Serugue

O homem fiel será cumulado de bênçãos (Provérbios 28:20)

Uma imensa quantidade de água estava produzindo sons musicais que faziam um bem imenso ao meu ser. Fotos de todos os ângulos foram tiradas para não se perder nenhum momento. Infelizmente não levamos filmadora para registro dos movimentos. Isso é até positivo, pois me induz ao deleite, quando minha mente trabalha cada instante vivido naqueles dias de trabalho em Foz do Iguaçu.

Eu e Paquito fizemos uma viagem de três dias para conhecer um software administrativo que estava instalado em uma organização de grande porte nesta cidade. Nos cansamos muito com a quantidade de informações a serem absorvidas. O mais interessante da viagem não foram os bons negócios ou mesmo os passeios regados a não poucas emoções.

A história teve início no aeroporto quando alguém com jeito amistoso nos cumprimentou enquanto colocava a bagagem no porta-malas do táxi. Ele perguntou se gostávamos de música e se tínhamos preferência por estilo. Optamos por guarânia, no que fomos prontamente atendidos. Enquanto falávamos das fronteiras, da Ponte da Amizade e outros variados assuntos, o taxista ofereceu o celular para ligarmos para o hotel ou alguma empresa deixando à nossa disposição para o que fosse preciso.

--Senhores, aceitem esse café fresquinho, acabei de colocar na garrafa. Chegando ao hotel, nos brindou com balas da região. Perguntou a que horas nos buscaria, não aceitando receber o valor da corrida. Auto-elegera-se nosso motorista durante todo o tempo em que estivéssemos em Foz. Combinou que quando voltássemos ao aeroporto acertaríamos a conta, frisando bem que não nos assustássemos pois o preço seria justo e ele não se despediria de nós com nenhum tipo de problema. Bem, concordamos. Grandes peritos em marketing costumam ser os banqueiros e eles têm um pensamento em comum: todo negócio tem risco. Os desafios que estas pessoas enfrentam as tornam vitoriosas em seus empreendimentos e amicíssimas do sucesso.

Prontos para o embarque, o taxista nos convidou para tomar sorvete de frutas. Estávamos aprendendo uma lição de fidelização ímpar de um homem que apenas sabíamos seu pré-nome. Embora tivesse uma grande alegria em nos escutar, jamais falava algo a seu respeito. Que prazer em realizar seu trabalho! Lembra até Rui Barbosa que dizia: “O entusiasmo não deixa o trabalho cansar “. Nossas malas estavam já no “check-in” quando fomos tomar um expresso.

O valor cobrado referente aos três dias em que visitamos algumas cidades fronteiriças e utilizamos de um serviço “vip” foi tão pouco, que pagamos 50% a mais. A Infraero anunciava nosso embarque e recebíamos um grande abraço do nosso mais novo amigo: Serugue!