Preto no branco
E a Tailândia perdeu seu rei. Bhumibol Adulyadej, 88 anos, 70 deles de reinado. Diante do branco total no país, luto oficial de 3 anos, no primeiro dos quais, todo cidadão tailandês deve usar roupa preta.
Embora não governasse, reinava, venerável. Todo respeito lhe era devido, uma divindade. Qualquer deslize por parte de seus súditos que fosse interpretado como desrespeito ou insulto, o imputado era punido, com severidade, bem entendido.
O país, que foi chamado também Reino de Sião, jacta-se de ser o único em toda a vizinhança de ter sido o único nunca ocupado por uma potência estrangeira. Nada obstante, não deixou de ser explorado: acantonou tropas norte-americanas por longos anos na torpe campanha para a destruição do Vietnã, e se entregou à luxúria a tal ponto que passou a ser visto por muitos como o reino da libertinagem universal, atraindo a droga, de cambulhada.
São antiquíssimas, diversificadas e riquíssimas as raízes da história tailandesa, centro turístico excepcional. Habitado por cerca de 68 milhões de habitantes, tem na capital Bangkok sua cidade principal, com seus 6,3 milhões de habitantes, elefantes excluídos.
Duas cenas me chamaram a atenção, de forma excepcional, em breves vezes que por lá passei: um Primeiro-Ministro, ao assumir o cargo, entrou para a audiência com Sua Majestade - cena mostrada na tv - de torso nu, e rastejando, para demonstrar sua subserviência ao monarca. Isso no final dos anos 80.
Doutra feita, numa ilha turisto-paradisíaca local, rodando de jipe por suas sinuosas estradinhas, deparei-me com algo inusitado: um elefante num quintal de uma casinhola, cercado de bambu. O bicho parecia assumir proporções gigantescas, ou o quintal era pequeno demais?