“A CIDADE...” EM ARISTOTELES.

“A CIDADE...” EM ARISTOTELES.

Estive pensando sobre o dito de Aristóteles em “A Política” quando fala sobre “A Cidade...”, e me vi motivado por um forte desejo em tratar do pensamento dele em um breve comentário, de forma que levasse os leitores a uma determinada compreensão política a partir da filosofia em sua reflexão. Acredito que Aristóteles ao pensar sobre o cidadão em seus direitos e deveres correspondente à cidade em seu ajuntamento como comunidade cívica e em sua estrutura como detentora de poder, deve ter percebido em sua forma um objeto político. Ao pensar sobre, quis trabalhar na mente humana em sua significação individual de indicação a duas situações seqüenciais: Estado de liberdade e defesa da justiça; domínio de governo e construção da paz; capacidade de influencia na extensão de sua autoridade com busca e cumprimento do bem estar comum. Por tudo, ele classificou dizendo: “A Cidade... A Cidade somos nós!”. Não existe o poder que se mantenha para a busca do bem estar de uma comunidade quando não se reflete sobre a influencia e autoridade de seus governantes que lhes representam a conquista de um determinado fim. Não existirá paz duradoura sobre a comunidade quando o cume em seu governo é incompatível com os interesses do povo em sua base. A liberdade de expressão só é válida quando estiver firmada em um testemunho da verdade em sua justiça. Aristóteles não primava por uma ideologia que devesse ser vivida pelo cidadão, mas por uma experiência de grupo em ser com o outro o que as obrigações cívicas exigem que sejam; em ser para o outro o que os deveres morais exigem que sejam; em desfrutar com o outro dos privilégios que o Estado proporciona de bem e felicidade impulsionado pelo cumprimento da lei moral em sua política. Porque não seria apenas uma ideologia pregada? Que de tanto problema poderia Aristóteles identificar numa, apenas ideologia? Acredito que a ideologia o tanto que impulsiona o individuo a um querer estar de bem consigo mesmo, promove, em sua grande maioria, uma camuflagem do que ele é em si mesmo. Isso, provavelmente em resultado de pela desculpa da força impositora em suas crenças; ou ainda decorrente de suas carências pessoais ao que tem em si e vê do que se projeta como possibilidade a partir da ideologia; ou, também, por sua ignorância ao que seja certo ou errado; e, finalmente, de fluxo das opiniões emanante das percepções por indicação do seu descomunal desejo de gozo ao prazer pessoal. É certo que uma comunidade, figurada por Aristóteles como “Cidade”, espera do sujeito político o melhor de si para promover continuidade e ou progresso ao seu bem estar. Então, não deve interessar a ela, de quanto ele, o sujeito político, conheça cada individuo como pessoa da comunidade, mas o quanto este sujeito faça para ele como cidadão desta comunidade. Ao tratar de “A Cidade...”, acredito que Aristóteles pensou numa extensão de liberdade e justiça, de governo e paz, de influencia e autoridade, e de cumprimento de ações e desfrute do bem estar, como sendo um direito e dever de todos que fazem parte da “Cidade”, como uma comunidade Política Moral. Que a cidadania pensada, seja mais do que um objeto de desejo do que o Estado possa proporcionar ao cidadão sob sua guarda. Mas, que a cidadania seja ainda, uma aceitação das obrigações inseridas a partir dos valores morais que residem em cada sujeito moral, a promover um bem estar comum a todos pelo que se deva fazer a partir de si mesmo com extensão ao outro.

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