RESPONSABILIDADE NOSSA DE CADA DIA

*Sineimar Reis

Responsável por nossos atos, sem nenhuma dúvida, nós, o povo, o eleitor, somos os responsáveis característicos á nossa maneira de agir e de reagir em termo de política, certo é que, cada indivíduo escolhe sua ideologia política, mas sequer sabe o que realmente ela representa. Muitos deixam se enganar por dinheiro ou promessa, levando assim a um feitiço moral. Ou seja, carência de atitudes. Trocando em miúdos, as qualidades e os direitos promulgados na constituição, colocando uma pessoa para determinar a sua conduta na câmara ou legislativo.

Você sabia que, nos tempos presentes, hoje em dia, a nossa responsabilidade é festejada. Nos sentimos-se felizes por conhecer gente correta, honesta e, principalmente, por conviver com elas. Mas isso não deveria ser uma premissa básica? Certamente. O problema é que está cada vez mais difícil encontrar pessoas com esse perfil de cidadão honesto. Obviamente, a falta de responsabilidade sempre existiu desde a idade em que a pedra era lascada, desde a Pré-História existiram pessoas de e com mau “caratismo”. Embora, com o passar do tempo, a coisa só agravou, e a firmeza de princípios anda bem desconfigurada. Na verdade, o povo está deixando os pés vacilarem, estão “tontos” rodeados pela classe politizadora, andando de um lado para o outro sem rumo. Todos os dias descobrimos uma “nova corrupção”. Com o dinheiro público, pelo poder ou simplesmente por status. Entre as elites dominantes e parlamentaristas, a “imoralidade” só aumenta. Cada dia que se passa um novo cenário intitulado “roubalheira” é descoberto. Talvez, na mesma proporção que cresce a descrença em relação à política nacional. Eu tenho certeza que muitos se desacreditaram nela. Sei que milhares de cidadãos brasileiros vivem com o mesmo pensamento e descrença.

A série em massa de escândalos não para de crescer. São muitos em pouco espaço de tempo. No último dia nove de Outubro, em plena Segunda Feira, ouvi uma notícia com a qual foi impossível não se indignar: No qual o Presidente Golpista, cobrou fidelidade dos deputados na votação da PEC do teto, toda sua base aliada para um jantar em troca de Proposta de Emenda Constitucional que limita o aumento dos gastos públicos, afirmando assim que é fundamental para o ajuste das contas públicas e sua aprovação será como um sinal da força do governo para tirar o país da crise. A movimentação de aliados ao Palácio da Alvorada foi tamanha que um engarrafamento se formou até as 21h, o jantar reunia cerca de 420 presentes, entre parlamentares, assessores, ministros e esposas, cerca de 210 congressistas, entre deputados e senadores. Segundo pesquisas, o jantar foi milionário, Michel Temer ofereceu vinho, carne com risoto de funghi, salmão, massa e salada para seus convidados, tornando assim, a cartada final para assegurar os votos que congela investimentos na saúde e na educação. De onde saiu este dinheiro? Do próprio bolso de Michel? Será? O custo não foi revelado, mas em minhas pesquisas, estima que o valor custou ao menos R$ 50 Mil. Este caso assemelha ao ocorrido aqui em Minas Gerais, que em 2014 um grupo de vereadores de Carmo da Mata, no Centro-Oeste do Estado, liberaram a compra de 150 kg de carne assada, 360 kg de salgados, 140 pizzas, 600 litros de refrigerantes para lanches e festividades na Câmara. Detalhe: quem paga a conta do lanche? Resposta simples, a irresponsabilidade do povo ao escolher seus representantes. A Prefeitura de Belo Horizonte, se diz em economizar R$ 175 mil com material de escritório e informática, quem se arrisca em acreditar? Em outro mau exemplo, já dos deputados, a Assembléia Legislativa de Minas gastou, em 2013, R$ 234 mil para manter e reparar uma aeronave estragada que nem sequer saiu do chão durante todo o ano.

Boa parcela de brasileiros está saindo as ruas se responsabilizando em defesa da democracia, já outros, desacreditados e sem mais esperança dormem tranqüilos com um Brasil das diferenças, com o país das contradições. No meio de tantos entraves, cada um se equilibra como pode. Eu, por exemplo, busco uma corrente de esperança, como uma onda forte bate no mar. O melhor que nos possa fazer é sermos honestos com nós mesmos, não enganando a si próprios e ter orgulho em aplaudir a boa moral, valorizar quem trabalha honestamente para alcançar seus objetivos e sonhos. E, diante da falta de responsabilidade, não deixar faltar o caráter de sermos cidadãos de bem.

Sineimar Reis
Enviado por Sineimar Reis em 24/10/2016
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