Eleições 2010: Democracia e Liberdade burguesas.
Dia 3 de outubro de 2010, data das eleições para Presidente, Deputados (federal e estadual), Senadores e Governadores em nosso país. Que legal? Momento democrático, no qual podemos escolher e direcionar nosso futuro e depositar nossas esperanças de uma vida melhor em pessoas que acreditamos serem dignas de nossa ignorância! É. Não estou sendo pessimista ou visceral, apenas acredito que a partir do momento em que somos obrigados a votar já não há democracia nem liberdade. E quando as eleições presidenciais se apresentam polarizadas também me dá indícios de que não existe poder do povo algum. Temos de decidir entre a privatização tucana e o enriquecimento dos bancos petista, e se quisermos podemos até inverter e trocar que ainda assim fará sentido, pois é uma ideologia só!
Hoje foi um dia de revolta! Meu dedo tocou várias vezes o zero na hora de votar. Anulei todos, exceto o presidencial, pois creio numa superação de Sistema. Não que acredite que isso ocorrerá por meio das eleições tão manipuladas quanto a que temos em nosso país, mas meu voto no Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) é minha manifestação por uma sociedade na qual o crescimento econômico seja dos trabalhadores e não de meia dúzia de banqueiros.
Fico admirado com o que acontece em meu Estado. Alagoas, o Estado mais violento e cheio de outros problemas que estão quase se tornando incuráveis, assim como no Rio de Janeiro, consegue ter um povo capaz de votar em Collor, Teotônio Vilela e Ronaldo Lessa! Não sei onde vamos parar. Será que teremos que viver dentro de nossas casas por conta de um governo sem segurança, sem emprego, com ataques aos trabalhadores constantes ou teremos de retirar nossas economias das poupanças para que não às surrupiem novamente? Se bem que dessa vez é para governador, “eLLe” não tem esse poder, teoricamente, mas é sempre bom tomar precauções e colocar tudo naquele velho porquinho!
Vivemos num país em que nós, muitas vezes, não votamos naquele que apresenta propostas ou que apresenta o que já fez em benefício do povo, mas sim pelo que o cidadão lá não fez. Ou seja, se ele não roubou, se ele não matou, se ele não tem dólar na cueca, se ele não desvia dinheiro público... Poderia listar vários “ses”, mas o texto se tornaria extenso e pesado demais.
Creio que ainda estamos distantes do significado da palavra Democracia. Talvez nunca tenhamos “degustado” dela, vivemos uma pseudo liberdade, na qual acreditamos que podemos mudar nossas vidas por meio de eleições de cartas marcadas. O voto é secreto, mas já sabemos quem vai ganhar a meses!