'DEUS SE APIEDE DESTA NAÇÃO'

Não me iludo quanto à política. Não há, nesse meio, vestais da moralidade. Santos estão nos pedestais, não nos palanques políticos, fazendo promessas demagogas, e, que inocentemente, muitos eleitores acreditam, caindo no canto de sereia.

Tietes desses, ou daqueles políticos de primeiro costado, defendem suas bandeiras, ora se engalfinham se esse ou aquele político tem o português fluente, domina a arte da oratória , hipnotiza seus seguidores com aquelas palavras adocicadas que querem ouvir; ou outro , que se conhece suas deficiências , e mesmo assim, o aceitam como é – dourando a pílula, sublimando seus erros, o que para alguns são virtudes – o seu falar truncado, o açodamento, o atropelar das palavras, o dizer assim do nada, coisas que chocam, e depois, quando pressionado a comentar sobre o que dissera, volta atrás – nega tudo.

Defender se propõem, a determinados políticos. E também, deveriam, nas o fazem, chorar pitangas sobre aqueles envoltos em falcatruas, negociatas, corrupção: compra da reeleição, a cifra de 200.000 ( duzentos mil reais) à época, por voto; o mensalão do PT ( o tal “domínio de fato”) ; o mensalão do PSDB, o Rodoanel dos tucanos; aquele ex-presidente, o das mesóclises que disse : “Mantém essa coisa aí”; a história das “rachadinhas” do filho do atual presidente, o cheque de 24 (vinte e quatro mil reais, ampliados agora para 89 mil reais cujas notícias foram divulgadas à larga, nos noticiários das TVS e muitas coisas ainda poderão desaguar daí, na conta da Primeira Dama, depositado pelo Queiroz (sumido, intocado, e às vezes, aparecia apenas, para deixar um recado explicito, hoje leve e solto .Dizem que irá concorrer a cargo eletivo .

Os miasmas apodrecidos da internet, despejam o mais das vezes, no burburinho das eleições, uma imensa quantidade de informações (postagens) -- verdadeiras algumas, outras, fake news a quem se predispor a pesquisar, tirando suas próprias conclusões. Aquele ex-presidente dizem possuir uma fazenda gigantesca em Brasília. E que dentre seus mais preciosos bens, possui dois apartamentos: um em Paris, na Avenue Foch e outro no Estados Unidos, em Nova York, na Trump Tower. E vive numa boa. Nem o vento o importuna.

O outro, que foi condenado e preso por “atos indeterminados ,“ e tirado do pleito eleitoral graças ao arranjo do triplexzinho que lhe atribuíram titularidade, diziam que o filho dele era dono da Friboi ( dos irmãos Batista), da Oi, que era um grande pecuarista, proprietário de uma fazenda a perder de vista, começando no Mato Grosso, terminando em Barreiras, Bahia, e que também possuía uma Ferrari de Ouro. Descobriu-se depois, ser de um empresário mexicano a Ferrari e a Friboi dos irmãos Batista.

Brasil, da política viciada, a serviço de caciques políticos, de currais eleitorais, da dinastia de pai para filho, maridos e mulheres, netos e netinhos de políticos de proa, onde impera a velha política do “ toma lá, dá cá ", no bojo de políticos profissionais que se locupletam do PODER, geração após geração.

País, da triste memória do “engavetador da República,” que engavetava tudo de comprometedor que pudesse chegar ao presidente da compra de votos para se reeleger.

Neste momento tão crucial, a fome assolando o Brasil, o povo na fila do osso de primeira, de segunda e de terceira , a inflação corroendo os salários, a economia em frangalhos, combustíveis a preço exorbitantes , na casa dos 8 reais, a corrupção correndo solta, surfando na onda das negociatas

do Centrao, do orçamento secreto, das rachadinhas

e rolando até, quilos de ouro , pastores na jogada , e deparamos , ainda, uma pandemia que aflige o mundo, e o Brasil chegou à triste realidade de mais de trinta e um milhões de infectados e mais de seiscentos e cinquenta mil mortos, tivemos a preocupação de tomarmos todo cuidado com notícias falsas, sectaristas, com o intuito de desinformar que medicamento tal, era eficaz contra o vírus, sem nenhuma comprovação científica.

Sabíamos que os governos estavam se desdobrando em cuidados para com a população – medidas de prevenção sendo adotadas como uso de máscaras, luvas, higiene pessoal (utilização de álcool, água, sabão) e principalmente, o isolamento social contra um inimigo fero, invisível, que não poupa ricos, nem pobres, que não escolhe classe, nem posição social, para o qual, só a vacina pode debelar sua eficácia mortífera, como tem demonstrado com a queda de infectados e mortos.

Ante essa epidemia e a calamitosa situação econômica, administrativa , política e organizacional do pais, relembro uma frase quando do Impeachment de Dilma Rousseff, proferida por Eduardo Cunha, então, presidente da Câmara de Deputados: “Deus se apiede dessa Nação”.