Fratelli d'Italia
Tive a satisfação de ouvir recentemente, ao vivo, a execução do hino nacional da Itália. Maravilha, a composição de Goffredo Mameli, patriota daquele país, que não chegou a completar 22 anos de passagem nesta terra. O hino de Mameli, que data de 1847, logo incandesceu a península, que veio a unificar-se em 1870. Seguem abaixo sua letra e a respectiva tradução em português, que acho que nossa querida Hull de La Fuente aprovaria de vez.
Essa famosa marcha popularizou-se muito recentemente com as sucessivas e intermináveis vitórias de Michael Schumacher na Fórmula Um, a bordo de sua Ferrari - com o nosso Rubinho quase sempre a segui-lo, quiçá, pensando também só naquilo...
Sem a batuta do alemão, contudo, foi que voltei a ouvir a dita marcha, executada desta vez pela voz possante e entusiástica de uns jovens recuperantes do sistema prisional de Nova Lima, MG, que encontraram na música uma forma de aliviar suas penas e de reinserção à sociedade. Conquistaram a platéia com a vibração de sua voz, que agora conquistem sua própria liberdade - usando, porém, só as cordas vocais como arma.
Fratelli d'Italia
Fratelli d'Italia
L'Italia s'è desta,
Dell'elmo di Scipio
S'è cinta la testa.
Dov'è la Vittoria?
Le porga la chioma,
Ché schiava di Roma
Iddio la creò. (bis)
Stringiamci a coorte
Siam pronti alla morte
Siam pronti alla morte
L'Italia chiamò. (bis)
Noi siamo da secoli
Calpesti, derisi,
Perché nom siam popolo,
Perché siam divisi.
Raccolgaci un'unica
Bandiera, una speme:
Di fonderci insieme
Già l'ora suonò. (bis)
Stringiamci a coorte
Siam pronti alla morte
Siam pronti alla morte
L'Italia chiamò. (bis)
Uniamoci, amiamoci,
l'Unione, e l'amore
Rivelano ai Popoli
Le vie del Signore;
Giuriamo far libero
Il suolo natìo:
Uniti per Dio
Chi vincer ci può? (bis)
Stringiamci a coorte
Siam pronti alla morte
Siam pronti alla morte
L'Italia chiamò. (bis)
Dall'Alpi a Sicilia
Dovunque è Legnano,
Ogn'uom di Ferruccio
Ha il core, ha la mano,
I bimbi d'Italia
Si chiaman Balilla,
Il suon d'ogni squilla
I Vespri suonò. (bis)
Stringiamci a coorte
Siam pronti alla morte
Siam pronti alla morte
L'Italia chiamò. Sì! (bis)
Son giunchi che piegano
Le spade vendute:
Già l'Aquila d'Austria
Le penne ha perdute.
Il sangue d'Italia,
Il sangue Polacco,
Bevé, col cosacco,
Ma il cuore le bruciò. (bis)
Stringiamci a coorte
Siam pronti alla morte
Siam pronti alla morte
L'Italia chiamò. Sì! (bis)
Irmãos da Itália
Irmãos da Itália,
A Itália acordou,
Um elmo de nobre
Cingi sua cabeça.
Onde está a vitóri
Deixe-a curvar-se
Que é escrava de Roma
Deus a criou. (bis)
Estreitamo-nos em corte
Estamos prontos para a morte
Estamos prontos para a morte
A Itália chamou. (bis)
Nós fomos há séculos
Pisados, escarnecidos,
Porque não éramos povo
Porque estávamos divididos.
Recolha-nos uma única
Bandeira, uma esperança
De fundirmo-nos juntos
Já a hora chegou. (bis)
Estreitamo-nos em corte
Estamos prontos para a morte
Estamos prontos para a morte
A Itália chamou. (bis)
Unimo-nos, amemo-nos;
A união e o amor
Revelam aos povos
As vias do Senhor.
Juremos libertar
O solo nativo:
Unidos por Deus,
Quem pode nos vencer? (bis)
Estreitamo-nos em corte
Estamos prontos para a morte
Estamos prontos para a morte
A Itália chamou. (bis)
Dos Alpes à Sicília
Qualquer lugar é Legnano,
Todo homem de Ferruccio
Tem o coração e a mão,
As crianças da itália
Se chamam Balilla,
O som de cada sino
Às vésperas tocou. (bis)
Estreitamo-nos em corte
Estamos prontos para a morte
Estamos prontos para a morte
A Itália chamou. Sim! (bis)
São juncos que dobram
As espadas vendidas:
Já a águia da Áustria
As penas perdeu.
O sangue da Itália,
O sangue polonês,
Bebeu com cossaco,
Mas o coração lhe queimou. (bis)
Estreitamo-nos em corte
Estamos prontos para a morte
Estamos prontos para a morte
A Itália chamou. (bis)