Esses petistas!!! (reeditado)
Quem gosta de um dedinho de prosa de vez em quando já deve ter ouvido por diversas vezes que política, futebol e religião não se discutem.Sempre foi assim. Alguns assuntos menos digeríveis, que podem causar polêmica, são deixados de lado pela maioria em nome do bom-senso e da paz artificial.E como já não temos a prática do bom debate, a situação torna-se ainda mais caótica, pois se passamos a expor nossas opiniões podemos nos preparar para os desentendimentos e generalizações quase sempre grosseiras e improcedentes.
Durante todo esse período de campanha eleitoral ,pude comprovar o quão difícil é a aceitação do pensamento divergente.Várias vezes recebi nos comentários alusivos aos meus artigos políticos a pecha de petista, como se posicionar-se em favor do governo, defender a candidata da situação fosse sinônimo de petismo.Ora bolas, a política ideológica no país já se arrefeceu há um bom tempo. Além do mais, grande parte de nosso eleitorado não é vinculado a nenhum partido político.Vota-se por vários motivos e muito menos pelo partidarismo.
O problema é que as pessoas não estão acostumadas com o confronto de ideias.Elas expõem o seu ponto de vista e pronto.Falam sozinhas, como se estivessem diante de um espelho.Se aparece alguém contradizendo, a coisa complica.Nunca vi ninguém tentar ofender o outro chamando-o de peessedebista, ou petebista.Claro que os neologismos bem criativos surgiram nessa campanha como demotucanos, demoníacos e outros, mas a força de expressões ligadas ao PT ainda são detentoras de um ranço maior, que revelam justamente a grandeza desse partido e a sua real contribuição para o processo democrático de nosso país.
Foi no clamor das ruas por liberdade, por mudanças mais consistentes que contemplassem as necessidades dos trabalhadores que surgiu o PT. Antes de sua criação, política era coisa de bastidores ou de coronéis, que mandavam e desmandavam em seus currais eleitorais.De lá para cá, a sociedade como um todo passou a acompanhar, mesmo que ainda superficialmente, a vida do país.E até os outros partidos foram se firmando no bojo do crescimento do Partido dos Trabalhadores.
A militância desse partido passou a ser” a menina dos olhos” de todos os outros, o sonho dourado das agremiações partidárias.Afinal, quem não queria uma militância forte, determinada e radical? Radical como devia ser num dado momento histórico, pois não se mudam os rumos de uma nação sem radicalidade.
Então, nessa análise superficial, quero dizer que chamar quem defende o bem-estar de todos, quem defende uma política de fato inclusiva, quem não aceita um governo voltado para os sulistas ou para qualquer grupo em detrimento de outros de “esses petistas” é um reducionismo eivado de preconceito que só confirma que temos muito que avançar em nosso debate político.
No Brasil moderno a gente precisa aprender a conviver com as diferenças de credo, raça, gênero ,orientação sexual e de pensamento político.Somos uma nação mestiça , de uma diversidade cultural riquíssima, não dá, pois, para continuar dividindo uma nação entre o que “esses petistas” querem e o que os não-petistas desejam.O Brasil é muito maior do que essa dicotomia.
Ah, quanto ao PT, tenho muito orgulho de ter contribuído para a sua fundação.E me orgulho muito mais em perceber que muitos anos depois ,ele continua fazendo a diferença no sentido de transformar o Brasil num país de todos, apesar dos erros, apesar dos descaminhos.Afinal, em época de globalização, onde existe um purismo ideológico?
Quem gosta de um dedinho de prosa de vez em quando já deve ter ouvido por diversas vezes que política, futebol e religião não se discutem.Sempre foi assim. Alguns assuntos menos digeríveis, que podem causar polêmica, são deixados de lado pela maioria em nome do bom-senso e da paz artificial.E como já não temos a prática do bom debate, a situação torna-se ainda mais caótica, pois se passamos a expor nossas opiniões podemos nos preparar para os desentendimentos e generalizações quase sempre grosseiras e improcedentes.
Durante todo esse período de campanha eleitoral ,pude comprovar o quão difícil é a aceitação do pensamento divergente.Várias vezes recebi nos comentários alusivos aos meus artigos políticos a pecha de petista, como se posicionar-se em favor do governo, defender a candidata da situação fosse sinônimo de petismo.Ora bolas, a política ideológica no país já se arrefeceu há um bom tempo. Além do mais, grande parte de nosso eleitorado não é vinculado a nenhum partido político.Vota-se por vários motivos e muito menos pelo partidarismo.
O problema é que as pessoas não estão acostumadas com o confronto de ideias.Elas expõem o seu ponto de vista e pronto.Falam sozinhas, como se estivessem diante de um espelho.Se aparece alguém contradizendo, a coisa complica.Nunca vi ninguém tentar ofender o outro chamando-o de peessedebista, ou petebista.Claro que os neologismos bem criativos surgiram nessa campanha como demotucanos, demoníacos e outros, mas a força de expressões ligadas ao PT ainda são detentoras de um ranço maior, que revelam justamente a grandeza desse partido e a sua real contribuição para o processo democrático de nosso país.
Foi no clamor das ruas por liberdade, por mudanças mais consistentes que contemplassem as necessidades dos trabalhadores que surgiu o PT. Antes de sua criação, política era coisa de bastidores ou de coronéis, que mandavam e desmandavam em seus currais eleitorais.De lá para cá, a sociedade como um todo passou a acompanhar, mesmo que ainda superficialmente, a vida do país.E até os outros partidos foram se firmando no bojo do crescimento do Partido dos Trabalhadores.
A militância desse partido passou a ser” a menina dos olhos” de todos os outros, o sonho dourado das agremiações partidárias.Afinal, quem não queria uma militância forte, determinada e radical? Radical como devia ser num dado momento histórico, pois não se mudam os rumos de uma nação sem radicalidade.
Então, nessa análise superficial, quero dizer que chamar quem defende o bem-estar de todos, quem defende uma política de fato inclusiva, quem não aceita um governo voltado para os sulistas ou para qualquer grupo em detrimento de outros de “esses petistas” é um reducionismo eivado de preconceito que só confirma que temos muito que avançar em nosso debate político.
No Brasil moderno a gente precisa aprender a conviver com as diferenças de credo, raça, gênero ,orientação sexual e de pensamento político.Somos uma nação mestiça , de uma diversidade cultural riquíssima, não dá, pois, para continuar dividindo uma nação entre o que “esses petistas” querem e o que os não-petistas desejam.O Brasil é muito maior do que essa dicotomia.
Ah, quanto ao PT, tenho muito orgulho de ter contribuído para a sua fundação.E me orgulho muito mais em perceber que muitos anos depois ,ele continua fazendo a diferença no sentido de transformar o Brasil num país de todos, apesar dos erros, apesar dos descaminhos.Afinal, em época de globalização, onde existe um purismo ideológico?