguém, nomear de maneira secreta um plano de ação, uma organização etc;
     Vemos, pois, que a premissa é degradante, mormente, quando relacionamos os codinomes enumerados no 3º parágrafo desta narrativa às pessoas que foram eleitas por nós mesmos para ocupar cargos de poder decisório, quando na verdade se promiscuem, formam verdadeiras quadrilhas e organizações criminosas, tendo sim a necessidade de se camuflarem sob a bandeira vergonhosa de um “codinome”.
         A denominação de “político” atualmente no Brasil, após os últimos acontecimentos, torna difícil de aceitar que há no meio “um que se salve”, aliás, li alguns dias atrás que certo político ganhou o título de “mais honesto”, como se honestidade fosse um campeonato disputadíssimo e não uma virtude, caráter, retidão; até porque, como se diz em rodas de descontração: “Pardal que acompanha João de Barro, termina ajudante de pedreiro”.
        Por fim, “MT”, certamente não seria difícil de matar esse “codinome”, há indícios de que se trata do nosso “novo” Presidente da República, apontado como um gerenciador do esquema que atuava, quando Deputado Federal, se esgueirando e orbitando numa atmosfera fétida, consolidando dessa forma o nível de bandidagem que permeia o nosso Congresso Nacional, nos autorizando de forma muito clara a considerar um parlamento formado por Quasímodos moralmente.