Novamente "acabou em pizza"

Um episódio lamentável, novamente nos fez repensar sobre o real significado da política. Os políticos sorrateiros, novamente reiteraram um termo, já bastante conhecido no meio político e pelos brasileiros: "Acabar em pizza". O termo surgiu numa reunião dos dirigentes da Palestra Itália, hoje Palmeiras, clube de futebol de São Paulo fundado por imigrantes italianos. As discussões foram acirradas e os ânimos exaltaram-se, numa gritaria bem à moda italiana. Os participantes só não foram para as vias de fato porque houve a intervenção da turma do deixa disso.

Com o sucesso dos opositores, acabaram todos indo ao bairro do Brás e celebraram as pazes comendo uma deliciosa pizza. E a própria palavra que está na boca de todos tem a sua origem: "Pizzo em italiano é canto, o pedaço da ponta da massa do pão". Foi assim, que novamente, após uma segunda votação, vereadores paulistas se debateram e se opuseram na noite desta terça-feira (29), numa sessão que estava programada para acontecer na quarta-feira, mas foi antecipada para evitar protestos. A sessão que aprovou aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em 2014. O projeto segue, agora, para sanção do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). A votação teve 29 votos a favor e 26 contra. Após a aprovação do aumento, os vereadores da câmara pediram várias pizzas, e assim o plenário se transformou em um verdadeiro rodízio, literalmente. Onde cada um quis garantir sua fatia, para comemorar a tão almejada vitória. Mas afinal, qual o objetivo de tanta felicidade? O petista Haddad, novamente pôs seu interesse acima das necessidades da população, próprio de sua má administração, que fez com que a educação continuasse estagnada no cruel patamar que atrasa o desenvolvimento da capacidade intelectual do brasileiro. A proposta do ex-ministro da educação, trará grandes consequências seguido pelo aumento significativo, conforme o texto aprovado prevê reajuste em 2014 limitado que custará aos credores, uma significativa elevação da receita anual da prefeitura próxima de R$ 4 bilhões daqui a quatro anos, um valor bastante expressivo diga-se de passagem. O imposto que já arrecada um valor alto e exacerbado, provocará bastante impacto em futuros e atuais negócios voltados para construção e para a habitação, na cidade de São Paulo. Afinal, depois de tanta especulação e pouco debate, a covarde votação que aconteceu às escuras para ceder à pressão popular que vem se intensificando desde os grandes protestos de Junho de 2013, mais uma vez a nação brasileira se vê ridicularizada e enganada por àqueles que deveriam desenvolver ações que melhorassem de forma significativa a vida dos cidadãos trabalhadores que juntos formam a principal engrenagem do motor do "desenvolvimento" tardio do país. Esse episódio só foi mais uma metáfora descarada da real ambição desses fajutos roedores que ferem à integridade governamental, que a tempos vem se mostrando defasada e onipotente por esses seres inúteis e desonestos. Daqui a um ou dois anos, provavelmente meus caros leitores, os senhores irão assistir nos telejornais, escândalos e denúncias de superfaturamento de verba pública, oriundos desse aumento desnecessário, proveniente de um atual esquema de subtração de capital que seria notável e expressivo se fosse aplicado de forma certa e coerente. Enquanto isso continuemos sobrevivendo nesse país de tantos contrastes e que se agrava cada vez mais, pela ausência do retorno desses impostos abusivos que acabam enchendo os bolsos e as cuecas desses ínfimos governantes.