TODOS CONTRA A GLOBO

TODOS CONTRA A GLOBO

Não é de hoje que eu faço acerbos comentários à Rede Globo de Televisão. Trata-se de um império midiático que sempre apresentou o perfil canalha de “apostar no cavalo do comissário”, ou seja, sempre estar a favor de quem está por cima. Foi assim nos tempos da ditadura (64-85) quando filtrava notícias de tortura nos quartéis e nos DOPS, exceções políticas, safadezas oficiais e articulações das oposições. Depois silenciou diante dos erros de Sarney (prorrogação do mandato para cinco anos) e dos deslizes de FHC (CPIs dos bancos e da compra de votos). Mais tarde apoiou Collor contra Lula. Quando o “caçador de Marajás caiu” deu uma força desmedida a Itamar, tornando a modelo “sem calcinha” na Sapucaí uma celebridade.

Quando Lula ascendeu ao poder (contra os interesses da emissora) ele se tornou o melhor Presidente. Unida à direita perdedora e aos coxinhas de plantão ajudou a derrubar Dilma, entronizando os golpistas Aécio, Moro, Temer e Serra. Quando estes revelaram seus telhados de vidro a Globo criminosamente silenciou. Quando tudo fervilhava a respeito de uma denúncia sobre uma mega-propina que teria sido paga a Serra, naquela noite o jornal nacional encerrou a edição com algo surpreendente e de alta relevância jornalística: “hoje vamos falar sobre os efeitos medicinais da berinjela”. Cabe aí menção a um clássico: “A massa sustenta a marca; a marca patrocina a mídia; a mídia controla a massa”. Frase de George Orwel, († 1950) autor do livro/filme distópico “1984” (1949).

Hoje, como não existe nada mais escondido, pois as redes sociais desnudam toda a safadeza, o brasileiro se conscientizou do quanto tem sido enganado pela “família Marinho” & (má) companhia e abriu uma frente contra o grupo com o título que encima este artigo “Todos contra a Globo”. A frente tem hoje mais de um milhão de adesões e tende a crescer mais.

Eu sempre tive sérias restrições contra os programas da Globo, desde o famigerado Jornal Nacional, passando pelo baixo padrão moral de suas novelas e mini-séries (que eu não me canso de denunciar em palestras e escritos), pela pornografia explícita do “Big Brother”, pela vulgaridade do “Domingão do Faustão” e do “Fantástico”, do programa insosso da insossa Ana Maria Braga, pela mesmice do Jô Soares e do Serginho Groisman e sobretudo pelos programas esportivos daquela “mala” que se chama Galvão Bueno (que não é meu parente “grazzie Dio”). Eu não conheço ninguém que aprecie o esporte by Galvão Bueno. Ainda bem que temos o Sport - Tv.

Outro global intragável é o “Caldeirão do Huck”. Um cara feio com aquela voz do além, para se manter por tantos anos no ar tem que ter um padrinho formidável lá dentro. A Globo cometeu um crime contra a arte, promovendo quase que exclusivamente a música sertaneja. Grandes programas musicais com música ao vivo como “Globo de Ouro” e “Sexta-Feira nobre” caíram na a vala da mediocridade.