Fábula à Paulista
No reino das aves o tucano era o rei, absolutista, ele ignorava as leis mesmo quando estavam bem debaixo de seu enorme nariz, ou bico.
Este reino se orgulhava de ser o mais rico da união, porém, lá faltava água, saúde, segurança e educação. O rei, no entanto, negava que haveria racionamento de água, não repassava verbas para as Santas Casas, não pagava um salário digno aos policiais e professores; tentou fechar as escolas e não conseguiu, porém fechou tantas salas de aulas e superlotou as que sobraram que o efeito foi o mesmo.
Passado algum tempo, o déspota tucano, sob o pretexto de cortar gastos devido À Crise, ordenou que tirassem das escolas as impressoras e maquinas de fazer cópias, agora os professores só tinham para trabalhar giz, lousa e voz, em alguns casos, só a voz.
Ao mesmo tempo, pairavam; sobre a ditadura tucana, diversas acusações de superfaturamento das obras feitas nos túneis das minhocas, de desvio da verba destinada à alimentação dos passarinhos nas escolas que, agora, não tinham nem mesmo o material de higiene básica para os alunos.
Entretanto, a despeito dessas acusações e das atrocidades cometidas contra o povo, o tucano ainda governa, ou melhor, impera, no Palácio dos Bandeirantes.
Moral: Paulista sofre da Síndrome de Estocolmo, ama ao seu carrasco.