Dilma, a Primeira...de muitas.
Nunca na história desse país, uma mulher foi a primeira mulher em tantas situações diferentes. Dessa vez, a Presidenta Dilma foi a primeira mulher a abrir a Assembléia Geral da ONU. E tirando o vestido usado, ela não fez feio. Recebeu até aplausos ao defender uma cadeira para que a Palestina tenha representação. Quem não gostou nadinha foi o Obama.
Desde 1947, que o discurso inicial na Assembléia Geral das Nações Unidas é confiado a liderança brasileira. Oswaldo Aranha foi o primeiro dos primeiros, e Dilma, como já mencionado, foi a primeira. Falou a respeito da crise econômica, e criticou a política administrativa dos países ricos. E até ofereceu “ajuda” para recuperar a economia global.
A Presidenta foi segura e portou-se como uma Estadista (por favor, não quero cair no clichê da nomenclatura: Dama de Ferro). Defendeu a entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, e também a criação da ONU Mulher, que de acordo com sua fala deveria ter Michelle Bachelet à frente da organização.
Mas o ápice do seu discurso foi ocorreu ao afirmar que o Brasil reconhece o Estado Palestino, e que Israel terá a paz que tanto deseja, quando os palestinos obtiverem soberania e liberdade. Foi aplaudida por palestinos e contrariada por Obama, que a sucedeu e falou que as Nações Unidas não devem interferir nessa questão, pois trata-se de um diálogo direto entre Israel e Palestina.
Dilma vem demonstrando intrepidez em seu mandato. Durante a sua candidatura em 2010, os opositores apontavam para uma inexperiência que poderia prejudicar o Governo. Porém nesses nove meses (tempo de uma gestação, ocasião simbolicamente feminina) a Presidenta “tirou de letra” todas as desconfianças e afastou a ideia de que seria manipulada pelos “grandões” do seu partido, o PT. Até aqui tem feito um bom trabalho.