Uma ótica sem ética
Os dicionários nos ajudam a entender e a compreender o significado das palavras proporcionando-nos um perfeito entendimento daquilo que se ler, nesse mister, observemos a definição dos verbetes a seguir:
- ótica – s.f. Regionalismo. Lugar onde é possível vender ou fabricar óculos. Perspectiva; maneira como algo é descrito ou interpretado. Óptica; Sessão da física que se dedica ao estudo das normas relacionadas com as radiações luminosas e com os fenômenos da visão. (http://www.dicio.com.br/.)
- ética - s.f. Segmento da filosofia que se dedica à análise das razões que ocasionam, alteram ou orientam a maneira de agir do ser humano, geralmente tendo em conta seus valores morais. [Por Extensão] Reunião das normas de valor moral presentes numa pessoa, sociedade ou grupo social: ética parlamentar; ética médica. Ética é sinônimo de moral. (http://www.dicio.com.br/.)
Vejamos, pois a riqueza de palavras das definições acima: “maneira como algo é descrito ou interpretado”; “razões que ocasionam, alteram ou orientam a maneira de agir do ser humano, geralmente tendo em conta seus valores morais”; “Reunião das normas de valor moral presentes numa pessoa, sociedade ou grupo social”; sintamos a miscigenação perfeita dos fragmentos das definições acima, formando um mosaico belo de como seria fácil o conviver e as relações de harmonia entre as pessoas e os povos.
Os acontecimentos vividos por nós brasileiros nesta semana – virada de agosto e início de setembro de 2016 no cenário político -, nos arremessaram a um mundo de ilações, de pensamentos toscos, de lamúrias às vezes descabidas, de temor ao porvir.
Sentimentos variados: de luxúrias de egos, de ideologias arraigadas, de corolários inequívocos, de desprovimento de caráter por parte dos atores envolvidos na encenação de um filmete de quinta categoria, interpretados e protagonizados por personagens possuidores de uma provisão míope de moral.
Tragicamente, em nosso país vivemos um descalabro maledicente, devastador, destruidor de sonhos inocentes de jovens e de adultos habitantes deste torrão varonil, infestados de males, de uma pandemia de caráter duvidoso de nossos gestores públicos, de uma falta de vergonha na cara de homens e mulheres, jovens e idosos, investidos de cargos no executivo e de mandatos parlamentares e, para piorar, até de integrantes do Poder Moderador - Judiciário, que aferrado ao terreno, numa trincheira blindada, também corrobora com o triste cenário, com o objetivo supremo de suas existências, a corrupção.
As curvas geométricas magistralmente exploradas pelo criador e idealizador de Brasília, talvez num presságio, num exercício de profecia macabra; em que imaginou duas parábolas - conjunto de pontos que caracterizam o gráfico de uma função de 2º grau; uma ascendente e outra descendente, justamente para materializar a importância de cada Casa Parlamentar.
No entanto, a despeito da genialidade do idealizador de Brasília, o que testemunhamos nesse processo de “impedimento” da ocupante do cargo de Presidente da República, foram cenas deploráveis, vista sob qualquer juízo de valor, onde integrantes dos três poderes instituídos e constituídos, se lambuzaram numa lama incolor e inodora de virtudes, facilmente conclusa à malversação do que se puder depreender de justo, de certo, de decente.
Buscar-se um comparativo do que presenciamos nos últimos dias encenados pelas duas casas, seria um exercício no mínimo desafiador; como exemplo: comparar a um circo; desumano e trágico, pois ali habitam profissionais que lutam e labutam para sobreviverem, diferentemente dos 594 ineptos que povoam as duas parábolas.
De resto sobra a imaginação a que comparar? E nesse diapasão, somos direcionados a um conjunto infinito de probabilidades que certamente nos remetem a um único lugar, não passa de um parlamento desvirtuado, combalido, ineficiente e imoral.
Objetivamente, vimos um time muito consciente daquilo que querem, onde argumentações frágeis, verdadeiras falácias, foram expostas como sendo a mais pura e cristalina verdade; defenderam que foram presos e torturados injustamente, no entanto, não tiveram nem a hombridade, nem a altivez de citarem ou admitirem seus crimes, ocultando-nos de forma velada, fazendo com que o desconhecimento da história por parte dos digamos “desatentos” ou “omissos”, formassem um exército de jurados que certamente os sentenciaram como inocentes.
Até aqui, talvez, orbitei numa seara prolixa, entretanto, quando se tem a indignação, a falta de perspectiva, de rumo, como filosofia, às vezes divagamos sim em raciocínios viciados, no entanto, possuo a certeza “do nós”, “do todo”, que ciclicamente ao longo da história fora a parte vencedora.
Por fim, “não adianta possuíres um arsenal de pedras pronto para atirares, se não tens um teto minimamente resistente e decente”. Eis, pois, uma conclusão simples, porém, riquíssima de mensagem, afinal, o que presenciamos nesse episódio do impeachment foram cenas degradantes, humilhantes sob qualquer ponto de vista, seja da ótica ou da ética, induzindo-nos, pois, a acreditar que a ótica dos nossos políticos não traduz o mínimo de ética esperada por nós: cidadãos de bem, defensores da verdade, da retidão e por que não dizer da bem-aventurança.
- ótica – s.f. Regionalismo. Lugar onde é possível vender ou fabricar óculos. Perspectiva; maneira como algo é descrito ou interpretado. Óptica; Sessão da física que se dedica ao estudo das normas relacionadas com as radiações luminosas e com os fenômenos da visão. (http://www.dicio.com.br/.)
- ética - s.f. Segmento da filosofia que se dedica à análise das razões que ocasionam, alteram ou orientam a maneira de agir do ser humano, geralmente tendo em conta seus valores morais. [Por Extensão] Reunião das normas de valor moral presentes numa pessoa, sociedade ou grupo social: ética parlamentar; ética médica. Ética é sinônimo de moral. (http://www.dicio.com.br/.)
Vejamos, pois a riqueza de palavras das definições acima: “maneira como algo é descrito ou interpretado”; “razões que ocasionam, alteram ou orientam a maneira de agir do ser humano, geralmente tendo em conta seus valores morais”; “Reunião das normas de valor moral presentes numa pessoa, sociedade ou grupo social”; sintamos a miscigenação perfeita dos fragmentos das definições acima, formando um mosaico belo de como seria fácil o conviver e as relações de harmonia entre as pessoas e os povos.
Os acontecimentos vividos por nós brasileiros nesta semana – virada de agosto e início de setembro de 2016 no cenário político -, nos arremessaram a um mundo de ilações, de pensamentos toscos, de lamúrias às vezes descabidas, de temor ao porvir.
Sentimentos variados: de luxúrias de egos, de ideologias arraigadas, de corolários inequívocos, de desprovimento de caráter por parte dos atores envolvidos na encenação de um filmete de quinta categoria, interpretados e protagonizados por personagens possuidores de uma provisão míope de moral.
Tragicamente, em nosso país vivemos um descalabro maledicente, devastador, destruidor de sonhos inocentes de jovens e de adultos habitantes deste torrão varonil, infestados de males, de uma pandemia de caráter duvidoso de nossos gestores públicos, de uma falta de vergonha na cara de homens e mulheres, jovens e idosos, investidos de cargos no executivo e de mandatos parlamentares e, para piorar, até de integrantes do Poder Moderador - Judiciário, que aferrado ao terreno, numa trincheira blindada, também corrobora com o triste cenário, com o objetivo supremo de suas existências, a corrupção.
As curvas geométricas magistralmente exploradas pelo criador e idealizador de Brasília, talvez num presságio, num exercício de profecia macabra; em que imaginou duas parábolas - conjunto de pontos que caracterizam o gráfico de uma função de 2º grau; uma ascendente e outra descendente, justamente para materializar a importância de cada Casa Parlamentar.
No entanto, a despeito da genialidade do idealizador de Brasília, o que testemunhamos nesse processo de “impedimento” da ocupante do cargo de Presidente da República, foram cenas deploráveis, vista sob qualquer juízo de valor, onde integrantes dos três poderes instituídos e constituídos, se lambuzaram numa lama incolor e inodora de virtudes, facilmente conclusa à malversação do que se puder depreender de justo, de certo, de decente.
Buscar-se um comparativo do que presenciamos nos últimos dias encenados pelas duas casas, seria um exercício no mínimo desafiador; como exemplo: comparar a um circo; desumano e trágico, pois ali habitam profissionais que lutam e labutam para sobreviverem, diferentemente dos 594 ineptos que povoam as duas parábolas.
De resto sobra a imaginação a que comparar? E nesse diapasão, somos direcionados a um conjunto infinito de probabilidades que certamente nos remetem a um único lugar, não passa de um parlamento desvirtuado, combalido, ineficiente e imoral.
Objetivamente, vimos um time muito consciente daquilo que querem, onde argumentações frágeis, verdadeiras falácias, foram expostas como sendo a mais pura e cristalina verdade; defenderam que foram presos e torturados injustamente, no entanto, não tiveram nem a hombridade, nem a altivez de citarem ou admitirem seus crimes, ocultando-nos de forma velada, fazendo com que o desconhecimento da história por parte dos digamos “desatentos” ou “omissos”, formassem um exército de jurados que certamente os sentenciaram como inocentes.
Até aqui, talvez, orbitei numa seara prolixa, entretanto, quando se tem a indignação, a falta de perspectiva, de rumo, como filosofia, às vezes divagamos sim em raciocínios viciados, no entanto, possuo a certeza “do nós”, “do todo”, que ciclicamente ao longo da história fora a parte vencedora.
Por fim, “não adianta possuíres um arsenal de pedras pronto para atirares, se não tens um teto minimamente resistente e decente”. Eis, pois, uma conclusão simples, porém, riquíssima de mensagem, afinal, o que presenciamos nesse episódio do impeachment foram cenas degradantes, humilhantes sob qualquer ponto de vista, seja da ótica ou da ética, induzindo-nos, pois, a acreditar que a ótica dos nossos políticos não traduz o mínimo de ética esperada por nós: cidadãos de bem, defensores da verdade, da retidão e por que não dizer da bem-aventurança.