A LUZ DE ALERTA DO PT ACENDEU

Se vivêssemos num país de partidos ideológicos, diríamos que os socialistas e a sustentabilidade fecharam uma aliança. Como vivemos num país politicamente de oportunistas, Eduardo Campos e Marina Silva, vislumbram apenas uma chegada ao segundo turno. Eles fizeram o que todos fariam.

Mesmo assim, a aliança sacudiu a política nacional. É a novidade que muitos esperavam. Aqueles que como eu, já se cansaram da polarização entre tucanos e petistas. Vinte anos é demais. Tomara que a hora do basta finalmente tenha chegado.

Vamos ver se os eleitores sempre descontentes com tudo e com todos, principalmente aqueles que foram, e estão nas ruas, cheguem à conclusão que mudar, às vezes, é preciso e faz bem. Afinal, e sei que muitos concordarão comigo, nada temos a perder.

Com o cenário que eles próprios ajudaram a criar, a luz de alerta do Partido dos Trabalhadores acendeu. Não podendo contar com sua própria sigla, todos acreditavam que Marina Silva migraria, outra vez, para qualquer partido nanico.

Até o ex-presidente e agora primeiro-ministro do governo de Dilma Rousseff, foi pego de calça curta. A seus interlocutores, Lula disse que agora Eduardo Campos é uma ameaça em potencial. Não que os petistas temam uma derrota. A vitória poderá ser mais suada do que todos esperavam. Um segundo turno quase inevitável e desgastante.

O discurso de campanha dos petistas já é conhecido. O jogo sujo como sempre, ainda será jogado contra os tucanos. E se precisar, o que eles dirão de ruim sobre Eduardo Campos? Um ex-ministro de Lula, e aliado do governo até o mês passado. Marina Silva também foi ex-ministra do mesmo governo. O vice-versa também é válido. O que Marina e Campos poderão falar de mal do governo petista?

Dizer que teremos uma eleição mais limpa, e com menos acusações é um sonho. Mas, não deixa de ser uma expectativa possível. Eduardo Campos vem ganhando pontos entre os empresários. A sustentabilidade de Marina Silva poderá convencer os jovens a aderir. Seria um embate entre crescimento e futuro, versus estagnação e carência de perspectivas.

Pela primeira, o curral eleitoral petista sofrerá alguma ameaça de divisão. Em 2014, os votos da Região Nordeste, serão disputados como se fossem pingos de chuva.

Agora temos novos protagonistas, e um redesenho político. De repente, a incógnita foi parar no colo do PSDB. Será que Aécio Neves e os tucanos, se conformarão em assistir o jogo do banco de reservas. Todos perguntam quem encabeçará a chapa. Eu tenho uma pergunta mais interessante. Num eventual segundo turno entre Aécio e Dilma, em qual canoa a aliança embarcará? O Brasil está cansado de políticos encima do muro.