O rei tinha razão.
Assistir aos jogos de futebol é uma tarefa prazerosa, claro, um apaixonado pelo esporte, senta em frente a sua tv (Agora em frente ao seu tablet ou celular) para acompanhar apaixonadamente um dos esportes mais populares do mundo. Um momento lindo de descontração e relaxamento, mas como todo bom "ser humano" o espectador tece seus comentários e articula opiniões que verbalizam de qualquer maneira, na velocidade de sua ansiedade para ser notado em mundo tão próximo de redes sociais.
Agora o que essas pessoas encontram para criar opiniões apaixonadas? Futebol é um esporte, como qualquer outro, tem suas peculiaridades, suas regras, seus idolos e seus papas. Você enxerga um Cristiano Ronaldo, um jogador simples de ataque, um homem que sabe dominar uma bola, tem um bom chute, tem senso de equipe e de trabalho árduo e o coloca lá, no panteão dos grandes craques do esporte. Messi, Neymar, mesma coisa. Talvez isso que faltava, para craques como Socrates, genio, que desestabilizava um jogo apenas com um toque de calcanhar, um Zico que com uma falta poderia decidir um campeonato, e tantos outros que desfilavam não só no Brasil, mas pelo mundo todo essa arte apaixonante. Faltavam a eles essa mídia e show que qualquer bagre tem hoje em dia.
O novo futebol não é tão novo assim, esses craques tem até menos habilidades que os antigos, não são especialistas em faltas, escanteios, como Neto, Djalminha, Ailton Lira, que surgiam a rodo em nosso país. Hoje o esporte é global, o grande centro é a Europa, onde qualquer clube, tem estrutura para treinar os fundamentos necessários para se criar um jogador que domine os conceitos, não de um modo romântico como era na America latina de antes, mas de um modo profissional.
Os Estados unidos sabe bem disso, o lucro é o grande motor para se manter viva a paixão do esporte, por isso qualquer pelada de hoquei no gelo, gera lucros absurdos para eles. O futebol no mundo é isso agora, ele cresceu, agora entende que precisa pagar as contas e ser financeiramente independente, que só a ilusão do amor não enche barriga de ninguém. Nesse sentido o Brasil ficou para trás, seus dirigentes são torcedores, não entendem que para fazer um clube andar e dar resultados, precisa não lesar o clube financeiramente, por amor, ou por corrupção simples e pura, não pode colocar o tio da padaria, para ser o gestor das finanças, mexendo com o dinheiro dos outros, nesse quesito, o futebol não é nada diferente de Brasilia e seus políticos, que gastam sem prestar contas um dinheiro que não é deles, mas assim como o planalto, se dirigente ruim faz maracutaia com o dinheiro que não é dele, não é punido e não responde criminalmente por lesar a instituição.
Terminando o texto, lembro-me quando o rei do futebol em 94 dizia, "o Brasil precisa transformar seus clubes em empresas", foi muito criticado, diziam que, "ele queria transformar o futebol naquela coisa chata e mecânica dos Yanques", o que me vem a cabeça nesse momento é: O rei tinha razão, por isso ele ainda é o rei.