“Maria-vai-com-as-outras”

Por Fabiano Sousa

P_ Algumas expressões populares que utilizamos frequentemente parecem não ter sentido lógico. Na verdade, poucas vezes paramos para pensar o porquê falamos assim: “Casa da mãe Joana”, “Maria-vai-com-as-outras” e “Inês é morta”? Quem foram estas mulheres dos ditos populares da língua portuguesa. Dizer que uma pessoa é “Maria-vai-com-as-outras” significa que ela é facilmente influenciável e se deixa levar pela opinião de outras. A “Maria” da expressão é Dona Maria I, rainha de Portugal no final do século XVIII. Ela é conhecida tanto como “A Piedosa” - por sua devoção religiosa - como por “A Louca” – por ter sofrido uma doença mental após a morte de um dos seus filhos. Por causa de sua condição mental, D. Maria vivia reclusa e só saia acompanhada de damas – as outras da expressão.

A_ Assim acontece também com os eleitores. Meses atrás, as manifestações tomaram conta das ruas do país, por melhores condições, principalmente no transporte público, qualidade de atendimento nos hospitais públicos e contra a corrupção, as pesquisas mostravam a queda de popularidade da Presidenta e os principais governantes, Pouco tempo depois esses mesmos contestados, agora nas pesquisas de intenção de votos para as próximas eleições se apresentam nos primeiros lugares. Por que?

C_ Não existe uma lógica, caro colega e blogueiros. Realmente vivemos em uma sociedade facilmente influenciável, com preguiça de raciocinar o que é melhor para si ou por vergonha de expor suas ideologias, prefere escolher o voto do colega ao lado, pegar o santinho do chão a poucos metros da sala de votação ou ainda pior, acreditem, ainda hoje, existem pessoas que vendem seus votos por migalhas.

A_ Na pesquisa realisada. pelo Ibope, no ultimo dia 26, a avaliação positiva do Governo Dilma subiu 8 pontos, alcançado 37%, consideraram o governo "ótimo" ou "bom". E a pesquisa de intenção de votos para as próximas eleições, Dilma, abriu vantagem em cima dos principais concorrente, Marina Silva teria 22 pontos de diferença a menor e Aécio Neves perderia a disputa com 24%.

C_ Moramos mesmo, “ na casa da mãe Joana”!!!

P_ “Casa da mãe Joana” é uma expressão popular que significa "o lugar onde todos mandam", sem organização, onde cada um faz o que quer A expressão teve origem no século XIV, segundo Câmara Cascudo (historiador, antropólogo, advogado e jornalista) foi criada graças a Joana I , rainha de Nápolis e condessa de Provença, que viveu entre 1326 e 1382. Teve uma vida conturbada e mudou de residência para Avignon, na França. Afirmam que esta mudança ocorreu porque se envolveu em uma conspiração em Nápoles indicando que Joana foi exilada pela Igreja por viver de uma forma sem regras e permissiva, quando tinha 21 anos. Joana normatizou os bordéis da cidade onde vivia refugiada, criou certas regras para impedir que alguns frequentadores agredissem as prostitutas e saíssem sem pagar. Para as meretrizes, Joana era como uma mãe e por isso os bordéis eram conhecidos como "casa da mãe Joana". passou a significar o lugar onde cada pessoa faz o que bem entende, sem respeitar nenhum tipo de normas.

C_ Perfeitamente o espelho do Brasil, também poderíamos chama de “Zona”.

A_ “Babosa”, tantas pessoas pediram para ser candidato, por acreditar nas suas ações, bom comportamento e como conduziu o julgamento do “Mensalão”, mesmo que, “ainda”, não tenha sido concluído o caso, por pura preciosidade de alguns insanos e jamais poderemos pensar "agora, Inez é morta". Diz-se quando queremos expressar que já é tarde demais? Ela vem da triste história da dona Inês de Castro (amante de Pedro I), que viveu em Castela, Portugal, muitos anos atrás. Conta-se que o príncipe punha a navegar pequenos barquinhos de madeira onde depositava cartas de amor. A morte de Inês poderia afastar tantos riscos políticos. Em 7 de janeiro de 1355, os três asseclas do rei Dom Alfonso partiram para Coimbra e encontraram Inês sozinha, pois Pedro havia saído para caçar. Eles a degolaram impiedosamente, alguns anos depois desde que fora coroado rei, Dom Pedro I, mandara prender nas masmorras os executores de sua rainha. E sempre que descia a fim de torturá-los mais um pouco, eles gritavam por clemência - Perdão, el-rei! perdão, el-rei!,Ao que Dom Pedro respondia, invariavelmente - Agora é tarde; Inês é morta.

A_ Nunca é tarde para a população aprender a importância de uma eleição, para depois saber cobra. Não interessa se o candidato é do partido verde, vermelho ou azul, o que realmente importa é o seu histórico, programas de governo e a sua honestidade. Vamos alterar os ditos populares na política brasileira,: “Os ignorantes, que acham que sabem tudo, privam-se de um dos maiores prazeres da vida: aprender”, não é mesmo Presidenta.