Somos todos poetas
De médico e de louco todos temos um pouco. Assim é o ditado popular, mas faço um adendo: De médico, poeta e louco, todos temos um pouco. Se alguém tiver dúvida basta consultar o índice do RL- a maioria dos textos enviados para publicação é de Poesia e isso nem considerando que a Poesia ainda se subdivide em vários tipos –Soneto/ Rondel/ Poetrix/Haikai/Indriso/Cordel/Trova e outros menos votados. Não são milhares de textos, são milhões.
Trabalhando na Prefeitura Municipal de Lavras na área de Cultura recebi muitos poetas buscando patrocínio para a publicação de livros. É duro ter de destruir sonhos, nunca tive coragem de dizer para ninguém que desistisse de escrever porque seus versos eram muito ruins. Mas eram. Poucos tinham condição de ser editados sem fazer feio. Um deles, por sinal muito bom, o máximo que pude fazer foi indicar o RL e ele aqui ingressou, Andalaquim André, que vale a pena conhecer. É criativo, original, corajoso, desbocado. Quem conferir não vai se arrepender.
Mas voltando ao ditado por mim alterado, pode até ter pessoas que digam que nunca escreveram poesia, mas entre os alfabetizados achar um, que nunca escreveu pelo menos uma trovinha, deve ser igual procurar agulha em um palheiro. Todos que um dia sentiram o coração bater mais acelerado por causa de um olhar, um sorriso, uma lágrima certamente cantaram em versos essa emoção. Porque é isso que é a Poesia – expressão de sentimentos.
É uma teoria, nunca estudei o assunto nem pesquisei, mas a impressão que tenho é de que as pessoas acham que escrever poesia é mais fácil do que escrever qualquer tipo de prosa. Depois que a rima e a métrica deixaram de ser necessárias, ficou fácil fazer poesia. Basta escrever frases (versos), de preferência românticas e colocá-las em linhas alternadas que aí teremos um poema. Mas não é bem assim – além do sentimento é preciso que exista a harmonia, o ritmo, a musicalidade, metáforas, aliterações, magia, encantamento. Uma palavra no lugar errado destrói um verso que poderia ser bom. Uma palavra a mais ou a menos perturba o ritmo, a cadência.
Este será aqui, o meu texto de número 999 e minha experiência garante – é muito mais difícil escrever boa poesia do que boa prosa. Na prosa a gente vai indo, como se fosse uma conversa, um papo, uma contação de casos, mas na poesia é preciso voar, velejar, voltear, ir muito além do possível.
Não quero desanimar nenhum escrevinhador de poesia, nem mesmo a mim que cada vez escrevo menos. Quero apenas sugerir – para escrever poesias ajuda ter nascido poeta, mas o que ajuda mesmo é ler, ler, ler e reler os bons poetas. Nem é preciso sair de casa para isso, comprar um livro. Aqui mesmo no RL encontramos ótimos poetas. Gostaria até de indicá-los, mas o meu temor em esquecer um só nome para trás me impede. Mas aqueles que amo ler sabem o quanto eu aprecio a sua escrita, porque não canso de dizer.
Escrevo Poesia. Leio Poesia. Acho que sei reconhecer um texto poético, mas não sei definir o que é Poesia. Mas isso importa? O que importa realmente é que o prazer dado pela boa poesia para quem a aprecia é extasiante.
De médico e de louco todos temos um pouco. Assim é o ditado popular, mas faço um adendo: De médico, poeta e louco, todos temos um pouco. Se alguém tiver dúvida basta consultar o índice do RL- a maioria dos textos enviados para publicação é de Poesia e isso nem considerando que a Poesia ainda se subdivide em vários tipos –Soneto/ Rondel/ Poetrix/Haikai/Indriso/Cordel/Trova e outros menos votados. Não são milhares de textos, são milhões.
Trabalhando na Prefeitura Municipal de Lavras na área de Cultura recebi muitos poetas buscando patrocínio para a publicação de livros. É duro ter de destruir sonhos, nunca tive coragem de dizer para ninguém que desistisse de escrever porque seus versos eram muito ruins. Mas eram. Poucos tinham condição de ser editados sem fazer feio. Um deles, por sinal muito bom, o máximo que pude fazer foi indicar o RL e ele aqui ingressou, Andalaquim André, que vale a pena conhecer. É criativo, original, corajoso, desbocado. Quem conferir não vai se arrepender.
Mas voltando ao ditado por mim alterado, pode até ter pessoas que digam que nunca escreveram poesia, mas entre os alfabetizados achar um, que nunca escreveu pelo menos uma trovinha, deve ser igual procurar agulha em um palheiro. Todos que um dia sentiram o coração bater mais acelerado por causa de um olhar, um sorriso, uma lágrima certamente cantaram em versos essa emoção. Porque é isso que é a Poesia – expressão de sentimentos.
É uma teoria, nunca estudei o assunto nem pesquisei, mas a impressão que tenho é de que as pessoas acham que escrever poesia é mais fácil do que escrever qualquer tipo de prosa. Depois que a rima e a métrica deixaram de ser necessárias, ficou fácil fazer poesia. Basta escrever frases (versos), de preferência românticas e colocá-las em linhas alternadas que aí teremos um poema. Mas não é bem assim – além do sentimento é preciso que exista a harmonia, o ritmo, a musicalidade, metáforas, aliterações, magia, encantamento. Uma palavra no lugar errado destrói um verso que poderia ser bom. Uma palavra a mais ou a menos perturba o ritmo, a cadência.
Este será aqui, o meu texto de número 999 e minha experiência garante – é muito mais difícil escrever boa poesia do que boa prosa. Na prosa a gente vai indo, como se fosse uma conversa, um papo, uma contação de casos, mas na poesia é preciso voar, velejar, voltear, ir muito além do possível.
Não quero desanimar nenhum escrevinhador de poesia, nem mesmo a mim que cada vez escrevo menos. Quero apenas sugerir – para escrever poesias ajuda ter nascido poeta, mas o que ajuda mesmo é ler, ler, ler e reler os bons poetas. Nem é preciso sair de casa para isso, comprar um livro. Aqui mesmo no RL encontramos ótimos poetas. Gostaria até de indicá-los, mas o meu temor em esquecer um só nome para trás me impede. Mas aqueles que amo ler sabem o quanto eu aprecio a sua escrita, porque não canso de dizer.
Escrevo Poesia. Leio Poesia. Acho que sei reconhecer um texto poético, mas não sei definir o que é Poesia. Mas isso importa? O que importa realmente é que o prazer dado pela boa poesia para quem a aprecia é extasiante.