Um quarteto exemplar
Sarney, Collor, Lobão e Gleisi. Cada um deles com a sua enegrecida história de corrupção fundamentada num apodrecido sistema político. Cada um deles com uma expressiva riqueza pessoal que não teria sido possível se não tivessem sido eleitos pelo povo para representa-lo e, ao invés disso, passassem a representar seus interesses pessoais.
Sarney - que dispensa comentários. Basta ler o livro "Honoráveis Bandidos", de Palmério Dória, para que tenhamos um boa ideia da atuação política desse cidadão que chegou meio que por acaso à Presidência da República. E continua sendo praticamente dono de um dos estados da Federação.
Collor - que, travestido um dia de caçador de marajás, chegou à presidência do país e, depois de dela apeado, continua sendo um dos grandes marajás do território brasileiro. Possuidor de uma invejável coleção de carros de luxo, obviamente sem nenhum Elba entre eles.
Lobão - que, segundo o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, "exigia uma propina maior (R$ 500 mil mensais) por ser ministro das Minas e Energia".
E Gleisi, com uma história mais recente, julgada pelo STF pela
acusação de ter "recebido R$ 1 milhão do esquema de propinas instalado na Petrobras para sua campanha em 2010". Devendo ter se esquecido de que fora eleita pelo PT e que, nessa condição, deveria defender os direitos dos trabalhadores e não as vantagens que o cargo pudesse lhe proporcionar. O que faz com ultrajante hipocrisia até agora.
São esses indivíduos, com seus apreciáveis currículos, que têm uma polícia, a Polícia do Senado, para protegê-los, livrando-os de gravações e outras provas que pudessem incrimina-los. Enquanto os cidadãos comuns não dispõem de uma polícia capaz de evitar que percam suas vidas em assaltos que acontecem em becos, vielas, ruas e movimentadas avenidas a qualquer hora do dia.
Rio, 22/10/2016