Prognósticos

Segundo o professor boliviano Carlos Cordero, da Universidade Maior de San Andrés, “os governos bolivarianos estão mergulhados em crises econômicas e enfrentando níveis de insatisfação social cada vez maiores”. São governos que não têm mais o poder que tiveram em função de questionamentos que enfrentam devidos “a má gestão e escândalos de corrupção”. É um depoimento sincero.

Estariam nesse caso Venezuela, Bolívia e Equador, dentre outros. E por que não o Brasil?

É nesse cenário que ocorre o desparecimento de Fidel. Cujo significado maior nos dias atuais é muito mais nostálgico que qualquer outro. Em função basicamente de uma dependência, em relação ao mundo desenvolvido, que se acentua com os níveis de desgoverno observados nas chamadas nações progressistas. A Venezuela de hoje nada tem a ver com a que Chávez deixou. Perdeu a pujança. E isso não tem muito tempo. Segundo notícias, cidadãos venezuelanos dirigem-se a localidades limítrofes com o Brasil em busca de casa e de onde poder comprar comida. Um país que é (ou foi) um dos maiores produtores de petróleo do mundo.

Não temos informações a respeito de Bolívia e Equador, mas com relação ao Brasil o que não faltam são exemplos de escândalos de corrupção. Eles pululam a cada dia. E corrupção e má gestão estão inequivocamente ligadas.

Enquanto isso, Trump é eleito. Segundo o que alardeia, se fizer metade do que Bush fez, com invasões tipo Panamá, Nicarágua e outras, podemos nos preparar para um caos talvez irreversível, a traduzir-se na transformação declarada dos países do Terceiro Mundo, em especial da América Latina, em fornecedores compulsórios de matéria prima e riquezas minerais, a baixíssimo custo, às nações primeiro-mundistas. É isso que eles acham que temos de ser. E alguns, como Fidel, com todos os seus desacertos, acharam que não.

Rio, 27/11/2016

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 28/11/2016
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