CUBA - 50 ANOS DE COMUNISMO

                            CUBA – 50 ANOS DE COMUNISMO


CARACAS — O presidente venezuelano, Hugo Chávez, felicitou neste sábado (16 de abril) Cuba pelo 50º aniversário da vitória sobre a invasão da Baía dos Porcos e pela proclamação do socialismo, um caminho que, segundo o presidente, inspira desde então a América Latina.

A imprensa venezuelana divulgou o apreço, a parceria de Hugo Chávez com Fidel Castro, conforme nota acima, o que não aconteceu com outros chefes de estado, como os da China e da Coréia do Norte, últimos redutos da teoria marxista, que, segundo Chávez, é uma inspiração da América Latina, desde a vitória dos cubanos, na Baía dos Porcos, em 1961. Chávez, outro lunático, como Fidel, quer desenterrar os fósseis do comunismo da antiga União Soviética, dando-lhes um sopro vida, com palavras mágicas de pai-de-santo, na Venezuela.

Na verdade, a vitória do Ejército Rebelde, comandado por Fidel Castro, seria um episódio histórico e louvável, aplaudido que foi pelas nações democráticas, que sempre repudiaram os regimes ditatoriais, totalitários. Cuba seria dali para frente, um território livre, em que seu povo não sofreria mais as humilhações impostas pelos privilegiados bajuladores do governo de Fulgêncio Baptista. No entanto, aquela gente, com sorriso escancarado, cheio de esperanças, mergulhou, outra vez, noutro túnel, sem saída, do imperialismo castrista-comunista, imposto a um povo pobre, despolitizado da ilha caribenha.

O líder cubano Fidel Castro confirmou sua renúncia à liderança máxima do Partido Comunista de Cuba (PCC), seu último alto cargo político, ao pedir para ser excluído do Comitê Central, principal órgão da formação, em um artigo publicado nesta terça-feira (19).

Fidel se afasta, conforme noticiado pela imprensa cubana, da liderança do PCC, o que não lhe tira o direito de “manipular” as decisões de Raúl Castro, seu irmão, que, tudo indica, ainda não se transformou num “diamante” lapidado, faltando-lhe ainda aquele “veneno” de cobra-criada que é, e que foi Fidel Castro. Raúl, munido de todos os poderes, agora, não ditará ordens a seu bel-prazer sem o crivo, sem o ‘decrete-se’ de Fidel. E, contudo, com certas aberturas proclamadas no VI Congresso do PCC, Cuba continuará, sem soluções concretas, para tirá-la da estagnação por que sempre vem experimentando. Essa abertura não significa, primeiro, liberdade de imprensa, liberdade de ir e vir do cidadão cubano, que continuará atrelado ao racionamento de produtos alimentícios, com as mesmas quotas que recebem em mercados, que são instituições administradas por funcionários do governo. O livre comércio nunca existiu. E não será agora que iniciativas privadas renasçam, dando margem até a capitais estrangeiros, criarem centros de comércio, com armazéns e, se possível, supermercados. A própria vestimenta do cidadão de cuba, incluindo calçados para homens e mulheres, não acompanhou o estilo criado nos países desenvolvidos, em que estilistas ditam moda, aguçando o instinto natural da vaidade da mulher. Ali prevalecem os padrões dos ‘estilistas’ do governo. Nada mudou. A mulher cubana não teve, até hoje, o direito de ser vaidosa.

O que Cuba produz e exporta, principalmente, níquel, açúcar e os famosos charutos cubanos, incluindo-se também alguns produtos farmacêuticos, não equilibra a balança comercial com a importação de 79% dos alimentos que consome. O turismo, ainda acanhado, engatinhando, contribui em parte para a entrada de divisas para os cofres do governo, já que não existem agências privadas explorando esse ramo de negócio. O estado cubano – comunista - continua sendo o dono de tudo. E, incontestavelmente, até da vida de cada um dos 11.200.000 habitantes da Ilha, com um território de 114.525 Km.
Pablo Calvo
Enviado por Pablo Calvo em 21/04/2011
Código do texto: T2921853
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