FORAM APENAS SEIS MINUTOS... Este Atraso pode lhe custar horas, o até o dia, ou quem sabe no que mais pode dar?

Estou referindo-me a deficiente operação executada pela CCR Barcas, que a cada dia se mostra mais deficiente e incompetente.

Sou usuário deste transporte, desde que fixei minha residência RJ a 8 anos. Resido parte de minha vida em Niterói e parte na Ilha de Paquetá e adoro a ambos locais.

Estou aqui para relatar, o despreparo, para não dizer o descaso, de como são tratadas a condições funcionais das barcas. No relato a seguir; tento instigar sua percepção e raciocínio para uma posterior analise imparcial e inequívoca sobre esta estrutura.

Em 26/10/13, Embarquei, na Praça Araribóia (Niterói) às 11:00 Hs, com destino a Praça XV, (Rio) em barca convencional (velha) com intenção de embarcar às 11:30 Hs, na Barca com destino a Paquetá.

Durante o trajeto que durou 35 minutos, 8 dos quais com a nau, praticamente parada próxima ao píer aguardando local para realização da atracação.

Fui o primeiro a desembarcar, e notei que a barca com destino a Paquetá ainda estava na ponte eram 11:36 Hs, ainda haviam pessoas embarcando. Tentei negociar meu embarque sem passar pelas roletas (exceções desse tipo eram abertas antes da CCR) com a funcionária da ponte, que irredutível e insensível à realidade, inclusive acenando negativamente ao moço de convés com quem eu tentei conversar demonstrando sua autoridade, e reafirmando que somente seria permitido embarque de quem tivesse passado pelas roletas, que para informação, são travadas automaticamente exatamente no horário de embarque ou seja já estavam travadas no momento.

Tentei ainda conversar com o Funcionário da Agetransp, que estava presente, mas de saída para o almoço, que me informou não possuir poder de ingerência nas operações e indicando que eu deveria formular reclamação formal ao ocorrido. Fui até as catracas de Paquetá, lá encontrei duas pessoas que também não haviam logrado seu embarque pois as roletas haviam sido travadas religiosamente e corretamente às 11:30Hs. Tentei retornar pela saída para realizar minha reclamação, fui impedido pelo vigilante que é instruído a não permitir o retorno de usuários pelo corredor de desembarque. Entrei novamente pelas catracas com destino a Niterói sendo meu acesso pago, e formulei formalmente minha reclamação junto sala de operação da ponte descrevendo minuciosamente o ocorrido e oficiado junto ao encarregado de operações da ponte.

Cinco dias depois, recebo um e-mail do responsável pelo SAC da CCR com uma resposta padrão afirmando que não existiram atrasos neste e que as barcas operam obedecendo pontualmente seus horários ou seja, Minha reclamação não foi considerada como verídica ou fundamentada. Respondi ao e-mail solicitando ao remetente que mesmo que revisse suas afirmações, pois não acreditei que minhas palavras foram lidas ou foi dado qualquer conhecimento às mesmas. Ainda não tive resposta. Seria suficiente para mim, um pedido de desculpas e o reconhecimento do atraso. Nada mais seria questionado, reclamado ou publicado.

Ontem, 10/11/13, embarquei em Na Praça Araribóia com destino à Praça XV, na barca (Catamarã Ingá) das 11:20 Hs, que já largou do píer às 11:26Hs sendo eu informado por uma usuária que houvera atraso na embarcação anterior. Como você pode prever esta barca também sofreu mais um atraso por falta de local no píer para a atracação, sendo o desembarque iniciado somente às 11:46Hs. Isso quer dizer que as roletas de Paquetá já se encontravam travadas às 11:45Hs. Porém nesta, segunda vez, não procedi como da anterior, e entrei diretamente no SAC, para formalizar a reclamação.

Ao falar com os atendentes, que argumentavam não haver qualquer atraso registrado questionei como era então possível explicar minha presença naquela sala e questionei de onde saiam aquelas pessoas oriundas da referida barca que transitavam diante da sala rumo ao corredor de saída sem explicação plausível, uma funcionária do SAC resolveu chamar o Chefe da estação que prontamente veio a sala, com a mesma posição firmada pelos funcionários com quem eu já havia conversado. O fato inacreditável foi que o mesmo afirmou que eu havia perdido a barca porque estava na sala postulando minha posição, sendo que a barca de Paquetá ainda estava atracada no píer às 11:53Hs esquecendo-se o mesmo que as roletas travam automaticamente às 11:45Hs, retruquei questionando se ele me embarcaria me pegando pela mão, visto que de qualquer outra forma o embarque seria impossível. Bem o homem saiu da sala sem mais nada a argumentar, depois de minha contundente afirmação, de que os números referentes a atrasos, eram manipulados. Exigi então que me fosse fornecido um documento comprobatório de atraso, que uma Funcionária se dispôs fornecer. Foi me fornecido um atestado de Seis Minutos. Nesse Interim, entra na sala do SAC o Responsável penso eu pelo atendimento, ou seja o homem que me enviou o e-mail com a resposta padrão que afirma que as barcas nunca se atrasam. Ao identifica-lo não omiti minha opinião e questionei se ele estava a par dos acontecimentos, e o mesmo, reafirmou desconhecimento de causa, informei-o de outra agravante, como não havia fotografado não tinha como comprovar, mas nesse dia, a previsão de viagem era informada nos painéis com a duração de 13 minutos, fato comprovado por ele que solicitou imediata correção. Tudo é conversado e falado dentro da sala, porém não há por parte de ninguém um pedidos de desculpas em nome da empresa. Atitude orientada por psicólogos ou orientadores de serviços de reclamações para gerar dentro do reclamante um sentimento de culpa ou de auto rejeição.

Quero crer, que estas pessoas que são usadas neste seguimento, sejam somente destreinadas ou despreparadas, jamais quero pensar que haja má fé ou objetivos escusos, na defesa de seus empregos, me entristeceria muito se viesse a comprovar essa postura. Entendo que em realidade os números relativos as estatísticas são manipulados com ordens de superiores cujos objetivos são mostrar à opinião pública um quadro de saneamento total das dificuldades, promovendo o esquecimento de nosso povo quanto a escabrosa votação onde a grande maioria de nossos vendidos deputados foram reunidos na calada da noite na famosa concessão que mereceu até uma CPI, que como outras tantas que foi relegada ao ostracismo.

Mas em contrapartida, quero exigir que meus direitos como cidadão, cliente, consumidor de serviços seja respeitada. Embora sabendo que não posso contar com nenhum órgão do serviço Público. Os Servidores sérios, são intimidados, políticos não querem se expor. A Justiça é meramente ilustrativa nestes casos, e sucumbe diante do poder dos interesses políticos e econômicos.

Sem saber como reagir, solicito que alguma luz me ilumine, e minha índole pacifista não permita meu ingresso à reação underground, que hoje reconhecidamente, tem seu crescimento fomentado por fatos como o relatado e que posicionam e justificam sua violência contra instituições que em suas práticas repressivas, sob a legitimidade forjada pelos nossos Representantes Legislativos, com total aval de nosso Poder Executivo mantém-se intrinsecamente insensíveis e fechadas às insatisfações populares.

Estando nosso povo relegado a condição de vítima de um processo controlador, temo que meu simples relato me inclua num rol de ativista ou incitador de terrorismo, ou coisa pior. Mas minha consciência e cidadania não deixa calar e chamo a sua reflexão para o que seis minutos de irresponsabilidade de outrem podem causar em sua vida.