O QUE É ... R E S I L I Ê N C I A?
“Aprender, adaptar-se...Isso é ser resiliente. É ser flexível como um bambu, que mesmo diante das intempéries do tempo ou do vento, enverga, mas não quebra.”
No universo de ligas e de transformação de materiais da físico-química, a resiliência é sinônimo de elasticidade. O aço, que é uma liga metálica, é altamente resiliente. A combinação de elementos diferentes, em proporções variadas, faz com que o aço seja capaz de suportar condições extremas de calor, de frio e de pressão sem perdas significativas das características intrínsecas que o originaram. O aço não é tão raro como o ouro, nem tão ordinário como o ferro. Diferentemente desses metais, o aço não pode ser encontrado na natureza pronto para uso.
O aço é obra do engenho humano, da capacidade da nossa espécie de se adaptar às condições ambientais, aproveitando os recursos disponíveis para superar as dificuldades e realizar o seu potencial criativo. Para atender às suas necessidades de habitação, de locomoção e de fabricação de instrumentos a humanidade desenvolveu um material forte como o ferro e maleável como o ouro. Um material que, como a própria humanidade, se caracteriza por uma combinação de elementos que lhe confere capacidade de resistência e de transformação frente ao risco de ruptura.
A história humana é marcada pelo risco. A forma como os seres humanos enfrentam e sobrepujam os desafios do mundo é uma demonstração inequívoca de vocação resiliente.
A resiliência refere-se não apenas ao desenvolvimento de habilidades necessárias para o enfrentamento do risco, mas a capacidade de resistir às condições negativas subsequentes. Resiliência significa a habilidade de persistir nos momentos difíceis mantendo a esperança e a saúde mental. Pessoas altamente resilientes, tornam-se mais fortes após situações difíceis. Por que isso acontece? Por que elas desenvolvem um poder de superação interno, aprendendo novas formas de lidar com os eventos. É assim que a resiliência exemplifica o inegável potencial humano de resistência.
Em geral a resiliência depende de algumas condições internas e externas. No nível interno, são favorecidas as pessoas otimistas, que assumem a responsabilidade pelas próprias escolhas, que prezam a autonomia e que são flexíveis no que diz respeito a mudanças de posicionamentos, sentimentos e pensamentos. Ao nível das condições externas estão as relações que promovem suporte afetivo, acolhimento e cumplicidade.
Em sua trajetória, a humanidade tem demonstrado que a dificuldade, a tragédia, o fracasso e o desapontamento podem servir como um impulso para a mudança e o crescimento. Assim, a resiliência não pode ser entendida como sinônimo de invencibilidade, mas de possibilidade de enfrentamento, adaptação e superação. Tal qual o aço, nós também podemos encontrar a ruptura caso a pressão seja maior do que nossos recursos para suportá-la. Se a combinação de ferro, carbono, cobre e níquel é necessária à resiliência do aço; os recursos pessoais, ambientais e relacionais são indispensáveis para que sejamos resilientes. Em ambos os casos, nada que não possamos construir juntos.
A construção de uma sociedade mais resiliente implica resgatar as potencialidades da natureza humana. Cientistas têm buscado o entendimento dos fatores que apontam para o fortalecimento e a formação dessa estranha resistencia nos indivíduos e nos grupos.
O maior ganho que obtemos ao estudar a resiliência é trazer à luz a força dos processos saudáveis que fomentam a riqueza vivencial do espírito humano. Uma riqueza que não vem do privilégio da exclusividade daquilo que é raro e finito como é o ouro, mas do compartilhamento do que é comum, embora não tão suscetível à ação das intempéries, como é o ferro: a nossa insistência em recriar a natureza para garantirmos novas e melhores formas de estar no mundo… o que nos levou a criar o aço.
Fonte: http://angelitascardua.wordpress.co
“Aprender, adaptar-se...Isso é ser resiliente. É ser flexível como um bambu, que mesmo diante das intempéries do tempo ou do vento, enverga, mas não quebra.”
No universo de ligas e de transformação de materiais da físico-química, a resiliência é sinônimo de elasticidade. O aço, que é uma liga metálica, é altamente resiliente. A combinação de elementos diferentes, em proporções variadas, faz com que o aço seja capaz de suportar condições extremas de calor, de frio e de pressão sem perdas significativas das características intrínsecas que o originaram. O aço não é tão raro como o ouro, nem tão ordinário como o ferro. Diferentemente desses metais, o aço não pode ser encontrado na natureza pronto para uso.
O aço é obra do engenho humano, da capacidade da nossa espécie de se adaptar às condições ambientais, aproveitando os recursos disponíveis para superar as dificuldades e realizar o seu potencial criativo. Para atender às suas necessidades de habitação, de locomoção e de fabricação de instrumentos a humanidade desenvolveu um material forte como o ferro e maleável como o ouro. Um material que, como a própria humanidade, se caracteriza por uma combinação de elementos que lhe confere capacidade de resistência e de transformação frente ao risco de ruptura.
A história humana é marcada pelo risco. A forma como os seres humanos enfrentam e sobrepujam os desafios do mundo é uma demonstração inequívoca de vocação resiliente.
A resiliência refere-se não apenas ao desenvolvimento de habilidades necessárias para o enfrentamento do risco, mas a capacidade de resistir às condições negativas subsequentes. Resiliência significa a habilidade de persistir nos momentos difíceis mantendo a esperança e a saúde mental. Pessoas altamente resilientes, tornam-se mais fortes após situações difíceis. Por que isso acontece? Por que elas desenvolvem um poder de superação interno, aprendendo novas formas de lidar com os eventos. É assim que a resiliência exemplifica o inegável potencial humano de resistência.
Em geral a resiliência depende de algumas condições internas e externas. No nível interno, são favorecidas as pessoas otimistas, que assumem a responsabilidade pelas próprias escolhas, que prezam a autonomia e que são flexíveis no que diz respeito a mudanças de posicionamentos, sentimentos e pensamentos. Ao nível das condições externas estão as relações que promovem suporte afetivo, acolhimento e cumplicidade.
Em sua trajetória, a humanidade tem demonstrado que a dificuldade, a tragédia, o fracasso e o desapontamento podem servir como um impulso para a mudança e o crescimento. Assim, a resiliência não pode ser entendida como sinônimo de invencibilidade, mas de possibilidade de enfrentamento, adaptação e superação. Tal qual o aço, nós também podemos encontrar a ruptura caso a pressão seja maior do que nossos recursos para suportá-la. Se a combinação de ferro, carbono, cobre e níquel é necessária à resiliência do aço; os recursos pessoais, ambientais e relacionais são indispensáveis para que sejamos resilientes. Em ambos os casos, nada que não possamos construir juntos.
A construção de uma sociedade mais resiliente implica resgatar as potencialidades da natureza humana. Cientistas têm buscado o entendimento dos fatores que apontam para o fortalecimento e a formação dessa estranha resistencia nos indivíduos e nos grupos.
O maior ganho que obtemos ao estudar a resiliência é trazer à luz a força dos processos saudáveis que fomentam a riqueza vivencial do espírito humano. Uma riqueza que não vem do privilégio da exclusividade daquilo que é raro e finito como é o ouro, mas do compartilhamento do que é comum, embora não tão suscetível à ação das intempéries, como é o ferro: a nossa insistência em recriar a natureza para garantirmos novas e melhores formas de estar no mundo… o que nos levou a criar o aço.
Fonte: http://angelitascardua.wordpress.co