Crítica ao “La Liberacion”, novo cd do CSS
O Cd ficou bom, no geral ,quando se ouve todo, é conquistador e tem um vibe muito interessante e alternativa por ser naturalmente assim, todo o cd. Ao estilo aleatório, há conexões interessantes de intrumentos e melodias. Com certeza, houve uma liberação de uma arte envolvida com a industrialização da música sem deixar de lado a descontração e irreverência.
O álbum já começa com uma batida eletrônica e animada ao som de “i Love You” e com os vocais básicos e suaves de Lovefoxxx, sem muitos exageros e com uma pulsação dance ao estilo indie deles. A batida eletrônica é ao estilo Calvin Harris melado por Robyn.
Logo já se passa por um techno-reggae, calmo também, que surpreende muito mais ao fim e levemente no primeiro refrão. Calma e até enjoativa depois de muito tocada, mas a primeira impressão é interessante. A progressão só é agradável no pré-refrão. O segundo refrão fica incrível com a entrada de um violão, com um estilo “beach video at night with all your friends”.
Obviamente, a música mais inesperada vindo deles, por ser mais eletrônica e com uma batida pop facilmente apreciada. Progressão de notas já conhecida e efeitos muito interessantes, com o no “whyy”. Começo muito bom ,depois um refrão empolgante e dançante, facilmente entraria em uma balada. Contudo, o lado especial da música é quando entra o metal, ou um saxofone ou trompete, que guia a música co m mais melodia e provoca com sinestesia maravilhosa.
Já Echo of Love não é tão boa. Meio acabada, sem graça, com uma batida bobinha ao som de uma guitarra. Melodia pobre, com um refrão que supostamente era para levantar os braços ao ar e dançar batendo as palmas. “Wow wow...”; acho que não.
You Cold Have It All com certeza começa bem ao piano e ao baixo, depois entra uma guitarra, provando que o indie/eletrônico/rock é possível. Mais uma vez, a idéia beach e vocais bem CSS, que remetem muito ao penúltimo maravilhoso cd “Donkey”. Infelizmente, mais uma vez a música perde a força e não tem grande impacto. Não obstante, ela tem seu charme na calma, ideal para relaxamento e descontração para poucas pessoas.
La Liberacion nem em português foi, veio num surpreendente rock independente regrado em espanhol levemente gritado e com uma energia das Primaveras. Refrão muito pegajoso e não é enjoativo, pelo contrário, há uma expectativa pelo próximo “grita grita, mami...”
Por algum motivo, Partners in Crime me lembrou razoavelmente She and Him, depois sai uma pouco dessa linha co mo piano desajeitado ao fundo, totalmente o oposto das outras músicas, que é naturalmente tranqüila. Depois o piano toma conta e cria um ambiente erudito, antigo e alegre e puro.
Ruby Eyes é uma tentativa rock que... Vamos dizer que não é a coisa mais empolgante de se ouvir. E vê ma rebeldia de novo ao jeito mais trash com Rhythm To The Rebels... até meio estúpida.
Red Alert começa com um piano em oitavas altas, muito fino o som, depois vem um ska que continua com o piano e faz uma batida até legal. Interessante para certos momentos.
Fuck Everything é uma rock rebelde que deu até certo, só merecia mais energia e mais umas batidas interessantes. Funcionou em vista de outras músicas, menos quando basicamente não há mais muitos instrumentos.