O homem, ao longo de sua história, não esteve preocupado apenas em criar cultura, mas também em transmiti-la aos seus descendentes.
     Todavia, ele não se preocupava, por certo, em enviá-la a um futuro distante.  Isto definitivamente não era a sua meta.  
        No entanto, o fez de uma forma única: escrevendo.  
     Em um mundo onde a imagem e o movimento ditam as regras em se tratando de comunicação imediata, continua a escrita – o texto em si – tendo uma importância fundamental.
     Escrevemos não só porque queremos enviar para longe nossos pensamentos, nossos conhecimentos, ou nossas descobertas.  Por vezes o fazemos simplesmente com o intuito de extravasar nossas angústias, dores ou alegrias.
       A escrita, nesse aspecto, tem dado ao homem a oportunidade de, além de exibir o mundo, exibir-se em sua plenitude.  
       Por meio da narrativa, e da poesia mais especificamente, partilhamos os sentimentos alheios, mergulhamos em um universo singular de dores, de risos, de amor; e até de ausências tortuosas.
       Quem escreve fala com o mundo, abre-se para um fascinante mosaico de cores e vida, expõe-se com isso; dá oportunidade à partilha, e sobretudo a conhecer-se.
      Escrevendo, tornamo-nos poetas, críticos, inventores de gente, criadores de ideias, analistas da vida e de nós mesmos.
     Por meio de nossos textos damos a oportunidade de sermos observados, vistos de uma maneira especial, de uma forma que talvez somente Deus seria capaz de fazê-lo.
       Quando aprendemos a ler descobrimos que o mundo é imensurável.  
      Ao aprendermos a escrever, percebemos que somos capazes de ampliar ainda mais as suas dimensões.
Analiamaria
Enviado por Analiamaria em 14/03/2021
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