La Mónica argentina
Poucas semanas faz, e quiçá no olvido já tenha caído - tanta coisa que acontece neste mundo que já foi de Deus, e que agora parece ser do Sacanaz - a grande imprensa se ocupou de algo que por longo tempo abafou: um alegado e alagado romance de FHC que, para não criar embaraços ao então Presidente, teria resultado na remoção de mãe e filho para a distante, inóspita e desglamourosa Barcelona, que parece ser atraente só para artistas, que vão de Messi a Miró, com os estelares Neymar e Suárez de figuraços complementares.
E a personagem central de toda aquela movimentação não era uma Lewinsky Mónica, mas Mírian, na sonoridade harmônica, também com esse sedutor M de Maria, fértil no escrever e no fazer. Ia amparada com os meios necessários para sobreviver naquele meio mais que hostil, bostil. Mas livre das más línguas do Brasil.
E mal o assunto cedeu espaço às mazelas de nosso obscenário políitco apocalítico, é do país hermano, y muy amigo, que surge outra revelação bombástica: a antiga Secretária particular do falecido bi-Presidente Néstor Kichner ganha manchetes ao revelar que por dez anos fora amante de seu chefe. E que a própria con-sem-sorte de Néstor, ela também ex-titular da Presidência na sucessão do marido, já sabia da história, que não era nada história.
E aparentemente, num entendimento tácito, nenhuma das duas, Mónica e Cristina Kirchner deram com a língua nos dentes para não se comprometer o mandato de Cristina, nem de Mónica a sina.
Y estaban viviendo felices para casi siempre. Afinal Néstor partió para la eternidad, y la bella ciudad de Buenos Aires comporta bien dos grandes damas de la felicidad, sin necesitar de continuar el ménage á trois...